Um bom ano novo! Que ele venha sem os erros do velho.
Construção da Noite
No casulo há um homem
Mas o fundo é outro lado;
No casulo de seu tempo
Há um homem
Mas o fundo é outro lado.
É o casulo
Onde o homem foi achado
Mas o fundo é outro lado.
É o terreno
Onde o homem foi lavrado
Mas o fundo é outro lado.
É a treva
Onde o homem foi fechado
Mas o fundo é outro lado.
É o silêncio
De um homem soterrado
Mas o fundo é outro lado
Mas o fundo é outro lado.
É a infância que nasce sobre o morto
É a infância que cresce sobre o morto,
É o sol que madruga no seu rosto,
É um homem que salta do sol-posto
E convoca outros homens para o sonho.
E mistura-se à terra
E mistura-se ao sonho
E o canto recomeça além do sonho,
Além da escuridão, além do lago.
Mas o fundo é o outro lado.
Mas o fundo principia
Sem passado,
Sem os montes, sem os barcos,
Sem o lago.
Tua vida verdadeira é o outro lado,
Tua terra verdadeira é o outro lado,
Tua herança verdadeira é o outro lado.
Tudo cessa
Tudo cessa
Tudo cessa
Mas o mundo
É o outro lado
Que começa.
Carlos Nejar
Será que o ditador Musharraf já pode dormir tranquilo?
Quando há dois meses atrás, Benazir Bhutto, regressa do exílio como líder da oposição e disposta a enfrentar nas urnas o general Musharraf, lutar contra a ditadura e combater os radicais islâmicos, assina a sua sentença de morte.
Marcada para morrer pelos radicais, que ela identifica como partidários do antigo regime militar do general Mohamad Zia ul-Haq, escapa ao primeiro atentado que provoca centena e meia de mortes, para denunciar o aumento da violência dos extremistas fanáticos no Paquistão e as madrassas (escolas religiosas islâmicas) de formarem terroristas, ensinando os alunos a fazer bombas e usarem espingardas, com a complacência do governo de Musharraf.
Benazir Bhutto, filha do primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto deposto em 1977 pelo golpe militar do general Zia ul-Haq e que viria a ser posteriormente executado em 1979, foi primeira-ministra do Paquistão duas vezes (1988-1990 e 1993-1996), sem que tivesse conseguido completar qualquer dos mandatos.
Destituída por alegados processos de corrupção, má gestão económica, mortes extrajudiciais de presos e acusada juntamente com o seu marido de desvios de fundos públicos, parte mais uma vez para o exílio de onde regressa em outubro, oito anos depois, para ser assassinada hoje (13:16 hora de Lisboa), a tiro, por um suicida que de seguida se fez explodir matando mais vinte pessoas.
Depois do pai, da mãe e dos irmãos, chegou agora, violentamente, o fim da vida da primeira mulher eleita primeira-ministra num país islâmico.
Talvez se tenha também liquidado a última e precária opção democrática do Paquistão, e esperemos que não sobrem só as opções violentas tão ao gosto dos extremistas islâmicos que, podem abrir as portas à guerra civil num país que possui armas nucleares.
Marcada para morrer pelos radicais, que ela identifica como partidários do antigo regime militar do general Mohamad Zia ul-Haq, escapa ao primeiro atentado que provoca centena e meia de mortes, para denunciar o aumento da violência dos extremistas fanáticos no Paquistão e as madrassas (escolas religiosas islâmicas) de formarem terroristas, ensinando os alunos a fazer bombas e usarem espingardas, com a complacência do governo de Musharraf.
Benazir Bhutto, filha do primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto deposto em 1977 pelo golpe militar do general Zia ul-Haq e que viria a ser posteriormente executado em 1979, foi primeira-ministra do Paquistão duas vezes (1988-1990 e 1993-1996), sem que tivesse conseguido completar qualquer dos mandatos.
Destituída por alegados processos de corrupção, má gestão económica, mortes extrajudiciais de presos e acusada juntamente com o seu marido de desvios de fundos públicos, parte mais uma vez para o exílio de onde regressa em outubro, oito anos depois, para ser assassinada hoje (13:16 hora de Lisboa), a tiro, por um suicida que de seguida se fez explodir matando mais vinte pessoas.
Depois do pai, da mãe e dos irmãos, chegou agora, violentamente, o fim da vida da primeira mulher eleita primeira-ministra num país islâmico.
Talvez se tenha também liquidado a última e precária opção democrática do Paquistão, e esperemos que não sobrem só as opções violentas tão ao gosto dos extremistas islâmicos que, podem abrir as portas à guerra civil num país que possui armas nucleares.
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Que seja um Bom Natal
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.
Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga
Adeste Fidelis
Adeste Fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Cantet nuncio
Cantet nuncio
Chorus angelorum
Cantet nunc aula caelestium
Gloria, gloria
In excelsis Deo
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Ergo qui natus
Ergo qui natus
Die hodierna
Jesu, tibi sit gloria
Patris aeterni
Verbum caro factus
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Tradicional
Nova Águia – A gestação de algo realmente importante
Quando dias atrás fui alertado por um bom amigo e ex. colega, que faz parte do Conselho de Direcção deste novo projecto, já o seguia fazia tempo com interesse e, confesso, a emoção de assistir à gestação de algo realmente importante no meio cultural português e neste Portugal onde nada acontece que marque o real, que o transforme e o abra como diz José Gil que, penso ser a alternativa ao esgotamento que se advinha da actual civilização economicista, dominante e global, tendo por base o pensamento português na forma que Agostinho da Silva o pensava, multicultural e sem imperialismos, no conceito de uma Pátria abrangente contra o de Nação: […]à maneira portuguesa de ser. […]daquela gente que foi tocada por esta pintura, com que se apresentam formas várias, por toda a parte. E, como diz Paulo Borges: à escala da dimensão lusófona, planetária, pondo-se ao serviço de ideais generosos, universais.
Daí a minha profunda satisfação e deleite em acompanhar o que pode, e se espera venha a ser, um importante movimento de transformação de mentalidades, a exemplo do que aconteceu no século passado com movimentos de cultura e filosofia lusa que deram origem a publicações como a Orpheu e a Seara Nova. Aqui encontramos a base daquilo que se vai seguir e que, se prevê, seja um novo e importante motor do debate de ideias neste inicio do século, devido à transversal crise da sociedade civil onde o reinante “brandos costumes” leva à anestesia e massificação das consciências.
Falo do projecto de renascimento da revista “A Águia (1910-1932)”, que marcou o meio cultural português no inicio do século passado, sob o novo nome “Nova Águia” que, pode espreitar aqui.
A coragem de fazer renascer uma corrente que teve por trás nomes como; Fernando Pessoa, Agostinho da Silva, Teixeira de Pascoaes, António Sérgio e Jaime Cortesão entre outros, alavanca na envergadura intelectual dos 40 elementos que constituem o Conselho de Direcção e 100 do Conselho Geral que se propõem levar a cabo tamanha, mas desde já credível tarefa, sob a direcção de Paulo Borges, Celeste Natário e Renato Epifânio.
A revista Nova Águia, pelo que agora se anuncia, será semestral, e o primeiro número só sairá no final do primeiro semestre de 2008 o que me deixa simultaneamente ansioso e descontente; ansioso por não ver chegar o dia de cheirar e absorver tal publicação e descontente com a sua espaçada (tão espaçada!) periodicidade.
Recomenda-se vivamente a visita a este espaço.
Daí a minha profunda satisfação e deleite em acompanhar o que pode, e se espera venha a ser, um importante movimento de transformação de mentalidades, a exemplo do que aconteceu no século passado com movimentos de cultura e filosofia lusa que deram origem a publicações como a Orpheu e a Seara Nova. Aqui encontramos a base daquilo que se vai seguir e que, se prevê, seja um novo e importante motor do debate de ideias neste inicio do século, devido à transversal crise da sociedade civil onde o reinante “brandos costumes” leva à anestesia e massificação das consciências.
Falo do projecto de renascimento da revista “A Águia (1910-1932)”, que marcou o meio cultural português no inicio do século passado, sob o novo nome “Nova Águia” que, pode espreitar aqui.
A coragem de fazer renascer uma corrente que teve por trás nomes como; Fernando Pessoa, Agostinho da Silva, Teixeira de Pascoaes, António Sérgio e Jaime Cortesão entre outros, alavanca na envergadura intelectual dos 40 elementos que constituem o Conselho de Direcção e 100 do Conselho Geral que se propõem levar a cabo tamanha, mas desde já credível tarefa, sob a direcção de Paulo Borges, Celeste Natário e Renato Epifânio.
A revista Nova Águia, pelo que agora se anuncia, será semestral, e o primeiro número só sairá no final do primeiro semestre de 2008 o que me deixa simultaneamente ansioso e descontente; ansioso por não ver chegar o dia de cheirar e absorver tal publicação e descontente com a sua espaçada (tão espaçada!) periodicidade.
Recomenda-se vivamente a visita a este espaço.
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Reminiscências – Cinema Condes
Inaugurado a 4 de Fevereiro de 1916 no edifício transformado onde funcionou o provisório Teatro Nacional (Teatro da Rua dos Condes), fechou em 1996.
