A festa da Taça


No palco do Jamor e sob chuva persistente, 37.600 espectadores assistiram a uma final da Taça de Portugal, digna, bem disputada e de entrega total, com um Belenenses astuto a jogar num 4x2x3x1, congestionando o meio-campo ao mesmo tempo que controlava Miguel Veloso, entupindo assim os caminhos para a sua baliza e retirando fluidez ao losango sportinguista, a estratégia de Jesus, não fosse o tal pormenor, quase atirava o jogo para prolongamento.

O Sporting, depois de uma recta final de campeonato excelente, mas sem uma exibição eloquente, contou com um Romagnoli inspirado e, depois de ter proporcionado a Costinha grandes defesas aos 30', 37', 53', 63' e 70' lá marcou já no lavar dos cestos, com o inevitável “levezinho”, a dar o melhor seguimento aos 87´ ao centro rasteiro de Miguel Veloso, marcando com classe o golo que, 5 anos depois daquela final com o Leixões sob o comando de Bölöni, valeu a conquista da 14ª Taça de Portugal. Um merecido prémio à irreverência da juventude da cantera leonina e ao seu mentor Paulo Bento que, bem mereceu aquele banho de champanhe que a rapaziada lhe proporcionou.

Pelo caminho, ficou aos 2´ um pénalti de Nivaldo sobre João Moutinho que Pedro Proença ignorou. Para o ano há mais.