Lendo e ouvindo... Jornalistas.

Com que intenção alguns jornalistas utilizam a expressão “tropas judaicas” em relação às tropas israelitas, será que este conflito é unicamente religioso, ou estes jornalistas não sabem do que falam?

Por outro lado, diz o José Rodrigues dos Santos na RTP1: “Os libaneses sentem que o seu país está a ser violado por sírios e iranianos para o usarem para uma guerra estrangeira ao Líbano” e acrescenta: “é preciso cuidado com a utilização do termo civis porque o Hezbollah é só constituído por civis e usa casas civis de famílias civis para esconder o armamento”.

Pessoalmente gosto mais deste jornalismo de informação do que aquele outro que nos tenta conduzir em direcções obscurantistas, e não sendo o segundo parágrafo novidade nenhuma, porque sempre assim foi e por ser uma táctica imposta pela fraqueza, já o Mao dizia: “os guerrilheiros devem sobreviver entre a população como peixe na água”, não deixa de ser uma pedrada no charco do que vamos ouvindo e lendo por aí.

A função do Jornalista é informar, assim como a do analista é analisar e não politizar ou moralizar. Isso não lhe compete.

Em Pessoa tudo encontro.

“As guerras e as revoluções - há sempre uma ou outra em curso - chegam, na leitura dos seus efeitos, a causar não horror mas tédio.
Não é a crueldade de todos aqueles mortos e feridos , o sacrifício de todos os que morrem batendo-se, ou são mortos sem que se batam, que pesa duramente na alma; é a estupidez que sacrifica vidas e haveres a qualquer coisa inevitavelmente inútil.
Todos os ideais e todas as ambições são um desvario de comadres homens...
Tudo é humanidade, e a humanidade é sempre a mesma - variável mas inaperfeiçoável, oscilante mas improgressiva. Perante o curso inimplorável das coisas, a vida que tivemos sem saber como e perdemos sem saber quando... - que pode fazer o sábio senão pedir o repouso, o não ter que pensar em viver, um pouco de lugar ao sol e ao ar e ao menos o sonho de que há paz do lado de lá dos montes.”

Do Livro do Desassossego.
Bernardo Soares

O apetite pela mudança.

Porque me diz directamente respeito assim como a muitos trabalhadores deste país e porque hoje tive oportunidade de ler um artigo de Christopher Grey na World Business que consolida o meu pensamento, não quis deixar de partilhar uma parte do que ele escreve e também algumas buchas pessoais para o fim-de-semana.

Começa Christopher Grey por dizer que o apetite insaciável dos gestores pela mudança, ignora os custos com a fadiga do pessoal e a falta de inovação que a acompanham, e eu concordo em pleno com esta análise. É a loucura da mudança a uma velocidade sem precedentes e sem sinais de abrandamento.
Hoje é uma afirmação generalizada a ideia de que vivemos num mundo de mudanças extremamente rápidas e o que é que isto significa? Muito pouco e é aí que reside o problema, porque estas palavras, ou semelhantes, fazem já parte do léxico empresarial e quase nem reparamos nelas.

Hoje em dia, a maioria dos gestores e dirigentes tem pouco interesse numa das suas principais capacidades: a gestão da estabilidade, que feita com eficiência lhes permite atingir objectivos estratégicos. A arte da organização centra-se na resistência, na gestão quer da continuidade quer da mudança, e perdem a primeira parte se comprarem invadidos pela histeria da compra e enfrentam nesse caso, um clássico erro de lógica. A mudança é necessária. Isto é mudança e, por isso, é necessário.
A ideia de que qualquer alteração é boa causa danos enormes, leva-os a violar princípios racionais de gestão como por exemplo a análise custos/benefícios. É fácil ser seduzido pelos benefícios, mas será que se contabilizam os custos? Será possível contabilizá-los, tendo em conta como é comum embarcar numa nova série de mudanças antes de deixar que os esforços anteriores se instalem e sejam avaliados?