A 17 de Maio de 1947, quando ainda tinha uma distância da primeira fila para o écran de mais de 8 metros devido ao aproveitamento da profundidade de palco, estreia o filme “Capas Negras”, rampa de lançamento no cinema de Amália Rodrigues e que viria a ser um enorme êxito comercial e um dos maiores do cinema português, com 350 exibições, 6 meses em cartaz e cerca de 200 mil espectadores. Entre os anos 50 e 70, foi uma das mais populares salas de cinema de Lisboa, tendo começado a sua decadência sem que os vários aditivos usados conseguissem evitar o desgaste, com a proliferação dos complexos multisalas na década de 80.
Por lá tudo passou; o Conservatório Geral de Arte Dramática, o Club Makavenkos (para que conste, nada tinham de macambúzios, eram uma seita jantante) fundado por Francisco de Almeida Grandela e instalado na cave quando ainda era Teatro, a Rádio Condes lá esteve de 1933 a 1938, altura em que se fundiu com o Clube Radiofónico de Portugal e que (agora uma informação tipo prenda de Natal), foi responsável em Fevereiro de 1934 pela difusão da primeira revista radiofónica - a primeira de Rollim de Macedo. Como qualquer cidadão de bem, foi-se adaptando e evoluindo com o tempo devido às constantes inovações tecnológicas, como é o caso do Cinemascope, altura em que perde as galerias laterais, o fosso de músicos, o foyer da plateia e obriga à reconstrução dos 1º e 2º balcões e da cabina de projecção, para finalmente se vergar ao estrangulador conceito de Cinema-Estúdio.
Ficam muitas memórias para além das matinés que em puto lá papei, como esta que conta Baptista Bastos e que descobri aqui: “…Fiz toda a espécie de disparates por romantismo. Mas também fiz coisas belas, que hoje me arrepiam quando delas falo ou nelas penso. Um dia fui encarregado de lançar uns panfletos no cinema Condes, onde passava o filme ”E tudo o vento levou“. Fui para lá de gabardina, à Humphrey Bogart, escondendo os papéis. Eu estava no 2º Balcão, e havia outro camarada no 1º. Um do lado esquerdo, outro do direito. Lançámos os papéis, estabeleceu-se um burburinho na sala, as luzes acenderam-se, a polícia a apitar, um turbilhão de pessoas a descer pelas escadas, a escapar…”.
Com a compra do edifício pela Bragaparques chegou a temer-se mais um complexo de escritórios ou qualquer merda assim, naquele monumento histórico reconstruído após o terramoto de 1755, felizmente o destino não foi esse, é verdade, e desde o dia 12 de Junho de 2003 é um restaurante de nome internacional, “Hard Rock Café”, conhecido pelas suas peças de colecção (a famosa Memorabilia) onde, entre mais de 30, se destacam o espectacular Cadillac cor-de-rosa de 1959 que pertenceu ao antigo campeão de Indycar, Al Unser Snr e também uma guitarra eléctrica dos Rolling Stones.
A 17 de Maio de 1947, quando ainda tinha uma distância da primeira fila para o écran de mais de 8 metros devido ao aproveitamento da profundidade de palco, estreia o filme “Capas Negras”, rampa de lançamento no cinema de Amália Rodrigues e que viria a ser um enorme êxito comercial e um dos maiores do cinema português, com 350 exibições, 6 meses em cartaz e cerca de 200 mil espectadores. Entre os anos 50 e 70, foi uma das mais populares salas de cinema de Lisboa, tendo começado a sua decadência sem que os vários aditivos usados conseguissem evitar o desgaste, com a proliferação dos complexos multisalas na década de 80.
Por lá tudo passou; o Conservatório Geral de Arte Dramática, o Club Makavenkos (para que conste, nada tinham de macambúzios, eram uma seita jantante) fundado por Francisco de Almeida Grandela e instalado na cave quando ainda era Teatro, a Rádio Condes lá esteve de 1933 a 1938, altura em que se fundiu com o Clube Radiofónico de Portugal e que (agora uma informação tipo prenda de Natal), foi responsável em Fevereiro de 1934 pela difusão da primeira revista radiofónica - a primeira de Rollim de Macedo. Como qualquer cidadão de bem, foi-se adaptando e evoluindo com o tempo devido às constantes inovações tecnológicas, como é o caso do Cinemascope, altura em que perde as galerias laterais, o fosso de músicos, o foyer da plateia e obriga à reconstrução dos 1º e 2º balcões e da cabina de projecção, para finalmente se vergar ao estrangulador conceito de Cinema-Estúdio.
