Reflexões!

Existem questões, que indubitavelmente me preocupam e preocupam todos os que seguem com alguma atenção a vida política e partidária em Portugal. Merecem por isso, e a espaços, uma reflexão mais cuidada. Refiro-me, e para situar a questão, ao desinteresse "aparente" dos portugueses pelos partidos políticos, e pergunto-me, se isso será um mal dos portugueses ou é hoje uma preocupação generalizada do mundo?

Se tivermos em conta, o acontecimento mais mediático com que estamos a ser bombardeados pelos media e que serve de exemplo, o mal é geral.
Refiro-me à eleição nas urnas do Hamas e ao porquê de isso ter acontecido, quando até para eles foi uma surpresa.
Sabemos que a Fatah estava corroída pela corrupção e a designada Autoridade Palestiniana, não ia muito além, de servir de polícia em proveito de Israel e da gerência dos fundos de assistência em proveito dos seus dirigentes. Isto, e a morte de Arafat, foram a gota de água num copo em efervescência. O Hamas, bombista e fundamentalista, arranca a sua vitória essencialmente nas localidades mais pobres, onde, trouxeram restrições às mulheres mas também a comida, a água, a electricidade e essencialmente a esperança que derrotou a corrupção dos dirigentes da Fatah.

Tendo em conta este exemplo, pelo que de mau tem, e passando à sociedade portuguesa, ressaltam duas questões:
1 - Porque ganha Cavaco Silva as eleições presidenciais.
2 - Porque fica Manuel Alegre em segundo com mais de um milhão de votos.

No primeiro caso, Cavaco distancia-se dos partidos, tentando assim tornar a sua candidatura apartidária e creio que com dois motivos de peso:
a) A necessidade de ganhar votos à esquerda sem o que não seria possível a sua eleição.
b) Demarcar-se da imagem maculada de compadrios e corrupção que os partidos lhe poderiam trazer.
Isto, com uma estratégia montada pelo seu staff para o fazer parecer um Icon de honestidade, competência e firmeza, apelando ao subconsciente sebastianista dos portugueses, resultou numa vitória à primeira volta.

No segundo caso, a estratégia da candidatura de Alegre, diferente em muito da estratégia de Cavaco, é no entanto similar, devido à sua não vinculação a qualquer partido e até entendido por alguns, entre os quais me incluo, que concordando serem os partidos essenciais ao funcionamento da democracia, ter no entanto, chegado a altura de gritar um sonante basta a esta encruzilhada entre partidos e cidadãos.

Poderiam alguns pensar, que o voto no Alegre seria um voto contra o Sócrates, mas a evidência da cotação de popularidade de Sócrates, se manter após as eleições, arruma de vez com esta linha de raciocínio.
Então, e tendo em conta que a indefinição politica do movimento Alegrista, sobre o que fazer com um milhão de votos de mudança, terminou na criação de um movimento cívico de cidadãos, podemos concluir, que estes foram de facto um aviso sério aos partidos.

Se tivermos em conta, a diversidade das sociedades no momento actual, em que, nenhum partido pode almejar ter os votos dos seus fiéis como se fora um clube de futebol, isto porque, as pessoas não se identificam com os partidos em todos os momentos, concluiremos, serem os partidos os únicos causadores da sua desgraça, até porque, não foram os cidadãos que se desinteressaram da politica, mas sim a actividade politica que perdeu o interesse nos cidadãos.

Hoje, a politica, aponta todas as suas baterias, para as grandes e faraónicas obras, para os grandes grupos económicos e para o economicismo, chegando, não poucas vezes a parecer, que o vulgar cidadão, o Zé contribuinte, só cá está a atrapalhar.
Sendo os partidos o garante da democracia, devem estes, tudo fazer para que a administração governe, e bem, no interesse dos cidadãos e o que vimos, é na maioria das vezes o contrário, ou se governam a eles ou para eles ou para grupos restritos da sociedade.

Chegou a hora da decisão, os partidos têem pela frente três anos sem eleições, que diga-se, é um período de tempo razoável para o estudo da questão, e para a interiorização das mudanças necessárias.
É urgente que o façam, e que tenham em consideração a última sondagem Eurobarómetro, que é demonstrativa da confiança dos portugueses. É que, segundo aquela sondagem, só lhes restam 20% dos portugueses, o que abre caminho ao impensável. E por isso o exemplo das eleições palestinianas.

Dizia Jorge Luís Borges, no seu livro El Informe de Brodie: “Creo que un dia mereceremos que no haya gobiernos”.

Talvez um dia, mas ainda não é este o tempo.

Neva na minha Cidade!

Isto não acontecia há 51 anos. O espectáculo é a todos os níveis maravilhoso.