E a “fadiga da mudança” um dos fenómenos mais perturbadores, menos quantificáveis das organizações e familiar a muitos mercados.
Outra mudança? Mais reorganizações? Desmoraliza num abrir e fechar de olhos e provoca movimentação do pessoal, desilusões e perda de empenho.
Os executivos aprendem que as pessoas “resistem à mudança de forma irracional” e que isto deve ser ultrapassado em vez de resolverem a sua causa fundamental que pode passar até, pela solução de não fazer essa modificação.

É possível que as mudanças devam ser frequentemente efectuadas pelo bem da organização, mesmo que ameacem interesses individuais, mas a taxa de insucesso em processos de gestão de mudança é bem conhecida e sugere que nem sempre as transformações são efectuadas no interesse da organização. A resistência dos empregados provém muitas vezes do facto de saberem mais da empresa do que o escritório principal e por maioria de razão, mais que aquele gestor contratado só para fazer a mudança.

Qualquer líder inteligente sabe que pode existir uma clivagem entre os melhores planos e a realidade no terreno. A mudança continua não causa apenas fadiga, está também associada a outros problemas organizacionais, por quebrar quase inevitavelmente o “contrato psicológico” com os empregados, a relação não verbal e não documentada, mas assumida entre o indivíduo e a organização, conduz muitas vezes à erosão da confiança e alimenta a “síndrome do sobrevivente”, em que os que viram os colegas serem seleccionados se tornam desconfiados e se enchem de ressentimento face ao patronato. A ligação psicológica das pessoas, não apenas ao seu local de trabalho mas também, o que é muitas vezes mais importante, aos seus colegas não deve ser subestimada. As empresas não podem simplesmente cortar uma parte do “capital humano” e imaginar que os que ficam continuarão como dantes, estas estratégias criam ressentimentos e minam a identificação entre o colaborador e a organização.

Concluindo:
A diferença para uma gestão eficaz é que esta desenvolve estratégias inventivas de forma a ultrapassar limitações reais ou imaginárias, desenvolve e age de acordo com estratégias de longo prazo, controlando as tarefas e as expectativas do “capital humano” de forma pró-activa, o que lhe permite atingir objectivos estratégicos em vez de apagar fogos.
O contrário subverte o significado da “palavra assumida”, corrompe e substitui-a por matéria descartável. São necessários novos métodos que sustentem as ideias primordiais para daí partirmos para o combate à crise do sistema de valores capitalista que não constituem de forma alguma, um “ambiente estável” para as empresas.

Custa aguentar tanta imbecilidade.

Diz a Joana Amaral Dias no DN:

A atitude de Israel, que continua a apostar na força bruta passando ao largo da sua própria História, não apenas falha em proteger os seus próprios cidadãos como destabiliza, ainda mais, toda a zona.

Não dá para aguentar ler estas imbecilidades e ficar calado, sabendo que; a guerra de 48 foi iniciada pelos árabes e, não fosse isso, o plano de partilha da ONU teria sido um sucesso e existiria um estado palestiniano e outro israelita com mais de meio século e que, antes de existir o colonato Judeu, nunca os árabes quiseram saber do Estado Palestiniano e que, os conflitos só começaram no momento em que Israel com a guerra dos seis dias assumiu o controle da área e que, enquanto Gaza foi ocupado pelo Egipto, nunca os árabes se preocuparam verdadeiramente com o Estado da Palestina e que, entre 48 e 67 tanto Gaza como a Cisjordânia tinham um governo árabe sem nunca lhes passar pela cabeça estabelecer o Estado da Palestina.

Porque não fala a Joana Amaral Dias da OLP e da sua figura de proa Yasser Arafat, a quem se deve a responsabilidade directa da não constituição de um estado palestiniano, porque prefere, tal como Chirac e Zapatero culpar Israel pela resposta excessiva, lavando assim a culpa do Hezbollah e do Hamas e parecendo até, que o Líbano que alberga campos militares do Hezbollah e a Síria e o Irão que os abastecem pareçam uns meninos de coro quando estes se regozijaram publicamente com o rapto dos soldados.