Ficam muitas memórias para além das matinés que em puto lá papei, como esta que conta Baptista Bastos e que descobri aqui: “…Fiz toda a espécie de disparates por romantismo. Mas também fiz coisas belas, que hoje me arrepiam quando delas falo ou nelas penso. Um dia fui encarregado de lançar uns panfletos no cinema Condes, onde passava o filme ”E tudo o vento levou“. Fui para lá de gabardina, à Humphrey Bogart, escondendo os papéis. Eu estava no 2º Balcão, e havia outro camarada no 1º. Um do lado esquerdo, outro do direito. Lançámos os papéis, estabeleceu-se um burburinho na sala, as luzes acenderam-se, a polícia a apitar, um turbilhão de pessoas a descer pelas escadas, a escapar…”.
Com a compra do edifício pela Bragaparques chegou a temer-se mais um complexo de escritórios ou qualquer merda assim, naquele monumento histórico reconstruído após o terramoto de 1755, felizmente o destino não foi esse, é verdade, e desde o dia 12 de Junho de 2003 é um restaurante de nome internacional, “Hard Rock Café”, conhecido pelas suas peças de colecção (a famosa Memorabilia) onde, entre mais de 30, se destacam o espectacular Cadillac cor-de-rosa de 1959 que pertenceu ao antigo campeão de Indycar, Al Unser Snr e também uma guitarra eléctrica dos Rolling Stones.
A fachada foi restaurada com a traça original e, prestando tributo ao antigo Condes, lá dentro, recriando o ambiente de sala de cinema, estão as cortinas negras de cobertura de tela.
É este o presente concreto que está em cada um de nós.
"Escritores da Liberdade"
Varias vezes o disse, até com justificações desnecessárias para correcto entendimento da coisa que, não sou adepto da cegarrega das correntes. No entanto, este não gostar, não pode ser levado em desmesurada conta porque existem situações; na blogosfera, nos rios e mares, na terra e nos pedregulhos, na vida - mesmo na dos peixes de aquário -, no mundo que conhecemos e no que havemos de continuar a desconhecer devido às descabeladas opiniões com que lhe medimos a temperatura, em tudo, em tudo, enfim… que mesmo não nos apetecendo nada nos levam à excepção.
Este é mais um desses casos onde, com surpresa, vi a GI do “Pequenos Nadas” dar-me o prémio “Escritores da Liberdade” há muito merecido e que, com maior ou menor incidência dos holofotes, me torna parte daquela pequena confraria reconhecida em vida útil e afasta de vez o receio de que, quem me lê não saiba que sou um escritor da liberdade, mas - há sempre um mas -, passou-me no mesmo embrulho, coisa a que já não achei grande piada mas que também não é nenhuma desgraça, esta corrente onde tenho de atribuir apesar de me custar imenso, o prémio ganho com suor e lágrimas - só Deus e eu sabemos, só Deus e eu, caramba - a 5 bloggers merecedores, ou pelo menos que se aproximem disso.
Ora, tal tarefa, não é nada fácil como compreenderão, mas por respeito, com enorme esforço pessoal e depois de longas noites em claro devido à necessária e imprescindível pesquisa por essa blogosfera fora, separando o populismo do trigo que nos dá força e donde irradia a luz do inconformismo, aqui ficam, escolhidos entre um impressionante número de arrojada maltesaria, os cinco eleitos por mérito ou falta de comparência de adversários merecedores deste importante prémio por onde o acordo ortográfico não passou, que o deverão levar sem delongas, sem os habituais agradecimentos ao papá e à mamã, atribuindo-o a outros tantos como castigo.
Arrumados os fait-divers, são eles:
Rui Martins – Quintos
Este é mais um desses casos onde, com surpresa, vi a GI do “Pequenos Nadas” dar-me o prémio “Escritores da Liberdade” há muito merecido e que, com maior ou menor incidência dos holofotes, me torna parte daquela pequena confraria reconhecida em vida útil e afasta de vez o receio de que, quem me lê não saiba que sou um escritor da liberdade, mas - há sempre um mas -, passou-me no mesmo embrulho, coisa a que já não achei grande piada mas que também não é nenhuma desgraça, esta corrente onde tenho de atribuir apesar de me custar imenso, o prémio ganho com suor e lágrimas - só Deus e eu sabemos, só Deus e eu, caramba - a 5 bloggers merecedores, ou pelo menos que se aproximem disso.
Ora, tal tarefa, não é nada fácil como compreenderão, mas por respeito, com enorme esforço pessoal e depois de longas noites em claro devido à necessária e imprescindível pesquisa por essa blogosfera fora, separando o populismo do trigo que nos dá força e donde irradia a luz do inconformismo, aqui ficam, escolhidos entre um impressionante número de arrojada maltesaria, os cinco eleitos por mérito ou falta de comparência de adversários merecedores deste importante prémio por onde o acordo ortográfico não passou, que o deverão levar sem delongas, sem os habituais agradecimentos ao papá e à mamã, atribuindo-o a outros tantos como castigo.