Raça de “leão” - Benfica, 1 – Sporting, 3



O Sporting venceu o eterno rival por 3-1, no Estádio da Luz. Os “leões” mostraram raça, depois de conseguirem dar a reviravolta no marcador. Simão adiantou o Benfica aos 27 minutos, de penaltie. Sá Pinto também de penaltie, aos 64 minutos, e um bis de Liedson (73m e 82m) garantiram o triunfo do derby.

Era o jogo do tudo ou nada para o Sporting. Perder na Luz era proibido e os “leões” mostraram que têm argumentos para lutar pelo título. Uma inocência” de Custódio ainda deu vantagem ao Benfica, mas os “leões” deram a volta ao marcador com golos de Sá Pinto e um bis de Liedson, Paulo Bento confiou num onze raçudo, o mais experimentado possível, para se equiparar a um adversário extremamente moralizado com os últimos resultados (sete triunfos consecutivos). Com Ricardo na baliza, o quarteto defensivo foi entregue a Abel, Tonel e Polga, ficando Caneira adaptado à esquerda. Custódio era o tampão defensivo do miolo, com Moutinho e Carlos Martins mais à frente, ficando o losango completo com o “capitão” Sá Pinto, no apoio a Liedson e Deivid, a grande novidade do onze “leonino”. Na equipa de Ronald Koeman, Alcides voltou ao lugar de defesa-esquerdo, relegando Léo para o banco. Beto recuperou o posto no meio campo e no ataqe Manduca foi a surpresa, no apoio a Nuno Gomes (dada a ausência de Miccoli).

O Sporting começou por ser vítima da precipitação auxiliar de Bertino Miranda (é certo que sem prejuízo para os “leões). O Benfica ainda avisou em dois remates da meia distância de Petit e Manduca, mas seria o Sporting a ter a primeira grande ocasião do jogo. A coesão do meio campo verde e branco já tinha criado superioridade numérica (Moutinho atirou ao lado da baliza encarnada) e, aos 21, num bom envolvimento atacante, o Sporitng não marcou por um triz.

A chuva que caiu intensamente criou maiores dificuldades às duas equipas, mas o meio campo dos “leões” começava a superiorizar-se aos poucos. Porém, um corte involuntário de Custódio com o braço na grande área, deu um penalty aos encarnados, o terceiro consecutivo contra o Sporting na Liga. Simão, abriu o activo na Luz, dando uma machadada na estratégia “leonina”. Contudo, o Sporting não esmoreceu, conseguindo criar várias ocasiões para igualar. Com muito sangue frio, e uma resposta de “leão”, ampliada pelas movimentações de Moutinho e Martins pelo centro do terreno, a equipa verde e branca partiu para meia-hora de grande nível. Até ao intervalo o Sporting teve três grandes oportunidades para reentrar na discussão do jogo. Carlos Martins, desferiu uma bomba à base do poste da baliza encarnada, após boa triangulação ofensiva, e logo a seguir, Deivid, após passe magistral de Martins, falhou o alvo do cabeceamento. Mas, a grande perdida dos “leões” aconteceu a dois minutos do descanso, com Moretto a desviar o remate venenoso de Sá Pinto.

A perder, o Sporting não se desuniu, mantendo-se muito aguerrido e lutador na intermediária (já com Nani no lugar de Carlos Martins). Ao minuto 64, outra grande penalidade, convertida por Sá Pinto deu o justo prémio do empate para o Sporting e desorientou o Benfica. A ascensão “leonina” era cada vez mais uma evidência, e a grande coesão e domínio sobre a bola haveria de ser determinante para o Sporting…bem como Liedson. O levezinho resolveu o jogo, com um trabalho notável sobre Luisão, encetou a reviravolta ao minuto 73.Em vantagem, Paulo Bento reforçou o meio campo com a entrada de João Alves (Deivid), mas com o adversário completamente moribundo, foi o camisola 31 a colocar um ponto final no derby. Liedson acreditou no passe mágico de Sá Pinto, ultrapassou Moretto, garantindo o triunfo sobre o velho rival.

Texto: Sandro Baguinho

Onde é que gamaste a bicicleta?

Andreia em dia não.