Pois claro, normal é o governo do Hamas incentivar a vinda de mísseis iranianos para destruir Israel, normal é o governo do Hamas não reconhecer o estado de Israel, normal é o Hezbollah deliberadamente e pontualmente provocar o Estado de Israel

Tenha Juízo minha senhora, eu condeno qualquer guerra e todos aqueles que resolvem todas as divergências à força da bomba, como digo no post anterior, mas pelo mal que vejo nelas, pelo que sofre sempre a população que é carne para canhão, pelos civis e gente inocente que mata a esmo, por toda a destruição e atraso que provoca, mas isso não me torna imbecil ao ponto de dizer que Israel é o responsável pela escalada de violência que se vive na região e não ver a quem cabe a culpa de não existir um estado Palestiniano livre e democrático.

Médio Oriente.

Rapto em Gaza pelo Hamas de um soldado israelita, o Hezbollah, duas semanas depois rapta mais dois soldados. Dizem, com intenção de os trocar por prisioneiros em Israel, conforme declarações do seu líder Xeque Nasrallah, que pretende ocupar espaço e fortalecer o seu movimento no conflito entre israelitas e palestinianos.
Israel, culpa o Governo Libanês pelas acções da milícia Xiita e afirma que estes são apoiados pelo Irão e pela Síria.

Se tivermos em conta a fraqueza do executivo libanês, podemos duvidar do seu controlo sobre o movimento de Hezbollah e sabendo-se que, nem o Hamas, nem o Hezbollah, libertarão os soldados israelitas sem algo em troca, não é difícil antecipar que as ofensivas israelitas estão para durar, porque Israel sabe da fraqueza do Governo Libanês e só parará quando este cair. Depois, se fizer algum acordo com o Hezbollah ou com o Hamas, estes ficarão fortalecidos o que Israel pretende evitar a todo o custo.

A confirmar esta análise, atente-se nas palavras de Shimon Peres:

“O que nunca podemos esquecer, é que no dia em que perdermos uma guerra, perdemos tudo porque perdemos o país. Por isso cada nova batalha é sempre vista como de vida ou de morte, algo que faz com que em Telavive ou Jerusalém se viva cada dia como se fosse o último e nunca se tenha como primeira preocupação o que a comunidade internacional possa pensar ou condenar.”

Entretanto e após “a tentativa de assassinato” do chefe do Hezbollah, estes respondem pela voz de Nasrallah; “Querem uma guerra aberta, vão ter uma guerra aberta” e acrescenta; “Esta será uma guerra a todos os níveis”.
Este discurso suicida, foi celebrado com tiros e buzinadelas nas ruas de Beirute.

Dizia Louçã à Lusa e cito de memória: Esta é uma situação inaceitável, a Europa tem de tomar medidas para impedir e parar estas guerras, tem de deixar de olhar para o lado sempre que o chefe dos salteadores George W. Bush promove e impulsiona estas barbáries, porque acha que no fim da estrada, está mais uma guerra contra o Irão.

Agora é a hora dos rockets e dos raides da aviação israelita, tentando cada um destruir mais que o outro e o fim sabemos já como será: destruição e morte com a preocupação cínica do ocidente devido à nova escalada do preço do petróleo, porque, qualquer conflito no Médio Oriente tem essa causa.

Mas que futuro se pode esperar, para aqueles que resolvem todas as divergências à força da bomba e que tornam qualquer intenção de convivência pacífica, numa missão impossível?

Cícero

De partida para um fim-de-semana longe das modernas tecnologias, deixo-vos um pensamento.

Dizia Cícero em 44 a.C. então com 62 anos, sobre as vantagens da velhice.

“Nunca concordei com esse antigo provérbio tão celebrado que aconselha: envelhece antes do tempo se desejas permanecer eternamente velho. A falar a verdade, sempre preferi tornar-me velho no momento certo a ter de envelhecer antecipadamente”

Cato Maior de Senectute

Conclusão:
O problema não é envelhecer, mas como se envelhece.

Conselho para os mais novos:
Não envelheçam, brinquem e brinquem, e no dia que os então mais novos, os achem despropositados ou ridículos, continuem a brincar e a honrar a maravilha que é viver.

Até segunda e um excelente fim-de-semana a todos.

Gato.




Que fazes por aqui, ó gato?
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meio agastado e sempre a disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pêlo, frio no olhar!

De que obscura força és a morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus servos?

(Alexandre O'Neill)

Ramos Horta.

