Sinais dos Tempos!

Outros tempos, que tempos são?

Será que me incomoda o casamento entre homossexuais? Claro que não! Desde que, o façam com dignidade e sem ligeirezas.
O que me incomoda mesmo são as paneleirices.

Adenda posterior.

Porque casar em vez de juntar, mesmo que alguns defendam, que o casamento é uma medida conservadora cristã-católica de obrigatoriedade contratual.

Deveres – De respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e assistência.
Direitos – Os sucessórios, nomeadamente a possibilidade de herdar património comum e os de visita, nos hospitais e nas prisões.

É capaz de haver mais...

16 comentários:

Lord of Erewhon disse...

A questão do casamento homossexual é, antes de mais, política! Ou seja: enfrentar um dos bastiões da heterossexualidade. A minha posição acerca do assunto é contraditória... Eu não aceito a ingerência nem do Estado nem da Religião em assunto tão intímo... mas aceito quer o Casamento Civil quer o Casamento Religioso como opções do indivíduo. A consagração da Coabitação de Facto pelos sociedades evoluídas... veio alargar as possibilidades individuais de usufruir dos mesmos direitos independentemente de como os casais decidem viver os seus relacionamentos... Neste âmbito poderia pensar-se que a necessidade de contratualizar - civil ou religiosamente - uma relação homossexual se tornasse dispensável. Não me parece que a concessão do Casamento Civil aos homossexuais seja muito problemática... no entanto, isso implicaria considerar o casamento como uma coisa outra... uma vez que o casamento consagra, acima de tudo, a família e, portanto, a maternidade e a paternidade... Ora, um casal homossexual não tem a possibilidade natural de gerar filhos... pode, claro, gerá-los fora do casamento, por meios artificiais de concepção ou por adopção... E é aqui que eu começo a ter muitas dúvidas... eu acredito que é parte dos nossos direitos aceitarmos o que somos... quando não o fazemos acabamos sempre por usurpar os direitos de outros... Para gerar vida é necessário um homem e uma mulher... e penso que a geração responsável de uma criança exige a presença de pai e mãe... porque são os direitos da criança que - agora - passam a estar em causa! Eu tenho muitas dúvidas acerca de crianças a serem educadas por casais homossexuais... não porque considere que a educação da criança vá ser vil (e sabemos que pensar que as crianças educadas por tais casais se tornariam homossexuais é ridícula - porque ninguém se torna homossexual ou escolhe sê-lo e todas as investigações científicas vão no sentido de que se nasce homossexual)... os homossexuais podem ser pessoas tão dignas e bem formadas como quaiquer outras... mas sim porque penso que todos temos direito a ter pai e mãe, mesmo que não sejam os nossos pais naturais... e não pai e pai ou mãe e mãe! E por mais que dê voltas à mioleira não consigo chegar a uma conclusão mais certeira! As possibilidades de o Homem alterar a Natureza não devem ir contra os «direitos» desta... o mundo não é obra do Homem... e há nele um desígnio e um mistério perante os quais nos devemos curvar! Exigir direitos não é só um direito... deve também ser um acto de entendimento do Ser!

paper life disse...

e se vivem juntos porque não hão-de poder legalmente visitar-se e partilhar o que têm?

Já quanto à adopão tenho outras questões mas não parecem vir ao caso aqui.

Clarissa disse...

O casamento entre homosexuais parece-me ser um direito que deve ser conquistado, principalmente quando entendido à luz do sistema tributário de impostos, nesse caso não vejo por que não hão-de ter as mesmas regalias que qualquer outro casal. De resto, é verdade que o casamento não passa de um contrato, quanto a mim desnecessário, entre Pessoas que partilham um qualquer projecto.
Essa questão da adopção...parece-me dever pensar-se no direito a que qualquer criança tenha uma figura masculina e outra feminina, como imagem parental.
Abraço.

LM disse...

Mais direitos, mais deveres ou mais de ambos?
Beijinho.

PortoCroft disse...