Hoje não passei lá muito bem, foi assim como um dia ás avessas, daqueles que a gente nem sabe porque está assim, mas estamos e pronto. A Alzira ainda me tentou animar com um email que o primo lhe mandou, a dizer, que afinal o professor tem três distintas reformas de que ninguém fala, e recebe todos os meses mais de nove mil euros, e não parava de perguntar, porque é que os jornais andaram para aí a falar das reformas dos socialistas e muito bem diga-se de passagem, mas ninguém se indignou ou falou das reformas luxuosas do professor... Mas nem isso me animou e até acho que fiquei pior.
Quando cheguei a casa, nem me apetecia ir ao blog ver se alguém me tinha escrito e fiquei ali sentada na cozinha a pensar na minha vida e a ver o meu Zé brincar.
E olhem, sem saber porquê comecei a fazer uns versos, que ás vezes também me dá para isso, só que também costumo deitá-los fora, mas agora como posso escrever no blog do Sr. Pires, vou lá pespegá-los e pronto.



Que triste vida a minha, que sina...
Sem ter ninguém para amar
Ainda sou uma mulher jovem
E estou pr’aqui quase a chorar

Belas manhãs entre lençóis?
Não, não sei o que isso é...
Quando não é o cabeleireiro
É o traquina do meu filho Zézé.

Dá-lhe para acordar cedo, coitadinho...
E logo me pede de comer
E a bela da Andreia ainda ensonada
Têm de a correr lho ir fazer

Boa vida, tem a amiga Alzira
Que não tem filhos, nem casou
As manhãs passa-as na cama
E as tardes no café do seu avô

Mas eu cá, não me importo nada, ai, ai...
Porque até já me habituei
E prefiro o meu querido e rico filho
A viver só e sem ninguém.

Andreia.

Condy Rice dormiu com George W. Bush?

Existem fortes indícios de que a Secretária de Estado Condy Rice tenha dormido com o Presidente George W. Bush.

Publicarei mais detalhes quando forem divulgados.
Tudo aquilo que tenho neste momento é esta foto abaixo...




Andreia esclarece. Pontos nos iii e nova vida.

É claro que fiquei uma fera, quando hoje de manhã vi o que o Sr. Pires tinha feito.
Chamar-me bêbada... A mim... Mas afinal quem pensa o Sr. Pires que é?
Fiquei à coca de o ver sair até ás onze horas, mas como ele não havia meio de dar sinal de vida, disse à Alzira para tomar conta do estabelecimento, pus pernas ao caminho e fui bater-lhe à porta.
Vejam lá, que àquela hora, estava ainda de roupão e barba por fazer... enfim, vidas... mas como eu estava a dizer, assim que me abriu a porta, disse-lhe logo ali na cara, que não lhe admitia aquilo, e que ele não tinha nada que vir mandar bitaites ao que eu escrevia. Ai disse, disse... que aqui à filha da dona Arminda, quando a fazem descalçar o chinelo têem de a ouvir, ora essa.

Só queria que o vissem, quando lhe disse que aquilo era o mesmo que fazer censura, o homem até espumou, e começou a andar para a frente e para trás como um possesso, e eu, não estive para o ver dar cabo do soalho a arrastar os chinelos e virei-lhe as costas.

Deviam ser umas três da tarde, quando me entrou pelo estabelecimento adentro e veio com uma história de que aquilo não era censura, era assim mais como um tal contraditório, e porque isto e porque aquilo, e porque achou que eu não estava bem e blábláblá rebéubéu e pardais ao ninho... de tal forma, que eu vi logo que ele me estava a querer enrolar, e disse-lhe ali na cara, que desde que fosse eu a pagar, bebia pelas razões que quisesse, que desde que o meu Luís se foi embora ninguém tinha nada a ver com isso.

Ele então mudou de táctica e começou a dizer, que agora o Cavaco é o presidente de todos os portugueses e que as outras candidaturas se esgotam no dia das eleições...
Aí é que a mostarda me subiu ao nariz, e disse-lhe logo que ele podia ser o presidente de Portugal, mas não era de todos os portugueses, pelo menos meu não era, se ele o queria que ficasse com ele e lhe fizesse bom proveito, ora essa... Ainda se ele fosse como o Sr. Sousa Cintra, que veio do nada e enriqueceu a engarrafar água, mas não, ele é só professor, e pelo que diz a Amélia que tem uma prima que também é professora, ele nem é nada de especial, e vê-se, porque com aquela idade, ainda não arranjou dinheiro sequer para comprar uma vivenda e por isso têm de viver num apartamento ali para a travessa de que agora não me lembro o nome.
Alguma vez o Professor se compara ao meu Manelinho... Isso é que era bom, um homem com aquela voz, que cada vez que o ouço até me arrepio, e é poeta, e até escreve livros sobre cães, nem pensar...