Foi o braço direito de Xanana Gusmão em todo este processo, que teve como objectivo o derrube de Mari Alkatiri e que Curzio Malaparte no seu livro sobre a técnica do golpe de Estado não desdenharia, ou quem sabe, se ainda fosse vivo o obrigaria a um novo titulo sobre semipresidencialismos de fachada parlamentar.

Hoje, na sua tomada de posse como Chefe do Governo de Timor-Leste, fez o seu discurso à Nação do qual retirei estas pérolas:

"Hoje sou empossado na honrosa função de Chefe de Governo, na sequência da resignação do meu velho amigo e combatente de luta, o Dr. Mari Alkatiri. Servi num Governo por ele dirigido sempre pautado pela prudência e lealdade ao povo que ele realmente ama".

Se isto não é hipocrisia então não sei o que será, até porque, mais à frente leio incrédulo:

"Infelizmente, não posso dizer que aprendi muito com o Primeiro-Ministro Mari Alkatiri durante os quatro anos de governação. Eu estava ausente mais de metade do ano e quando estava no país não me entusiasmava muito com as prolongadas sessões do Conselho de Ministros".

Ora, este homem ausente e que considera uma maçada as sessões do Conselho de Ministros e que foi co-autor no agravamento das acusações para derrubar o seu chefe, é o mesmo que não consegue esconder o clima de liquidez monetária que vive Timor-Leste devido à governação de Alkatiri:

"Tínhamos há meses cerca de 600 milhões de dólares provenientes do Fundo Petrolífero criado pelo anterior governo e que prevê a aplicação das receitas petrolíferas em obrigações do tesouro norte-americano]. Esperamos ter até ao final do ano, cerca de mil milhões de dólares”.

E remata em bicos dos pés sem sentido do ridículo:

“Nunca seria um bom secretário-geral da ONU se não soubesse ser um bom timorense, e um bom timorense deve estar no seu país e com o seu povo em momentos de crise" e conclui: "Talvez em 2012. Agora o mundo tem que esperar".

Palavras para quê...

Acabou.



Esta está entregue. Agora, que Scolari fique e venha o Euro2008.

A “squadra azzurra” de Marcello Lippi, depois de 1934, 1938 e 1982 é de novo e depois de uma final extremamente emotiva e táctica, campeã do mundo.

As claques fizeram a festa e o visado de alguns cânticos era o inevitável "Zizou": "Olê, Zinedine Zidane, olê, Zinedine Zidane." "La mama di Zidane è una p..., la mama di Zidane è una p..."
Como é evidente adorei ver os "bleus" derrotados com as suas armas; as grandes penalidades, e como se isso não bastasse vi a sua estrela maior “Zizou”, agredir com uma inqualificável cabeçada Materazzi antecipando assim a reforma e perdendo a bola de ouro.
Pois é… pela boca morre o peixe e depois de terem apelidado a selecção portuguesa de fiteiros mergulhadores e caceteiros, foi vê-los levar à prática tudo o que antes condenavam.
Que chatice…

Timor-Leste

BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
Folha de São Paulo - 4Julho2006

A crise política em Timor, para além de ter colhido de surpresa a maior parte dos observadores, provoca algumas perplexidades e exige, por isso, uma análise menos trivial do que aquela que tem vindo a ser veiculada pela comunicação social internacional. Como é que um país, que ainda no final do ano passado teve eleições municipais, consideradas por todos os observadores internacionais como livres, pacíficas e justas, pode estar mergulhado numa crise de governabilidade? Como é que um país, que há três meses foi objecto de um elogioso relatório do Banco Mundial, que considerou um êxito a política económica do Governo, pode agora ser visto por alguns como um Estado falhado?

