Pérolas


Tempos atrás o semanário “Sol” trazia uma sondagem em que, 27% dos portugueses estariam de acordo com a absorção de Portugal pela Espanha. Considerei na altura, que a democracia aliada à burrice, faz daquele povo meio pateta e que se ilude com as luzes, um bom palhaço.
Ora, estes palhaços, longe de serem sociologicamente coerentes por não saberem História, estão sempre a tempo de perguntar aos bascos, aos catalãos e aos galegos, o que pensam dos castelhanos mandarem nas suas terras, outra coisa, são as campanhas organizadas em que a quadrilha deixou de ser uma dança e passou a ser uma razão de existência, e, desta feita, encostados a um prémio Nobel da literatura tornando-o arauto do iberismo, profetizam a total integração de Portugal na Espanha a que este dá voz numa entrevista ao Diário de Noticias, demonstrando um ódio visceral e preconceituoso à História de Portugal e um grave desconhecimento da realidade espanhola levando-o a dizer; ter esta existido de forma mais ou menos pacifica ao longo dos anos. Lavando assim, o sangue derramado por Castela e a sua função na Península ao nível da Grande Sérvia e esquecendo Franco, o ditador que descaracterizou a Catalunha proibindo a língua e os usos, em prol de uma Espanha Una.
Saramago faz jogo sujo, apoiado na maçonaria e no obscuro grupo Prisa que também controla alguma da comunicação social portuguesa, defendendo uma patética tese de paz e união ibérica, esquecendo que Castela é responsável por exorcizar Portugal dos livros de História espanhóis, por descaracterizar Olivença esmagando e humilhando a cultura portuguesa e fazendo crer que Castela aceitaria a língua portuguesa, num discurso de meias verdades, distorcendo a História de tal forma que só merece um vómito.


Outra pérola, esta da intriga barata, dá pelo nome de Felicia Cabrita que, com a cobertura do semanário “Sol”, enquanto o PGR levanta inquérito às declarações de Ana Salgado irmã de Carolina Salgado, esta preciosidade dos “free lancer” do jornalismo caseiro, distorce tudo e assina um artigo que faz manchete, segundo o qual; o PGR abrira um inquérito à equipa de Maria José Morgado e, em subtítulo, afirma que a investigação é acusada de imparcialidade.
Esta pseudonoticia da biógrafa oficial do Sr. Pinto da Costa, mete num saco a Lola mamona que trabalhava na Praça do Chile, e é bem o retrato de que o dia das mentiras, é agora uma constante data nacional.

Cansado me vou, talvez de férias, sei lá.

52 comentários:

Anónimo disse...

Não basta-se esse mundo louco agora isso, quando li no SOL on line essa declaração do Saramago, pensei: "União Ibérica" deve constituir um cenário de ficção literária, um novo livro, já que é uma loucura.
Para além dessa sondagem do SOL o El Pais (on line) também fez a mesma, lá 757 participações 75% consideram estupendo, porque teriam mais 10 milhões e a chance de ganhar o mundial de futebol...

Que absurdo, não se tratando somente das diferenças culturais, mas também de se preservar a identidade nacional, pensar que juntar seria colocar tudo no mesmo saco como se diz por aqui...

Aos que defendem dizendo que seria bom para todos expandir o mercado mas facilmente, pra mim parece simples desculpas de quem não sabe o que mais inventar...

Já Saramago, creio que esses 14 anos em Lanzarote, não tenham feito tão bem assim pra ele... Que se torne ele espanhol então oras x)

Abraço amigo.

[s]s

Alê Quites disse...

Há anos tento decifrar Saramago.

Resta-me deixar beijos pra ti.

José Pires F. disse...

Bill e Alê Namastê!

Pois é… Saramago paga hoje a promoção e apoio do obscuro grupo Prisa, para que conseguisse o Nobel e, é só ver a coincidência de opinião com os principais responsáveis desse grupo, para se chegar à conclusão que este não passa de uma correia de transmissão.
De Castela venham as tapas, saramagos, nem com muita canha.

Um abraço bem português e atlântico, que é para onde me viro.