E só não lhe disse mais, porque a dona Josefa tinha vindo com uma cliente nova e eu não queria que ela ficasse com má impressão. Mas o Sr. Pires nunca ouve o que lhe dizem e quando teima é como a tinha, não despega nem por nada, e para ali esteve a dizer que em democracia, devemos aceitar a não vitória do nosso candidato na boa, e que o presidente não pode ser presidente só de uma parte dos portugueses, porque tem de ser de todos, e não se calava, mas no fim, lá fizemos as pazes quando ele viu que eu estava disposta a não escrever mais no blog dele, e então, prometeu ensinar-me a responder às pessoas que fazem comentários ao que eu digo.

Aí confesso que fiquei toda entusiasmada, e agora estou que nem sei... que é como quem diz, que estou em pulgas e com um formigueiro que nem me aguento.

Sei que já falei demais e o Sr. Pires também me avisou, que se quero que leiam o que escrevo, não posso fazer textos muito grandes, por isso calo-me já.
Até amanhã.

Andreia.

Conselhos da Andreia.

O segredo para apreciar um bom vinho é:

1 - Abrir a garrafa para deixar o vinho respirar.
2 - Se o vinho não respirar, fazer-lhe respiração boca a boca.

Andreia.

Nota do adm. do blog:
Meus caros, não convém nos tempos mais próximos, levar em consideração os conselhos da Andreia, já que, desde que o Prof. ganhou, que ela não larga o tinto.
Ainda pensei que festejava, mas tudo indica, que é para esquecer.

O Diário da Andreia.

Hoje nem era para escrever nada, porque a D. Amélia não apareceu e estivemos todo o tempo a ver se ela passava na rua, mas acho que ela sabia o que a esperava e nem saiu de casa. Como estava a dizer, só aqui vim porque o meu vizinho, Sr. Pires, que me deixa escrever no blog e devido à falta de tempo, pediu-me para os informar, que já publicou um novo conto lá naquele outro blog que ele tem, e onde se entretêm a escrever umas histórias.
Disse-me, que para lá irem é só clicarem aqui na fotografia do lado esquerdo que tem um menino a brincar com um chapéu-de-chuva, que por sinal está muito mal tirada, pois o Sr. Pires deve-se ter esquecido do flash.
Eu já li porque como sou muito curiosa e antes de escrever fui logo lá ver, e posso dizer-vos que fiquei muito satisfeita com o final, mas não vou dizer mais nada para não vos estragar a história, porque também não gosto quando a Alzira lá no cabeleireiro, que tem uma prima no Brasil, me conta os episódios seguintes da novela.
Já fiz o que o Sr. Pires me pediu e agora vou-me embora.

Até amanhã

Andreia

Factor positivo!

Quem porfia sempre alcança, diz o povo quando não está distraído.
Depois de obstinado afinco, na procura de um factor positivo nesta eleição de Cavaco, lá logrei encontrá-lo.
Afinal nem tudo é mau, as probabilidades de o homem contribuir para a animação da blogosfera, são elevadíssimas.

A Direita Ganhou!

E pronto, pela primeira vez desde 1974, a direita consegue eleger um presidente da República.
Quando o povo vota assim, é caso para dizer que tem o que merece, não sendo no entanto, o que devia merecer.

Parabéns, parabéns, parabéns!

O Diário da Andreia (Segunda entrada)

Tive de voltar ao meu querido diário, porque estou que nem posso, até tive de me coçar toda, tal o estado em que fiquei assim que a TVI disse que o meu poeta tinha ganho ao Dr. Mário Soares.
Dava tudo para ver agora a cara da D. Amélia, que deve estar toda roída por o Dr. Mário Soares ter ficado em terceiro lugar, com certeza amanhã nem vai aparecer, mas também não me importo nada, porque ela à segunda-feira só vai pentear e assim é menos uma chata lá no cabeleireiro.
Agora vou outra vez ver a televisão, quero é ver a cara do primeiro-ministro quando lhe perguntarem, o que é que tem a dizer sobre a merda que fez.
O Chico taxista, diz que o homem vai ficar verde. E logo ele, que é do Benfica.

Andreia.

O Diário da Andreia.

