Ele há coisas do Arco-da-velha!


Começando pelo principio, que é por onde se deve começar, devido à falta de produtividade, de que são acusados os trabalhadores portugueses, tenho saído do escritório invariavelmente por volta da meia-noite, mais para lá, do que para cá.

Como trabalho numa empresa que está sediada no Parque das Nações, hoje quando fui jantar, tinha por intenção verificar em loco o comprimento da Gare do Oriente, já que, o amigo Raes carecia dessa resposta e eu de memória não conseguia precisar se teria uns quatrocentos ou quinhentos metros. Lá, na tal gare, cheguei à brilhante conclusão que teria entre quatrocentos a quinhentos metros, mais coisa menos coisa, tudo esclarecido portanto.

Isto para vos situar e dizer como dizia no início que ele há coisas do Arco-da-velha sim senhor, senão vejam:

Chegado lá, deparo com uma cena que me arrepiou e deixou perplexo. Então não é, que comecei a ouvir os gritos de uma mulher, que estava rodeada de uma pequena multidão e que atingia com impropérios um indivíduo aparentemente e ao longe, da mesma idade!?

Claro que me lembrei de imediato da história imaginária do post anterior, e várias coisas me passaram pela cabeça que não vou aqui contar, mas agora a curiosidade estava destravada e com rédea solta, nada impediria de me inteirar do que se passava.
Avancei portanto, para junto da multidão que rodeava os intervenientes, chegado lá constato que a mulher era mais nova que a da minha história, esta rondava os vinte e cinco anos e o homem andaria pela mesma idade, na mão, ela não tinha nenhuma criança mas sim uma pasta de executivo e os impropérios tinham um outro motivo, pois ela falava qualquer coisa sobre fotografias que ele lhe teria tirado e que agora andavam na Net.

Comecei então a ficar um pouco mais aliviado e vai daí, começo a posicionar-me para uma escuta apropriada ás circunstâncias como o mais vulgar dos mirones, quando, – e aqui é que a porca torce o rabo – atrás de mim, oiço uma voz feminina dizer: Isto vai dar um grande post para amanhã, vai, vai. E obtinha uma resposta pronta: Ó se vai!
Viro-me de repente e dou de caras com duas mulheres dos seus trinta. Talvez pela forma como as olhei, – presumo que devia estar com cara de queéqueestequer – elas abriram de imediato passagem, que aproveitei para me por a milhas dali, sem querer já saber mais porquês da discussão.

Ele há mesmo coisas do Arco-da-velha! Ó se há.


PS: Aviso aos que conseguiram chegar ao fim desta história!
A minha imaginação está num período fértil. E o desafio de hoje era conseguir dar continuidade à história anterior.

15 comentários:

Cláudio disse...

Eu acho que sei que blogues escreviam!

José Pires F. disse...

Cláudio!

Como dizia o outro: Não acredito em bruxas mas que as há, há.

José Pires F. disse...

Doritos!

Já me aconteceu o mesmo, e com um post que eu considerava muito bom.

Mil desculpas.

Intervencionista disse...

O desafio foi largamente superado.

José Pires F. disse...

Intervencionista!

Achas mesmo, ou só estás a ser simpático?
De qualquer forma obrigado.

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Raes!

Por vezes o mais difícil é o arranque, e tu proporcionaste-o, já que o final acabou por aparecer no acto em que o escrevi.


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Eremita!

Não diria tanto, de qualquer forma sou pela abrangência de métodos.

Anónimo disse...

Owwwww Dr. Pires =]

Superou, continuou e deixou vontade de quero mais =]
Parabéns =]

Os: Nem ia colocar nada do Pessoa hoje, mais essa semana ta tão desgastante que para alegrar o coração resolve colocar uma ressalva, já infelizmente nem todos sabem da data de hoje, então que fiquem sabendo hehe =]

Ótimo dia caro amigo.

[s]s

Anónimo disse...

Bom... atendendo a alguns pedidos e várias ameaças!!! A Brazuca aqui vem deixar uma mensagem para aquele que é o Primo Preferido!!!

Portuga... sei que não dou tanta atenção, quanto mereces... mas bem sabes que vivo ocupada e quase não há tempo pra nada!!

Mas prometo solenemente e em público!! Que darei mais atenção a ti e deixarei mais mensagens no seu blog...

Bom... agora só falta você me dar notícias da minha tia!!!

Muitos beijos!!

José Pires F. disse...

Bill!

Ainda bem que gostaste e agradeço os parabéns.
Pessoa é sempre Pessoa e o motivo para postar poemas de Pessoa é sempre bom.

José Pires F. disse...

Olá Anónima Rosa!

Prima brasuca, desgraçada e sem vergonha que não liga para o primo lusitano.
Entraste, deixaste um comentário, mas tenho a certeza que não leste nada. Quiseste mesmo foi xingar-me e pronto.
Reparei agora, que escreveste ser eu, teu primo preferido. Se isto é maneira de tratar o primo preferido, estou até com pena dos outros.
Mas adiante, ainda hoje te vou dar notícias da tua querida Tia.
Um abraço.

Anónimo disse...

E amanhã,Pires?
O meu blog?Preguiça,meu amigo...muita preguiça.
Cumprimentos

Intervencionista disse...

Anonima Rosa... Eu sou um dos outros :(

Relativamente ao que o Sr. Pires me pergunta, acho mesmo que o desafio foi largamente superado, e não precisa agradecer.

Intervencionista disse...

Hoje é feriado em Portugal... tá tudo dormindo...

Nina disse...

E a gente adooora quando sua imaginação está a mil!
Ando um pouco sumida de escrever, mas sempre que posso visito os amigos, e confesso que adoro sua página de comentários, é a mais movimentada que conheço!
Em breve darei notícias, daí eu aviso, OK?
Abraços...

Rui Martins disse...

Brrr. Twilight Zone... Ele há dias em que parece que a realidade é brumosa e espessa. Uma espécie de Sonhar Acordado... Um sonho dentro do sonho. É o que a sua história me fez lembrar: um sonho dentro do sonho.

José Pires F. disse...

Lucília!

É pena, pelos seus comentários no Contra Capa que acompanho como sabe, creio que teria muitas e interessantes coisas para nos dizer.
Cumprimentos.

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Nuno!

Claro que agradeço, só não sabia se estavas a fazer o frete do que sim, mas também.

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Doritos!

Outros assuntos decidiram ocupar-me o tempo, mas não foi uma festa de primos, não.
Desde as 20hs de ontem que não vinha à Net, agora vou tratar do post de hoje e depois irei visitar os amigos.
Me aguarda.

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Nina!

Olá menina, eu sei porque andas sumida e a razão é a todos os níveis louvável, no entanto os teus leitores nos quais evidentemente me incluo sentem a tua falta.
Um abraço e bom trabalho.

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Rui!

Deu-me um certo gozo fazê-lo, pena o tempo ser escasso e não dar para enfeitar melhor estas histórias, que sem dúvida precisavam de mais tempo.