Nem mais! ;)

Anónimo disse...

o que é que se passa com a rua dos contos?!beijos

José Pires F. disse...

Sempre fui e sou um defensor do casamento e sempre pensei que quem não o faz, é porque não assume na sua plenitude os deveres e direitos do casal, porque, assume essa relação “futura” com ligeireza.

Quando afirmo isto, não tenho a presunção de julgar os sentimentos das pessoas, longe disso, tenho sim, a presunção de julgar a decisão, quanto a mim ligeira, que devia ser para toda a vida, e não me venham dizer, que hoje os casamentos podem durar pouco e que assim é mais fácil resolver as coisas ou outras parvoíces do género.
O casamento é o compromisso mais sério da família, com deveres e direitos, mas é essencialmente um projecto e uma aposta de vida.

Não confio em projectos, nos quais, não empenhamos a nossa cabeça, nem confio em casamentos feitos de um dia para o outro. Conservador? Sim! Neste caso sou, porque acredito e defendo a instituição família, como a melhor forma de vivência entre as pessoas e de educação.

É sob este princípio, que me declaro a favor dos casamentos homossexuais, mas também sob o mesmo principio conservador, sou contra a adopção de crianças por casais homossexuais, pois tal como no comentário do Lord, e também da Clarissa, defendo que as crianças têem o direito a ter pai e mãe, têem o direito a ser educados por dois seres diferentes, segundo as normas civilizacionais instituídas e segundo os desígnios da natureza.
Tão coxa é a educação de um filho só pela mãe como o contrário e reafirmo que todas as crianças, por direito, devem ter a oportunidade da melhor educação possível, o que, lhes seria retirado na adopção por homossexuais.

………………………………………

OBS: O servidor onde está alojada “A Rua dos Contos” desde a hora de almoço que está em baixo, motivo pelo qual não se consegue aceder.

Um abraço a todos, que fizeram até agora o favor de comentar.

Lord of Erewhon disse...

Uma vez que indiquei este blog lá... vou indicar o blog do Goldmundo aqui... simples justiça!

Lord of Erewhon disse...
Mas... lá vou ter que dizer algo mais...
Tu surpreendes-me, cristão... Eu não vejo o referido artigo como anticonstitucional... não exageremos! A questão é que há uma certa discrepância entre os conceitos de «direitos iguais da pessoa», «orientação sexual» e «casamento». O «casamento» começou por ser apenas foda (para aí no neolítico! JAJAJA!!! belos tempos!), depois passou a sacramento - porque nele se denuncia o espanto pela magia da geração! -, mais tarde a simples contrato. Estamos na fase da civilização em que é apenas um «contrato»... tipo: coabito com quem fodo e quero que toda a gente saiba! Quer gostemos quer não... o casamento celebra - ainda com alguma magia religiosa - o mistério da vida! Mas hoje o casamento já não celebra nada... deve ser por isso que se tornou uma espécie de certidão de óbito do amor a que todo o pateta quer ter acesso ostensivamente!
Permitam o casmento aos homossexuais... chamem-lhe «casamento», alterem a Lei, chamem-lhe o que quiserem! Porque, casamento não é... o casamento não celebra as fodas de ninguém, nem o amor, nem se coabitam, a dois, a três, ou o que seja... o casamento celebra a união - mágica! - do feminino e do masculino e a humildade humana perante o milagre da vida!
P. S. Goldmundo... em que lugar da tua alma esqueceste a Teologia?

3/2/06 00:27
In: http://www.blogger.com/publish-comment.do?blogID=6670676&postID=113876696726400596&r=ok
Blog: http://ribeiranegra.blogspot.com/

NOTA: Já fui o «vagabundo dos blogs» e ajudei a transformar o buraco de louvores reservado aos comments numa espécie de fórum... acho que acabei de inventar uma coisa nova... O diálogo entre blogs!:)=

Lord of Erewhon disse...

Amigo Pires... ainda bem que é do servidor... já andava à procura de uma ferramenta para proteger o meu blog do «bug clarissite»!:)=
P. S. Ela é assim... mas é uma «miúda» fixe! Aquilo é tudo de ser tão betinha!:)

Anónimo disse...