Hoje nem tinha nada para escrever, já que é domingo e levantei-me mais tarde.
Mas agora no final da tarde e depois de ter ido votar no Sr. presidente, estava aqui em frente à televisão a pensar no que disse ontem a D. Amélia lá no cabeleireiro.
Aquela mulher é mesmo uma estúpida insuportável, deus me perdoe estar aqui a dizer mal das pessoas, mas não a suporto por causa daqueles ares empertigados, de quem sabe sempre mais que os outros, e que os outros são todos uns estúpidos. Eu até posso não ser uma grande inteligência, mas lá estúpida é que eu não sou.
Mas vou explicar, para depois não me esquecer porque é que escrevi isto.
Foi assim: Eu estava a fazer as unhas à Rosália, que tinha as mão numa miséria por causa dos amanhos do peixe e como tinha uma festa ao fim da tarde no clube recreativo, eu disse para ela ir lá que lhas arranjava, e a Alzira, estava a ver se apanhava alguma coisa interessante na televisão.
Quando ela passou pelo canal Sky News, (confesso que tive de ir à televisão ver como aquilo se escreve, porque se o meu português não é grande coisa o estrangeiro então…, é melhor nem falar). Como eu estava a dizer, quando ela passou o tal Sky News, que é um canal estrangeiro eu dei-lhe um grito para ela voltar atrás, pois estava uma série de gente nova a tentar salvar uma baleia, e todas nós ficámos interessadas a ver o que aquela rapaziada estava a fazer. A D. Amélia, armada em sabichona começou logo a dizer que quando as baleias se querem matar, matam mesmo e que é escusado andar tanta gente a gastar dinheiro, a tentar salvá-las para depois elas se irem matar noutro sítio.
Nem preciso de dizer, que só me apeteceu dar-lhe uma boa resposta, não fosse ela ser tão boa cliente e ia ver como aqui a Andreia lhe respondia. Aquilo foi o mesmo que desfazer no trabalho da rapaziada, com certeza, para ela era melhor que andassem aí na noite a beber cerveja e sabe-se lá mais o quê, e depois ficarem a dormir a manhã toda, em vez de fazerem bem aos animais que também são criaturas de deus. Até a Rosália que é peixeira, gostou de os ver a salvar a baleia, mas a D. Amélia não, e não se calou o tempo todo a dizer mal de tudo e de todos, eu cheguei a uma altura, quando ela começou a dizer que as lambisgóias que lá andavam, deviam era estar em casa a cozer meias, que até me subiu uma coisa pela garganta acima, e estive quase para lhe dizer, que uma pessoa como ela não devia andar a falar mal dos outros, porque os outros também podia falar mal dela, isto por causa do Sr. Joaquim, coitado do homem, que nós bem sabemos que todas as quintas feiras ela lhos põe com o Francisco do talho, que coitado do rapaz já não a suporta, mas não sabe como se há-de livrar dela, desde que ela o ameaçou de contar à namorada dele se ele lhe falhar, e agora o Francisco anda uma pilha de nervos, que até se engana nos trocos.
Bem… era só para ficar registado, que não lhe disse nada porque ela é uma boa cliente, e eu preciso muito do dinheiro, pois não é fácil uma mãe solteira sobreviver neste bairro, se não fosse isso, e teria que mas ouvir, que eu, quando me sobe a mostarda ao nariz, não sou boa de assoar.
Agora vou ver a televisão, que daqui a bocadinho já vão dizer qual foi o presidente que ganhou, e eu só quero é ganhar à D. Amélia, senão amanhã, assim que entrar vai logo dizer: Eu sabia, eu não vos disse!

Andreia.

Conversas de Surdos…

- Sabia que os filipinos são de raça malaia, com umas gotas de sangue chinês, americano, espanhol e árabe?
- Eu por acaso gosto, aliás, eu gosto de tudo o que tem chocolate, acho é um desperdício aquele buraco no meio…


Espreitador.

Sabedoria Popular...

  1. Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Cavacar, põe-te a chorar.
  2. Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Cavaco, mais cedo se enterra.
  3. Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Cavaco lixa-se.
  4. Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Cavaco é burro mesmo.
  5. A ocasião faz o ladrão, e de Cavaco um aldrabão.
  6. Antes só que mal acompanhado, ou com Cavaco ao lado.
  7. Olhos que não vêem, coração que não sente, mas aturar o Cavaco, não se faz à gente.
  8. Com Cavacos e bolos se enganam os tolos.
  9. Não há regra sem excepção, nem Cavaco sem confusão.
  10. De Boliqueime, nem bom vento nem porra nenhuma.


    ...É por estas e por outras, que vou votar no Alegre!

Email, por cortesia da Gisela.


“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.”

Eduardo Galeano.


O Sonho da Maria!

Roubara-lhe o sonho... aquele sonho era de facto um sonho bonito, belo demais para que ela se não lembrasse. Agora nada havia a fazer, teria de disfarçar.
Regressou do carro onde se esquecera do telemóvel, e logo que se aproximou, olhou-me com ar recriminador, mas nada disse. Eu, num suspiro, pensei ser sua a culpa.
Enquanto acendia uma cigarrilha, recostei-me na cadeira, e disfarçadamente limpei um resto de açúcar que se alojara no canto da boca.

Espreitador.

Até Quando?

A destreza das dúvidas” num artigo interessantíssimo a que dá o significativo titulo “Os filhos de um Portugal menor”, interroga-se, como pode um jovem, filho de imigrantes, mas nascido no nosso país há vinte anos, ter de dois em dois, renovar a sua autorização de residência temporária.