Arrumados os fait-divers, são eles:
Rui Martins – Quintos
Armazém da Comunidade Vida e Paz, foi assaltado
No inicio de novembro, publiquei aqui uma mensagem sobre a Campanha de Angariação de Meias para os Sem Abrigo de Lisboa da Comunidade Vida e Paz. Soube depois que, o meritório, razoável e benéfico objectivo de angariar 5 mil pares de meias, tinha sido alcançado e largamente ultrapassado devido à onda de solidariedade que mobilizara os que ainda se preocupam com os que nada têem e nos permite continuar a considerar válidas as reflexões sobre o mundo, a humanidade, o mau, o bom, e mais uma série de coisas lixadas como estas.
Estava tudo preparado para de 14 a 16 de dezembro na Cantina 1 da Universidade de Lisboa, poderem também ser servidas 4500 refeições aos Sem-Abrigo. Acontece que, com desassombrado despudor e nenhum principio subjacente ao sentido do valor das coisas na vida de quem nada tem, que me merece profunda indignação, revolta e uma torrente de pensamentos que, embora disparatados, neste momento me parecem muito a propósito, na noite do passado sábado, a uma semana da festa de Natal, o armazém da Comunidade Vida e Paz foi alvo dos malefícios de mão invisível e os 22 mil pares de meias que se destinavam aos Sem-Abrigo, roubados na sua totalidade, assim como, uma catrefada de alimentos destinados às refeições de Natal.
O blog da Sophia Valente, uma das almas do projecto, dá conta disso mesmo. Perante esta intolerável situação, que me escuso a adjectivar para além da incomensurável filha-da-putice, somos de novo requisitados.
Comunidade Vida e Paz
Estava tudo preparado para de 14 a 16 de dezembro na Cantina 1 da Universidade de Lisboa, poderem também ser servidas 4500 refeições aos Sem-Abrigo. Acontece que, com desassombrado despudor e nenhum principio subjacente ao sentido do valor das coisas na vida de quem nada tem, que me merece profunda indignação, revolta e uma torrente de pensamentos que, embora disparatados, neste momento me parecem muito a propósito, na noite do passado sábado, a uma semana da festa de Natal, o armazém da Comunidade Vida e Paz foi alvo dos malefícios de mão invisível e os 22 mil pares de meias que se destinavam aos Sem-Abrigo, roubados na sua totalidade, assim como, uma catrefada de alimentos destinados às refeições de Natal.
O blog da Sophia Valente, uma das almas do projecto, dá conta disso mesmo. Perante esta intolerável situação, que me escuso a adjectivar para além da incomensurável filha-da-putice, somos de novo requisitados.
Comunidade Vida e Paz
E-mail - geral@alvalade.cvidaepaz.org
1700 – 142 Lisboa
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Acordo Ortográfico da língua portuguesa? Claro que sim!
“A partir de Janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - terão a ortografia unificada.”
Assim começa uma, das seguramente para cima de meia dúzia de mensagens recebida por correio electrónico, que me desperta deste período ronceiro para tecer algumas considerações à polémica que o Acordo está a gerar aqui e principalmente no Brasil.
Antes, fica aqui um link para os distraídos: aqui mesmo.
Não tendo nada contra o português dos outros países da CPLP, e muito menos contra o de Portugal, nem galões para puxar como alguma aristocracia culta e de diversa plumagem que, opositora do Acordo abre a boca e logo ganha criadagem e vassalos entre as mentes jarretas, confesso que, ainda assim, tacanhamente, tive algumas dúvidas provocadoras de considerações sobre a autonomia da língua e a sua homogeneização porque, não diferimos só na grafia mas também no modo estrutural.
Entendo no entanto, porque posso, e contra os nacionalismos balofos, a emergência estratégica do acordo e reconheço a língua como um organismo vivo que se desenvolve e adapta, e se confirma pela existência de simplificações anteriores, se exemplos fossem necessários para justificar saltos evolutivos, depois, tenho em conta que cada país continuará com os seus particularismos linguísticos, só a escrita será igual nos casos acordado, como aliás, acontece com o francês, o espanhol ou o árabe e, nesse sentido, estou de acordo com o Acordo porque as mudanças pouco atrapalham ou não atrapalham quase nada, e muito menos afectam o deserto cultural da malta da bifana e do coirato (agora fazia o grande sacrifício com uma mini ou duas) e algumas são até interessantes, embora, muita coisa tenha de ser mudada; dicionários, prontuários, manuais escolares etc, etc.