Daqui a algum tempo isso será encarado com uma escolha de cada um e não haverá todo o preconceito que existe hoje. O importante é respeitar os outros e suas escolhas e ser respeitado também. Tolerância é algo que este mundo precisa desesperadamente para conseguir um pouco mais de paz. Abraço.

Lord of Erewhon disse...

A «paz» é um tédio, amigo!:)

Lord of Erewhon disse...

Amigo Paper Life... a adopção vem para todo o caso aqui... muitos cavalos-de-batalha-gay virão a seguir! E é assim... apesar de o facto de me ter sentido sempre descriminado por pertencer a uma contra-cultura - a gótica - não deixo de achar que as maiorias têm o direito de pronúncia... mesmo que entrássemos num conceito de democracia outro - numa sociedade cada vez mais fragmentada! - em que as deliberações não fossem maioritárias e passassem a ser tipo: eu decido na minha aldeia e tu decides na tua! Há um direito maior superior aos direitos do indivíduo - o único que reconheço e pelo qual estarei sempre disposto a sacrificar-me (não falo do Estado, que se foda o estado!) - chama-se Civilização!

Clarissa disse...

Ainda sobre a adopção...devemos lembrar-nos que serve para proteger os interesses da criança e não os dos adultos...pelo que é no bem estar da criança que se deve pensar. Claro que isso não sigifica que concorde que as crianças estejam bem a viver em Instituições sem uma família. A justiça deveria ser mais célere já que há tantos casais a quererem adoptar.

José Pires F. disse...

Lord!

Quando dizes que “o casamento celebra a união – mágica! – do feminino e do masculino e a humildade humana perante o milagre da vida!” tenho evidentemente de concordar, e constatar no entanto, que na mudança dos tempos que hoje são outros, assim não é encarado, mesmo por muitos que o celebram.
Já não concordo, quando dizes “Mas hoje o casamento já não celebra nada... deve ser por isso que se tornou uma espécie de certidão de óbito do amor a que todo o pateta quer ter acesso ostensivamente!” porque, mesmo generalizando, temos de acreditar, que para além do ritual religioso, existe um ritual civilizacional para o casamento com direitos e obrigações, que vai para além de meros factores económicos e do conceito de direitos iguais, e assim deve ser porque superiormente consagra a família e a filiação.

A adaptação aos tempos de hoje, que deturpa este conceito, deve no entanto ser vista com tolerância, tanto nos casos que mesmo casando decidem não ter filhos, como nos que decidem não casar, o que não impede, que continue a achar meritória, qualquer cruzada a favor da consagração da família, mesmo sendo uma família homossexual e lhe faltarem à partida as condições necessárias para a consagração plena do conceito do milagre da vida.

Concordo também, com a não adopção como já disse, e pelas razões também invocadas pela Clarissa “...serve para proteger os interesses da criança e não os dos adultos...pelo que é no bem-estar da criança que se deve pensar” porque acredito que não devemos privar nenhuma criança de uma educação parental, por ser a mais adequada e a que melhor prepara as crianças para o futuro.
É claro que existem muitos problemas por resolver que não são aqui focados, aqui o que interessou, pelo menos a mim, foi defender a instituição família, e por acreditar, que mesmo no casamento homossexual, que impede a consagração do milagre da vida, existem laços do conceito civilizacional de família que devem ser preservados e encorajados.

Lord of Erewhon disse...

O mais patético será... se nos Códigos da sociedades futuras passar a existir um artigo do género:

Artigo x3po) É obrigação cívica e familiar de todo o casal heterossexual produzir um filho a mais para dar a um casal homossexual!

Intervencionista disse...

Concordo absolutamente com o casamento entre iguais... Não me peçam á a mim para o fazer, mas quem quiser, acho que deveria ser livre para o fazer, como deveria ter sido o caso das 2 raparigas que anteontem foram à conservatoria e não se conseguiram casar... mais episódios virão sem duvida.