À medida que se aprofunda a crise em Timor Leste, os factores que a provocaram vão-se tornando mais evidentes. A interferência da Austrália na fabricação da crise está agora bem documentada e vem desde há vários anos. Documentos de política estratégica australiana de 2002 revelam a importância de Timor Leste para a consolidação da posição regional da Austrália e a determinação deste país em salvaguardar a todo o custo os seus interesses. Os interesses são económicos (as reservas de petróleo e gás natural estão calculadas em trinta mil milhões de dólares) e geo-militares (controlar rotas marítimas de águas profundas e travar a emergência do rival regional: a China). Desde o início da sua governação, o primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, um político lúcido, nacionalista mas não populista, centrou a sua política na defesa dos interesses de Timor, assumindo que eles não coincidiam necessariamente com os da Austrália. Isso ficou claro desde logo nas negociações sobre a partilha dos recursos do petróleo em que Alkatiri lutou por uma maior autonomia de Timor e uma mais equitativa partilha dos benefícios. O petróleo e o gás natural têm sido a desgraça dos países pobres (que o digam a Bolívia, o Iraque, a Nigéria ou Angola).

E o David timorense ousou resistir ao Golias australiano, subindo de 20% para 50% a parte que caberia a Timor dos rendimentos dos recursos naturais existentes, procurando transformar e comercializar o gás natural a partir de Timor e não da Austrália, concedendo direitos de exploração a uma empresa chinesa nos campos de petróleo e gás sob o controlo de Dili.
Por outro lado, Alkatiri resistiu às tácticas intimidatórias e ao unilateralismo que os australianos parecem ter aprendido em tempos recentes dos seus amigos norte-americanos. O Pacífico do Sul é hoje para a Austrália o que a América Latina tem sido para os EUA há quase duzentos anos. Ousou diversificar as suas relações internacionais, conferindo um lugar especial às relações com Portugal, o que foi considerado um acto hostil por parte da Austrália, e incluindo nelas o Brasil, Cuba, Malásia e China.

Por tudo isto, Alkatiri tornou-se um alvo a abater. O facto de se tratar de um governante legitimamente eleito fez com que tal não fosse possível sem destruir a jovem democracia timorense. É isso que está em curso.

Uma interferência externa nunca tem êxito sem aliados internos que ampliem o descontentamento e fomentem a desordem. Há uma pequena elite descontente, quiçá ressentida por não lhe ter sido dado acesso aos fundos do petróleo. Há a Igreja Católica que, depois de ter tido um papel meritório na luta pela independência, não hesitou em pôr os seus interesses acima dos interesses da jovem democracia timorense ao provocar a desestabilização política com as vigílias de 2005 apenas porque o governo decidiu tornar facultativo o ensino da religião nas escolas.
Toleram mal um primeiro-ministro muçulmano, mesmo laico e muito moderado, porque o ecumenismo é só para celebrar nas encíclicas.

E há, obviamente, Ramos Horta, Prémio Nobel da Paz, um político de ambições desmedidas, totalmente alinhado com a Austrália e os EUA e que, por essa razão, sabe não ter hoje o apoio do resto da região para a sua candidatura a Secretário-Geral da ONU. Foi ele o responsável pela passividade chocante da CPLP (Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa) nesta crise. A tragédia de Ramos Horta é que nunca será um governante eleito pelo povo, pelos menos enquanto não afastar totalmente Mari Alkatiri. Para isso, é preciso transformar o conflito político num conflito jurídico, convertendo eventuais erros políticos em crimes e contar com o zelo de um Procurador-Geral para produzir a acusação. Daí que as organizações de direitos humanos, que tão alto ergueram a voz em defesa da democracia de Timor, tenham agora uma missão muito concreta a cumprir: conseguir bons advogados para Mari Alkatiri e financiar as despesas com a sua defesa.

E que dizer de Xanana Gusmão? Foi um bom guerrilheiro e é um mau presidente. Cada século não produz mais que um Nelson Mandela. Ao ameaçar renunciar, criou um cenário de golpe de Estado constitucional, um atentado directo à democracia por que tanto lutou. Um homem doente e mal aconselhado, corre o risco de hipotecar o crédito que ainda tem junto do povo para abrir caminho a um processo que acabará por destruí-lo.

Timor não é o Haiti dos australianos, mas, se o vier a ser, a culpa não será dos timorenses. Uma coisa parece certa, Timor é a primeira vítima da nova guerra-fria, apenas emergente, entre os EUA e a China. O sofrimento vai continuar.

Acabou o Sonho!