A história, muito bem contada, é o relato incrédulo de um facto, constatado por acaso num dia de exames.

A pergunta que fica é uma enorme interrogação: Até quando?
Porque será que um residente, nascido em Portugal há vinte anos, tem de renovar de dois em dois a autorização de residência?

Como diz o título do artigo, da autoria de Luís Aguiar-Conraria, são filhos de um Portugal menor.

Elogio ao Amadora-Sintra!

O semanário Expresso, na sua página 6, dá-nos conta do que de bom ainda se vai fazendo quando os serviços funcionam. Eu diria, quando têem à frente dos serviços, gente que os faz funcionar e equipas de profissionais empenhados.
É o caso concreto dos serviços de pediatria do Hospital Amadora-Sintra, que é, nem mais nem menos, o hospital que mais casos de maus-tratos a crianças assinalou nos últimos anos.

Refere a Jornalista Dulce Salzedas, que entre 2002 e 2004, foram assinaladas 1326 crianças, e segundo a directora Maria do Céu Machado, raríssimos foram os casos que acabaram em fatalidade.

Estes serviços, que têem um protocolo próprio feito em colaboração com a PSP, e que reúnem diariamente para tratar destas crianças, chegam ao ponto, quando necessário, de utilizar os telefones directos de magistrados e de elementos da Judiciária.

Ao que parece, este protocolo de normas de actuação para crianças em risco do Amadora-Sintra funciona com eficácia. A directora e pediatra Dulce Salzedas, diz que o protocolo refere tudo o que deve ser feito, passo a passo, desde o primeiro minuto em que uma criança com suspeita de maus-tratos, entra no Hospital.
Desde as simples nódoas negras, – que dão entrada nas urgências, justificadas pelos pais, como originadas por quedas banais – aos casos mais graves, estão previstos no protocolo.

Tendo nós conhecimento, dos muitos casos existentes por esse país fora, de crianças maltratadas, tínhamos de referir aqui, aqueles que tudo fazem para não vermos aumentar esse número hediondo.

São significativas do empenhamento e da garra destes profissionais, as palavras da directora Maria do Céu Machado:

“Somos uma espécie de cães de fila. E, quando é preciso, até a casa dos pais vamos buscar crianças”.

Bem-hajam!

O Carnaval está na rua!

Este povo, português, fadista, e de memória curta, adora baixar-se e pôr-se na posição de prostrado. A memória dos ícones do Cavaquismo, como por exemplo: as cargas policiais, a greve nacional dos médicos, o bloqueio da fronteira de Vilar Formoso pelos camionistas, a paralisação dos juízes e tribunais, a greve conjunta das duas centrais sindicais, os tabus, ou o buzinão, para já não falar, nas maravilhosas obras da era moderna Cavaquista que são o IP4 e o IP5, foram apagadas, ou deitadas para o caixote do lixo.

Agora é Cavaco e o carnaval da dinâmica de vitória, que os portugueses órfãos de líderes e devido à teimosia de D. Sebastião em nunca mais chegar, encontram no professor finanças da Silva, chegando ao ponto de ouvirmos o pivõ de serviço na tv, dizer: “Cavaco encheu o Coliseu com milhares de pessoas”, sabendo nós, que este tem uma capacidade máxima de duas mil pessoas.

Soares queixa-se de ter passado de Pai da Pátria a inimigo dela, enquanto Cavaco, antes antipático, arrogante e duro lhe toma o lugar nas palavras do General Ramalho Eanes que o qualifica como um homem do 25 de Abril, mesmo não se lhe conhecendo qualquer historial de combate ao estado novo, está dito e agora este homem que não tem devaneios ideológicos é também um homem da revolução.

Diz o Miguel Esteves Cardoso na Única “Quanto mais uma pessoa se abaixa mais se lhe vê o cu” titulo sugestivo da sua crónica, o seguinte: “ O que nos vale é que ser-se submisso não é bem visto por um povo que se diz mais de quebrar do que de torcer” e era bom que assim fosse, e não fora o Miguel antes ter escrito outros dois provérbios populares, tais como: “Chamo-me João: faço o que me mandam e como o que me dão” ou este outro “Quem se faz verme quer muito é que o pisem” que convenhamos, estão mais de acordo com as circunstâncias, e não lhe perdoaria a graça.

Espanto?


Mhhhhh... O professor diz que já lê jornais, mas...

Foto surripiada ao oGrunho.

APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA PERMITE ESCREVER ISTO...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor, português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém,pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão parapapai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes, potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.-Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? – Papai, – proferiu Pedro Paulo – pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus.
Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.
Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei.

