O Momento...


Não o tinha premeditado, surgira num repente quando inconsciente abriu a gaveta das facas. É desta!… pensou enquanto mordia o lábio inferior.
Ouviu vinda do quarto a voz do Manuel que gritava: - Então Marilú, é p’ra hoje? E pensou com os seus botões: ai não que não é, é já! A sua mão direita num gesto continuo e repentino agarrou as facas em molho enquanto a esquerda, num movimento único, se apoderou das chaves.
Quando franqueava a porta gritou na direcção do quarto: - Man’el, venho já! Vou ver s'ainda agarro o amolador.