Num jogo morno e praticamente sem lances de golo, os bonapartes voltaram a ter a ajuda de um pénalti aos 32 minutos, que Zidane converteu com a excelência que retirou qualquer hipótese ao guerreiro Ricardo.

Portugal apesar de no final procurar já em desespero o empate, não conseguiu ameaçar com êxito as redes de Barthez, embora Scolari com a troca de Costinha por Postiga e de Pauleta por Simão, tenha tentado com quatro avançados alterar o rumo dos acontecimentos.

Falar da arbitragem para desculpar a derrota da equipa das quinas, é a repetição de um erro que ainda tenho na memória e que não repito.

Parabéns a todos e espero que a nossa equipe seja recebida em Portugal com as honras que merece.

Agora… Força Itália!

Provérbios de hoje!

Existem duas maneiras de ser feliz nesta vida, uma é fazer-se de idiota, outra é ganhar aos franceses.

Só existem duas coisas infinitas: O universo e o chauvinismo francês.
E não estou muito seguro da primeira.


Amo a humanidade, o que me desgosta são os franceses.

Ás vezes penso que a prova mais evidente de que existe vida inteligente no universo, é esta vontade Lusitana de derrotar os franceses.

Pouco se aprende com a vitória, excepto se os derrotados forem franceses.


Nota: Hoje não estarei on-line, depois da nossa vitória sobre as hordas hooligans da ilha bretã, fiz um pequeno upgrade antecipando a nossa vitória sobre os bonapartes.


Por um novo Waterloo!

Liberte, egalité et... vancifudê!!!

As bandeiras estão desfraldadas e a selecção portuguesa a postos!

Hoje, como dizia Pessoa; É dia de sentir tudo de todas as maneiras, ter todas as opiniões e ser sincero contradizendo-me a cada minuto, é dia de poder rir, rir, rir despejadamente, rir como um copo entornado, absolutamente doido só por sentir.
Depois dêem-me a cela que quiserem que eu me lembrarei da vida.


FORÇA


Entrada posterior 1

Num jogo impróprio para cardíacos, tivemos de novo um Ricardo Coração de Leão a defender as redes Lusas e parando os remates de Frank Lampard, Steven Gerrard e Jamie Carragher, repetindo a façanha do Euro2004.

Coube a Cristiano Ronaldo, depois de Simão e Postiga terem concretizado, marcar o penalti decisivo.


Agora, FORÇA BRASIL, rumo a uma meia-final de língua portuguesa.

Entrada posterior 2

O Brasil infelizmente não passou… Vamos ter de ser nós a beber o Champanhe.
Que o tragam do bom, que não bebemos mistelas.

FORÇA PORTUGAL!

100º aniversário



O Sporting Clube de Portugal, comemora hoje o seu 100º aniversário, inaugurando na praça Centenário, uma peça escultórica que visa homenagear todos os seus sócios, simbolizando três dos grandes pilares da inigualável história deste grande clube – Dirigentes, Atletas e Sócios.

O programa é o seguinte:

1. Concentração na lateral do Parque Eduardo VII a partir das 08:30h.

2. Saída da Marcha prevista para as 10:30h, com uma largada de balões.

3. Entrada na Rotunda do Marquês de Pombal, lado Parque Eduardo VII, contornando a mesma e seguindo em direcção à Av. Fontes Pereira de Melo (sentido ascendente) até à Praça Duque de Saldanha.

4. Aí ocorrerá uma paragem temporária da Marcha para uma largada de balões.

5. A Marcha reinicia-se pela Av. da República, entrando no túnel do Campo Pequeno em direcção a Entre Campos, passando pelo túnel de Entre Campos em direcção ao Campo Grande.

6. Na chegada ao Campo Grande, a Marcha seguirá em direcção à Alameda das Linhas de Torres, entrando, pela Rua Cipriano Dourado, no Parque de Estacionamento em frente ao Alvaláxia para finalmente entrar no Estádio, pela Porta 2, e aí dispersar.

7. De seguida os participantes são encaminhados para a Praça Centenário, onde às 13:00h será inaugurado, na Praça Centenário, o Monumento ao Sócio, terminando aí os festejos do dia do 100º Aniversário do Sporting Clube de Portugal.

Allez Sporting allez