E achamos nós o máximo quando conseguimos dizer: "O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma!"

Recebido por correio electrónico.
Obrigado Filipa.

Desígnios Nacionais


Notícia recebida por correio electrónico e mais importante que todas as eleições.

Encontra-se em subscrição uma petição que tem por objectivo tornar oficial o idioma português na ONU, à semelhança do que já sucede com o Árabe, Chinês,Espanhol, Francês, Inglês e Russo.

Enquanto português e herdeiro de um legado linguístico e cultural, com quase nove séculos de existência, que ao longo da sua história teve o condão de espalhar-se pelos vários cantos do Mundo, creio que esta é uma iniciativa merecedora da atenção de todos nós:

http://www.petitiononline.com/AB5555/petition.html

Boas Noticias!


O Conselho de Ministros, aprovará amanhã o novo modelo de concurso do Ministério da Educação. Segundo o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, este novo modelo prevê a colocação de professores por um período de três anos já para o ano lectivo 2006/2007 e de quatro a partir de 2009.
Esperamos que a máquina esteja afinada, a tempo dos próximos concursos que começam já no final de Fevereiro.

As sondagens da Marktest para o DN e TSF, revelam Manuel Alegre com 13,9% dos votos contra os 13,5% de Mário Soares, o que, só vem reforçar a ideia que já tinha, do erro de Sócrates com a sua aposta em Soares.

O desleixo matou o Leandro!

No dia 2, pelas seis horas da manhã, Patrícia, mãe de Leandro um bebé de seis meses, colocou-lhe o biberão na boca, ajeitou as almofadas para o amparar e foi à sua vida, talvez dormir não sei, o facto é que só voltou a ver o bebé de seis meses, pelas catorze horas, quando este já estava morto, segundo os médicos por asfixia.
Tinham passado oito horas, sem que esta “mãe” se dignasse pelo menos espreitar o bebé.
O desleixo matou o Leandro.

PS: Quando me lembro, das vezes que critiquei a minha mulher, por não deixar já com nove anos, a minha filha andar sozinha de elevador. Só me resta fazer-lhe uma vénia e agradecer-lhe todos os cuidados que sempre teve.
Mães galinhas? Antes assim.

Assim foi! Em jeito de diário.

Mais um fim-de-semana que passou e mais uma festa, desta vez de aniversário da filha mais nova. Cá estiveram os familiares, os amigos de longa data, que também já são família e as amiguinhas da aniversariante. Tudo correu bem e teria terminado melhor, não fosse aquela primeira parte do meu Sporting, que para finalizar o dia, teimou na primeira parte em sofrer dois golos sem resposta do Braga. No entanto, o sinal de recuperação evidenciado já na segunda parte, deixa antever trabalho sério e por consequência renova a esperança na capacidade para outros voos desta jovem equipa.
Ainda podemos ser uma surpresa neste campeonato. Essa é que é essa. Estamos aí.

O domingo, passou-se a arranjar o blog, visitar amigos da blogosfera, leitura de jornais e alguma televisão, para constatar que no reino do fado tout va très bien. Afinal, os portugueses fartaram-se de gastar dinheiro, batendo até alguns recordes, tais foram as quantidades de dinheiro levantadas, ou o elevado número de mensagens enviadas neste período. Só um pequeno, mas por certo relevante gráfico no Expresso Economia, estraga este aparente ressurgimento do poder de compra. Estava lá bem escarrapachado; a queda das poupanças familiares pelo quinto ano consecutivo, o que quer dizer, que cada vez mais se dá menos importância ao dinheiro, que neste caso quer também dizer; ao futuro económico das famílias. Havendo para hoje, amanhã logo se vê. Nem que seja com crédito malparado.

Jantar em casa de amigos.


Após o jantar, Rodrigo, devido ao hábito, levantou a mesa e deu uma ajuda inicial ás mulheres com as coisas de cozinha. Eu, deambulei pela sala até reparar numa folha esquecida no aparador. Olhei em volta, e como não estava ninguém, lancei-lhe um olhar curioso. Li o que agora reproduzo de memória:

31 De Dezembro de 2005

- Porra! Não gosto de bacalhau espiritual.
- Está bem. Mas eu, é que faço a comida.
- E eu, é que pago.
- Lá estás tu, com a merda do eu é que pago...
- E tu com a merda, do eu é que faço...
- Poizé.
- Poizé, mas podias ter um pouco mais de consideração.
- Para a próxima fazes tu.
- Como? Faço e pago?
- Lá estás tu, com o pagas...
- Claro, sou eu que pago.
- E sou eu que faço.
- Merda, mais ó fazes.
- Vai para o raio que te parta!
- Vai tu! Ingrata...
- Sempre com o paga, com o paga...
- E tu? Sempre com o fazes, com o fazes... É a tua obrigação.
- Ai é? Então quero ter fim-de-semana.
- Claro! E passas a fazer quarenta horas semanais, com avaliação de produtividade.
- ...
- E numa escala de 1 a 5, talvez tenhas 2.
- ...
- Um sofrível, percebes?
- ...
- ...
- Eu também te quero avaliar.
- Pois.