Se não pensarmos nos custos com que, os nossos exímios comerciantes, com o habitual profissionalismo e como quem não quer a coisa tratarão de nos alisar mais o bolso, e retirarmos também a lamecha dimensão afectiva, será inevitável concluir, que as alterações contribuem para um valor mais alto que é a unificação, tendo o nacional objectivo de manter viva uma das línguas mais faladas no mundo, projectando-a internacionalmente.
Convencido que poderíamos até ter ido um pouco mais longe, para além dos ameaços, aqui não se consideram mais teorias, só o Acordo.
Assim começa uma, das seguramente para cima de meia dúzia de mensagens recebida por correio electrónico, que me desperta deste período ronceiro para tecer algumas considerações à polémica que o Acordo está a gerar aqui e principalmente no Brasil.
Antes, fica aqui um link para os distraídos: aqui mesmo.
Não tendo nada contra o português dos outros países da CPLP, e muito menos contra o de Portugal, nem galões para puxar como alguma aristocracia culta e de diversa plumagem que, opositora do Acordo abre a boca e logo ganha criadagem e vassalos entre as mentes jarretas, confesso que, ainda assim, tacanhamente, tive algumas dúvidas provocadoras de considerações sobre a autonomia da língua e a sua homogeneização porque, não diferimos só na grafia mas também no modo estrutural.
Entendo no entanto, porque posso, e contra os nacionalismos balofos, a emergência estratégica do acordo e reconheço a língua como um organismo vivo que se desenvolve e adapta, e se confirma pela existência de simplificações anteriores, se exemplos fossem necessários para justificar saltos evolutivos, depois, tenho em conta que cada país continuará com os seus particularismos linguísticos, só a escrita será igual nos casos acordado, como aliás, acontece com o francês, o espanhol ou o árabe e, nesse sentido, estou de acordo com o Acordo porque as mudanças pouco atrapalham ou não atrapalham quase nada, e muito menos afectam o deserto cultural da malta da bifana e do coirato (agora fazia o grande sacrifício com uma mini ou duas) e algumas são até interessantes, embora, muita coisa tenha de ser mudada; dicionários, prontuários, manuais escolares etc, etc.
Se não pensarmos nos custos com que, os nossos exímios comerciantes, com o habitual profissionalismo e como quem não quer a coisa tratarão de nos alisar mais o bolso, e retirarmos também a lamecha dimensão afectiva, será inevitável concluir, que as alterações contribuem para um valor mais alto que é a unificação, tendo o nacional objectivo de manter viva uma das línguas mais faladas no mundo, projectando-a internacionalmente.
Convencido que poderíamos até ter ido um pouco mais longe, para além dos ameaços, aqui não se consideram mais teorias, só o Acordo.
Reminiscências - Cinema Apolo 70
Inaugurado em Maio de 1971, o Cinema Apolo 70 homenageava com o seu nome a primeira viagem do homem à lua e, estabelecia paralelismo com a data de inicio da sua construção. O Cinema Apolo 70 não pode ser dissociado do Centro Comercial Apolo 70 onde estava integrado, e que, na época, era um acontecimento na vida lisboeta; pelas suas 41 lojas, o inovador snack bar que as minhas papilas reverenciavam com entusiasmo e o bowling de 4 pistas. Um must de modernidade urbana, incontornável para os lisboetas em geral e particularmente para os alunos do Crisfal, que era logo ali.
Este cinema, um estúdio, para além da envolvência era apreciado pela qualidade dos seus filmes, a que, não era alheio o coordenador de programação na altura, nem mais nem menos, que o conhecido realizador e escritor de teatro e cinema, Lauro António.
Este cinema, um estúdio, para além da envolvência era apreciado pela qualidade dos seus filmes, a que, não era alheio o coordenador de programação na altura, nem mais nem menos, que o conhecido realizador e escritor de teatro e cinema, Lauro António.
Sei e digo-o como curiosidade; estava agendado para o dia 25 de Abril de 1974, o American graffiti de Georges Lucas, mas não consegui saber se chegou a ser exibido.
O Centro Comercial lá continua, mas sem o cinema que um dia terá dado lugar a um restaurante sem ninguém me avisar.
Euro2008
Dificilmente seria melhor para Portugal. O sorteio do nosso contentamento, retirou do grupo (A) as maiores potências do futebol europeu e nem os gregos têem hipótese de nos chatear.
Este grupo, constituído pela anfitriã Suíça com quem jogaremos na 3ª jornada a 15 de junho no Stade Jakob-Park, em Basileia, inicia as hostilidades que, se presumem a esta distancia, estéticas, no dia 7 de junho em Genebra com o Portugal - Turquia no Stade de Genêve, talvez a selecção mais difícil e onde joga o velhinho Hakan Sukur do Galatasaray que vem acompanhado pelos netos, seguindo-se no dia 11, também em Genebra e no mesmo estádio, o República Checa - Portugal, onde teremos oportunidade de por à prova o guarda-redes do Chelsea, Petr Cech.