Anónimo disse...

:))))))))))a "pérola F.C" é mais uma casquita de ameijoa partida...
________________________

não li. mas "conheço" as "artes" de "arrasto" em que a dita se move fazendo de conta que não.
________________________.
"retrato a preto" de um certo jornalismo.


pérolas assim dão direito a vómito. mesmo.
_______________________
sei lá...boas férias. pois. :))))

abraço.


i.

Maite disse...

Caro PiresF

A propósito desse assunto, li algures (não me lembro onde) que é estranho essa afirmação vir de um partidário de esquerda (comunista) já que, no tempo da velha senhora, tanto lutaram pela independência das ex-colónias e agora não se importam com a soberania do seu próprio país.
Outros interesses estarão anexados a essa ideia como o PiresF escreve.

Um abraço e boa noite para si

Papoila_Rubra disse...


vim agradecer-te a visita e dizer-te que ando por aí... pois na verdade, nunca cheguei a partir... :)

Ando por aí... ai ando, ando!

Aguça os sentidos e... descobre-me!!! :)

BOAS FÉRIAS!!!, perdão, ÓPTIMAS FÉRIAS!!! :)

Jorge P. Guedes disse...

A opinião decada um vale o que vale. Para mim, Saramago ou outra pessoa qualquer têm o mesmo peso, mas é evidente que não será assim para todos. A imprensa que faz eco do mínimo (com licença) arroto de D. Saramago (está melhor assim, não, ó Prémio Nobel?) lá saberá porque o faz...

quanto ao caso Charrua, trata-se de um claro atentado ás liberdades, mas de que Charrua se safou exactamente por fazer parte do núcleo dos politicamente intocáveis. Fosse ele um professor anónimo, como eu por exemplo, e logo outro tratamento teria, é claro! Ser político com cartão é definitivamente o que está a dar...
Enojo-me cada vez mais da porcaria que nos governa, ou antes, que nos traça o destino dos condenados à forca.

um abraço.

Francisco o Pensador disse...

Não concordo,caso houvesse uma fusão entre Portugal e Espanha,que a identidade do nosso pais possa sair afectada ou distorcida.
Nem sequer me convence o argumentos das diferenças culturais!
Pergunto..
Seremos nós assim tão diferentes dos espanhoís?

E depois,a adesão de Portugal a CEE,não é com a finalidade de num futuro próximo ,Portugal deixar de ser um pais e passar a ser um estado dentro dum pais chamado "EUROPA"?
E em vez de sermos portugueses,passaremos a ser europeus!
Ou não sabiam?

De que nos serve um patriotismo que não seja capaz de encher o nosso frigorifico?
Estaremos nós condenados a ser sempre os eternos "coitadinhos" que se lamentam da sua triste sorte,enquanto vão sendo comidos diariamente por esta alcateia de lobos que nos governam?
Que divida temos nós obrigação de saldar?
Estaremos nós condenados a dizer toda a vida:"Sou pobre,mas ao menos sou português!"
Isso é que é uma ideia absurda!
É a mesma coisa que dizer:"Pode estar vazio,mas ao menos tenho um frigorifico!"

Reflictam nesta questão..
Antigamente existia muito analfabetismo e em cada casa de pobres existia 20 filhos e 50 panelas!
20 filhos para comer o que não havia...
50 panelas para cozinhar o que não existia...
A democracia trouxe-nos o ensino e a cultura sem censura.
E hoje o povo por ser mais culto,já não se arrisca a ter mais do que 1 a 2 filhos,porque as nossas condições de vida não nos permite entrar em aventuras!

Ora,acho que não é preciso ser muito inteligente para comprender que se não houver filhos,o pais morre!!!!

Por isso,de nada nos serve defender uma identidade nacional,quando a nossa própria survivência está em risco!

Quando Portugal fôr uma lar de terceira idade,vão gostar de dizer:"Somos velhos,não temos familia para nos visitar,mas ao menos somos portugueses!"?

Acho que está na hora de o povo fazer uma revisão à sua lista de prioridades....

Peço desculpas por esta invasão gratuita da minha parte e desejo-vos a todos uma boa semana.

