Um novo rumo para Portugal - Parte XI



George Agostinho Baptista da Silva, de seu nome completo, aprende a ler aos 4 anos, é fundador do Centro de Estudos de filologia da Universidade de Lisboa. É bolseiro em França e Espanha onde aprofunda conhecimentos em história, filosofia e literatura.

Lança em Portugal uma série de opúsculos de teor enciclopédico e em 1943, um desses cadernos, "O Cristianismo", provoca alguma celeuma nos meios católicos mais conservadores. O envio de uma carta ao cardeal patriarca de Lisboa e os acontecimentos anteriores levam à sua detenção no Aljube. Um grupo de sacerdotes de Braga promove, entretanto, uma autêntica cruzada contra a sua pessoa, que culmina com a sua excomunhão.

Cansado de Portugal, emigra para o Brasil na busca de novos caminhos.
Com o entusiasmo e o vanguardismo que sempre caracterizaram o seu percurso, ajuda a fundar universidades e cria diversos centros de estudos portugueses, regressando a Portugal em 1969, onde ao longo de mais de duas intensas décadas continua a lutar pela união da comunidade de língua portuguesa no mundo.
Dominando quinze línguas, o seu universalismo cultural eleva-o a cidadão do mundo.

Quando inquirido por Luís Machado, na sua última conversa tornada pública, (1) sobre o seu antieuropeísmo, respondeu que realmente não morre de amores pela Europa, adiantando: Mas será que a Europa julga que pode governar sem a Península, sobretudo sendo ela, como é, duplamente mediterrânica? É bom lembrarmo-nos que foi essa Península que construiu o Bundest Bank e outras coisas de grande dimensão.
[…] Talvez seja realmente menos pró-europeu, porque entendo que cabe à Península comandar essa união, sem a menor hesitação, e não só deve como pode fazê-lo.


(1) – A Última Conversa, Agostinho da Silva, da casa das Letras

7 comentários:

Mocho Falante disse...

olá viva

vim navegando navegando e dei com o teu poiso que me agradou imenso...parabens!

Abraços

Anónimo disse...

Por acaso tb não morro de amores pela Europa ( e eu não acredito no acaso.) :)

José Pires F. disse...

Mocho Falante!

Já te visitei e gostei da tua “árvore”.

Um abraço.

...........................

Pois Claro!

Bem dito. Eheheh!!!

Grande abraço.

LM disse...

Pires,
A falta que (nos) faz aquela inteligência tão singela!!

José Pires F. disse...

LM!

Pior é a sua obra ser tão pouco conhecida, porque acredito, que quem lê pela primeira vez alguns estudos dele, tem forçosamente de querer ler mais.
Lembro-me de ele contar, que em determinado ano lectivo ter começado a falar para uma audiência de meia dúzia de alunos e no final do ano, não haver espaço no anfiteatro para entrarem mais alunos que o queriam simplesmente ouvir.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Mais um post de grande interesse didáctico do amigo Pires. Força!

Anónimo disse...

Where did you find it? Interesting read » »