Não resisti, tirei a caneta do bolso, e escrevi no final da folha:

Todas as cartas de amor são ridículas.
A.C.

Espreitador.

Presidenciais!


As presidenciais estão aí, são já no próximo dia 22.
Tempos atrás, quando os candidatos se começaram a perfilar, publiquei algumas opiniões pessoais. Desde esse dia, tenho tecido alguns comentários aos candidatos, e na última vez que o fiz, declarei-me votante no Manuel Alegre, e assim continuo determinado a votar.
Vários foram os comentários aos posts que fui publicando; porém, pela sua qualidade, um ficou-me na memória e hoje fui procurá-lo.
Depois de o reler, e pela oportunidade agora ganha, achei pertinente trazê-lo à ribalta.
Aqui fica.


A crise de liderança no mundo contemporâneo é a crise do sistema de valores dominante. O sistema capitalista é ilógico, irracional, imoral, indefinível e inteorizável. Desde o Patriarca Abraão (o primeiro grande capitalista e esclavagista de que há memória), que tal sistema se tem revelado incapaz, sequer, de matar a fome ao mundo (só nos EUA, segundo o Salvation Army, há 15 milhões de pessoas que dependem da sopa diária da caridade) e não é preciso ir procurar famintos ao Burkina Fasso.

As palavras 'liberdade', 'democracia', 'paz', 'desenvolvimento', 'economia', têem hoje significados pervertidos, corrompidos, prostituídos. São necessárias novas palavras para as ideias primordiais que elas sustentavam. E é preciso separar essas palavras pervertidas de adjutores manhosos. É por isso que se procura fazer crer que 'capitalismo', é sinónimo de 'democracia', por exemplo. Mas, se atentarmos um pouco, mesmo sendo nós muito distraídos, podemos ver que, de facto, esses termos são antónimos.

Nós, portugueses, também vivemos uma crise 'gramatical', como, de resto, todo o mundo contemporâneo.
Mas, mais do que falta de palavras, lexicalmente puras, falta-nos a coragem de ter ideias.
Somos forçados a discutir apenas a aparência das coisas. Só os malucos (subversivos) se dispõem, ante o espanto geral, a querer ver o fundo das coisas.

Na aparência há dois candidatos perfilados à presidência da República. Um (MS) tem o perfil adequado de um monarca, uma experiência considerável da gestão do sistema e uma dimensão planetária e ninguém, nesse aspecto, se lhe pode comparar. O outro (CS) é um campónio, sem tacto político nem cultura e é praticamente desconhecido além-fronteiras.

Mas, que dizer destas alternativas, senão citar Bocage "Há-de sair! Há-de sair!"

A.S.

O Reencontro



Encostado num canto da livraria, folheava um dos volumes do "Desassossego" de Pessoa, quando deu pela sua presença. Fazia talvez três anos que a não via, estava mais magra e tinha mudado a cor do cabelo. Este era agora negro.
Continuava senhora daquela beleza serena de que se lembrava, talvez mais pálida que antes, mas aquela palidez que a outra mulher daria um aspecto doente, sempre lhe ficara bem.


Este é o início de mais um conto, que poderás ler aqui, no “A Rua dos Contos”.

Está na hora, de fazer a apresentação deste novo blog, que é um blog de contos, a que decidi chamar “A Rua dos Contos”, e tem como função, alojar as histórias que escrevo, como se, de um livro virtual, se tratasse.

O responsável gráfico e também administrador é o meu amigo Bill. Amigo de terras de além-mar e dono do blog "Realidade Torta", que convido a visitarem.

Torço para que gostem do novo blog, tanto como eu. Todos os que estavam linkados no “espreitador” serão linkados no “A Rua dos Contos” sem excepção, e agradeço que os comentários aos contos sejam feitos, e não aqui.
A vossa opinião, que se pretende sincera e critica, como compreenderão, continua a ser de capital importância para mim e gostaria que ficasse junto com o motivo.

O “espreitador” continuará, como um blog de pensamentos, curiosidades e critica, onde será sempre feita a apresentação dos novos contos que surgirem.

A todos, que se dignarem visitar a minha segunda casa, que é assim, como uma casa de campo, o meu sincero obrigado.