Timor-Leste (Operação Limpeza)

A coisa estava feia, o presidente fora gravemente ferido num atentado comandado por quem já se tinha extinguido a vida e, o primeiro-ministro, safara-se miraculosamente à emboscada de raivosos rebeldes comandados por um facínora de nome Salsinha.
Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior-general das Forças Armadas timorenses, comandando a Operação Limpeza, inicia a caça aos autores com as forças da F-FDTL.
Era a primeira vez que o Estado timorense autorizava uma operação autónoma das suas forças e Taur Matan Ruak, orgulhoso, faria por merecer tal confiança.

Dias depois, após incessantes buscas, ouvem-no confessar o fracasso da operação. Não resultou por falta de mandados de busca que permitissem às minhas forças entrar nas residências e seus quintais… Taur Matan Ruak, com tanta coisa que pensar, tinha-se esquecido desse pormenor que se revelara de importância capital. Os seus homens bem os procuraram; nenhuma esquina ficou por dobrar, nenhuma tasca onde se esperava encontra-los a beber uns canecos à volta das cartas, ficou por inspeccionar.
Taur Matan Ruak, voltava pelos mandados de busca, só tinham passado uns dias… com tudo em ordem, ainda os apanharia a fazer as malas.

1 comentário:

Jorge P. Guedes disse...

Pois a continuar assim, tenho algumas dúvidas de que a independência se mantenha por muito tempo.
É difícil a ordem e a cultura democrática em lugares povoados por gente que só conhece a lei das armas e dos golpes assassinos.

Viva um Timor livre!

Um abraço.
Jorge G.