Que belo Janeiro este

O Banco de Portugal, desde 2001 acompanha operações de compra de acções próprias mediante recurso a entidades off-shore, e conhece os créditos concedidos a membros dos órgãos sociais e a testas-de-ferro com o fim de adquirir acções do BCP, não deduz acusação, limitando-se por mão de António Marta a trocar correspondência com o banco e a dar instruções sob a forma de regularizar as varias irregularidades detectadas.
Deduz-se portanto que, quanto maior for o escândalo, menor é o crime.

Sócrates, passa-nos um atestado de estupidez com a desculpa apresentada para não haver referendo ao Tratado de Lisboa, e outro, quando diz agora, estar empenhado na promoção do debate no Parlamento e na sociedade civil.

Menezes, esquecendo que existe mundo para além do bloco central, utiliza a velha táctica do Rui Gomes da Silva, a do contraditório, contra a cor única nas nossas televisões. Santana, o das “cowboyadas” ajuda e JPP desanca-os.

O director-geral de Saúde, surpreende com a novíssima interpretação da lei do tabaco que, agrada aos grupos de pressão de discotecas e casinos. Isto, depois de ter ameaçado com a demissão caso a lei não fosse cumprida.

Chaves vai ter um Hospital privado com bloco de partos, depois do ministro Correia de Campos ter encerrado o do Hospital público.
Parece que, aquela lengalenga do tal mínimo de intervenções necessárias já não se põe e, os tais 300 partos da Cidade, afinal compensam.

Enfim… “Eu sei que não tenho desculpa; mas tenho desculpas” escreveu um dia Pessoa a Ophelia.

2 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Que falta nos fazem Ramalho Ortigão, Antero de Quental e Fialho de Almeida! E - isto pode parecer estranho num monárquico - até de um Buíça!!

Abraço, amigo Pires.

Anónimo disse...

Parece que, tal como o capitalismo, a política foi globalizada e, nela, adotaram-se comportamentos padrão: todos, em princípio e até prova em contrário, são desonestos.