O grupo da morte ficou no (C), com Holanda, Itália, Roménia e França, vai ser uma farturinha tal que já as pernas me tremem. No grupo (B) temos a outra anfitriã, a Áustria, mais a Croácia, Alemanha e Polónia, e no (D) a Grécia, a Grécia, a Grécia, para quem não se deseja sorte de espécie alguma e se espera que a Maya lhes apareça tanto como a nós, e ainda a Suécia, Espanha e Rússia.
Este grupo, constituído pela anfitriã Suíça com quem jogaremos na 3ª jornada a 15 de junho no Stade Jakob-Park, em Basileia, inicia as hostilidades que, se presumem a esta distancia, estéticas, no dia 7 de junho em Genebra com o Portugal - Turquia no Stade de Genêve, talvez a selecção mais difícil e onde joga o velhinho Hakan Sukur do Galatasaray que vem acompanhado pelos netos, seguindo-se no dia 11, também em Genebra e no mesmo estádio, o República Checa - Portugal, onde teremos oportunidade de por à prova o guarda-redes do Chelsea, Petr Cech.
O grupo da morte ficou no (C), com Holanda, Itália, Roménia e França, vai ser uma farturinha tal que já as pernas me tremem. No grupo (B) temos a outra anfitriã, a Áustria, mais a Croácia, Alemanha e Polónia, e no (D) a Grécia, a Grécia, a Grécia, para quem não se deseja sorte de espécie alguma e se espera que a Maya lhes apareça tanto como a nós, e ainda a Suécia, Espanha e Rússia.
Uma presença na fase final rende a ninharia de 7,5 milhões de euros e o vencedor pode ganhar qualquer coisinha como 23 milhões.
Rússia e Venezuela a votos – números disponíveis
10:00
O NÃO vence nos dois blocos de artigos. O primeiro bloco com 50,7% dos votos, contra 49,29% do SIM e o segundo com 51,05%, contra 48,94%. A abstenção foi de 44,9%.
Depois de Juan Carlos I, é agora o povo Venezuelano que manda calar Hugo Chávez.
O NÃO vence nos dois blocos de artigos. O primeiro bloco com 50,7% dos votos, contra 49,29% do SIM e o segundo com 51,05%, contra 48,94%. A abstenção foi de 44,9%.
Chávez reconhece a derrota com um “Não é nenhuma derrota, para mim este é outro “por enquanto”. Preferi assim, foi melhor assim”, a mesma frase de quando falhou o golpe de estado em 1992.
Atribuindo a derrota à abstenção, insiste que a proposta continua viva deixando a porta aberta para tornar a insistir na revisão constitucional.
(Rússia)
Putin vence com 64,1% dos votos e obtém 315 lugares na Duma (câmara baixa do parlamento). Os restantes votos ficaram assim distribuidos: Partido Comunista 11,6% - 57 lugares, Partido Nacionalista LDPR 8,2% - 40 lugares e o Partido da Rússia Justa 7,8% - 38 lugares.
4:20 (Venezuela)
Líderes do NÂO, avançam com dados preliminares que lhes dão a vitória com 54% dos votos.
3:30
Embora vários jornais internacionais acompanhem os escrutínios, em Portugal, nem um só jornal de referência o faz.
3:10 (Venezuela)
Segundo a Reuters, 3 ministros venezuelanos afirmaram que o SIM ganhou.
Sabemos no entanto que, resultados oficiais só podem ser divulgados pelo Concelho Nacional Eleitoral, quando estiverem apurados 90% dos votos.
3:00 (Rússia)
Putin obtém 62,9%, quando estão apurados 54,6% dos votos. O Partido Comunista não vai além dos 11,5%, Partido Nacionalista LDPR 9,1% e o Partido Rússia Justa 7,8%.
2:40 (Rússia)
Com 19,5% dos votos contabilizados, Putin obtém 63,5% dos votos e o Partido Comunista 11,3%. Algumas das ruas de Moscovo, já foram bloqueadas pela polícia com intenção de impedir qualquer manifestação da oposição.
2:25 (Venezuela)
A oposição pede calma ao governo Venezuelano e avisa que o melhor é não se precipitarem. É preciso esperar e o melhor é o governo não tentar antecipar os resultados, diz o dirigente Gerardo Blyde, respondendo a declarações do ministro da informação, William Lara, que sugeria que a oposição reconhecesse já a derrota.
02:15 (Rússia)
Vadim Soloviev, chefe do serviço jurídico do Partido Comunista, afirma que a vaga de violações ao processo eleitoral, ultrapassa todas as normas e regista até agora mais de 10 mil irregularidades.
01:00
Com 12% dos votos apurados, Vladimir Putin e a Rússia Unida, lideram com 62,3% dos votos contra 11,5 do Partido Comunista, enquanto sondagens à boca da urna dão a vitória a Putin com 61% dos votos, Partido Comunista 11,5%, Partido Nacionalista LDPR 8,8% e o Partido Rússia Justa 8,4%. A votação para que estavam convocados 108 milhões de russos, compareceram segundo os dados até agora disponíveis, cerca de 60% dos eleitores, que vão eleger 450 deputados da Duma.
Entretanto, o chefe adjunto do serviço jurídico do PC, Andrey Klytshkov, denuncia enorme quantidade de violações em todo o país, enquanto os observadores das Assembleias parlamentares da OSCE e do Conselho da Europa dizem não terem constatado nenhuma.
Na Venezuela, onde 16 milhões de venezuelanos foram chamados para votar o referendo à reforma constitucional, sondagens à boca da urna, variam entre os 53% a 56% para o SIM e os 44% a 47% para o NÃO. A abstenção ronda os 50%.
Entretanto, o chefe adjunto do serviço jurídico do PC, Andrey Klytshkov, denuncia enorme quantidade de violações em todo o país, enquanto os observadores das Assembleias parlamentares da OSCE e do Conselho da Europa dizem não terem constatado nenhuma.
Na Venezuela, onde 16 milhões de venezuelanos foram chamados para votar o referendo à reforma constitucional, sondagens à boca da urna, variam entre os 53% a 56% para o SIM e os 44% a 47% para o NÃO. A abstenção ronda os 50%.
Até agora, o Concelho Nacional Eleitoral, não divulgou qualquer resultado oficial.
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Os números da Greve da Função Pública…
...em nada diferem dos apresentados pelos sindicatos e Governo em novembro no ano passado. O Governo, navegando à bolina da costumeira miserabilidade, avança na insistência de uma adesão de 22% e os sindicatos contra argumentam com uns retumbantes 80%. A guerra do costume, embora, tenham encerrado mais 919 escolas que anteriormente e a Administração Central reconheça que, em relação à paralisação de 30 de Maio último, houve um aumento na ordem dos 45%.
Sócrates, o homem da engenharia mercantil e da megalómana arte dialéctica , lá da India, diz que encara a greve com tranquilidade, e nós sabemos que está para nascer o dia, que um Governo reconhecerá o impacto real de uma greve.
Sócrates, o homem da engenharia mercantil e da megalómana arte dialéctica , lá da India, diz que encara a greve com tranquilidade, e nós sabemos que está para nascer o dia, que um Governo reconhecerá o impacto real de uma greve.
Petróleo vs. Democracia
Hugo Chávez e Vladimir Putin, dois bons amigos, vão a votos no mesmo dia, no mesmo domingo. Um 2 de Dezembro que se advinha negro para a democracia. Chávez com a cartada de confrontação com os EUA, pretende adquirir legitimidade internacional, nacional e a mobilização política para ver aprovada a revisão constitucional e a sua reeleição por tempo indefinido, e Putin enfrenta as legislativas com o projecto de democracia sem representação, que monopoliza a competição e monopoliza o poder.
Vladimir Putin, segundo observadores internacionais, parece já ganhou, e Chávez para lá caminha, ameaçando que se o resultado do referendo não for reconhecido, estando ele convencido que o “Sim” ganhará, ou for boicotado, fechará emissoras de TV, expulsará jornalistas e suspenderá a exportação de petróleo para os EUA, e se o Rei Juan Carlos I não lhe pedir desculpas pela “agressão” em Santiago do Chile, começará a pensar em acções contra os interesses espanhóis na Venezuela e deixa a ameaça de nacionalizar o BBVA e o Santander. Isto tudo, no discurso de encerramento de campanha ontem à tarde em Caracas.
Vladimir Putin, segundo observadores internacionais, parece já ganhou, e Chávez para lá caminha, ameaçando que se o resultado do referendo não for reconhecido, estando ele convencido que o “Sim” ganhará, ou for boicotado, fechará emissoras de TV, expulsará jornalistas e suspenderá a exportação de petróleo para os EUA, e se o Rei Juan Carlos I não lhe pedir desculpas pela “agressão” em Santiago do Chile, começará a pensar em acções contra os interesses espanhóis na Venezuela e deixa a ameaça de nacionalizar o BBVA e o Santander. Isto tudo, no discurso de encerramento de campanha ontem à tarde em Caracas.
Ambos põem em causa o pluralismo. São duas protoditaduras em vias de serem instaladas através da “democracia directa” de Chávez e da “democracia dirigida” de Putin.
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