(PS: não...não tenho nenhuma inclinação politica..)

maria_maia disse...

Olá! :)

vim desejar-te... sei lá!... talvez: boas férias!

perdão: ÓPTIMAS FÉRIAS!!!

papoila_rubra disse...

Olá! :)

vim desejar-te... sei lá!... talvez: boas férias!

perdão: ÓPTIMAS FÉRIAS!!!

Anónimo disse...

Olá! :)

vim desejar-te... sei lá!... talvez: boas férias!

perdão: ÓPTIMAS FÉRIAS!!!

a professora :)

Rui Martins disse...

E eis o Pires no seu melhor!... Quanto a este iberismo saramugas... Mais parece "anexação madrilhena" que iberismo, propriamente dito... E sobre este, até que sou de certa maneira um dos seus advogados, já que defendo a união dos estados ibéricos numa federação... Mas... Nunca sob domínio de Madrid, como sucede hoje com Espanha.

mac disse...

E porque não à união ibérica? Assim seríamos a 9ªpotência mundial, e não o país 3ºmundista disfarçado de oásis que somos. Eu me importava de ganhar o ordenado espanhol.E é como o Pensador diz: de que serve o patriotismo quando a maior parte dosprodutos do frigoríficos são espanhóis? Ou quando a maior parte das empresas que está cá em portugal são espanholas?

Era uma vez um Girassol disse...

Duas pérolas, sem dúvida!!!
Estás a ganhar velocidade, Pires, muito bem!!
Pois vou guardar as pérolas que aqui vais oferecendo para fazer um colar...
Beijinhos

Nina disse...

Acho triste, muito triste, quando um povo, ou qualquer pessoa que seja, querem negar. Sua história, seu eu... Burrice, burrice total achar que os problemas de uma nação se resolvem dessa maneira.

*******

Tá saindo de férias?? Aproveite! Hehehe!

=]~

José Pires F. disse...

Isa!

“artes de arrasto”

Muito bem dito.

Abração.

José Pires F. disse...

Maite!

Eu não quero confundir Saramago com o PC, sempre me pareceu que este criava alguns engulhos aos comunistas, embora o nome e o peso do velho escritor, não possa ser desprezado pelo partido.

Abraço.

José Pires F. disse...

Maria, Papoila e Frutinha!

Estás descoberta. :)
Lá irei, lá irei.

Entretanto fica um abraço.

José Pires F. disse...

Jorge G.!

Concordo e ainda sobre o caso Charrua sugiro este artigo do João Miguel Tavares no DN.

http://dn.sapo.pt/2007/07/31/opiniao/fernando_charrua_mentiu_e_parece_nin.html

Abraço senhor professor.

José Pires F. disse...

Pensador e Mac!

Caro amigo e cara amiga; sou português com muita honra, defendo a minha língua com unhas e dentes e não me vendo às facilidades quando me acenam com o futuro risonho que a União Ibérica (COM CASTELA) nos traria. Por alguma razão temos um ditado que diz: de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos e, a História de Portugal, explica isso muito bem e essa não é a solução para os nossos problemas, embora admita, que para alguns, aqueles que vêem a Espanha como Nação e estado plurinacional, e não como um império criado com muito sangue, o império Castelhano, possa soar como uma bela sinfonia, mas esses, estão ofuscados com as supostas luzes da facilidade.

Para começar sugeria que lessem alguma coisa sobre a federação chamada “Coroa de Aragão”, mais importante no seu tempo para a Europa que Portugal, constituída por Aragão, Catalunha, Valência e mais tarde pelas Baleares, e verão como a castelhanização foi imposta com violência e sangue. Depois, leiam sobre o período da Guerra Civil e da ditadura de Franco, que organizou na vila alentejana de Olivença, um processo de migração destinado a introduzir na Catalunha milhões de Andaluzes já perfeitamente castelhanizados, com o objectivo de os descaracterizar, proibindo a língua e os costumes e terão o retrato do que seria feito com Portugal.

O estado madrileno/castelhano não abdica da normalização linguistica e, acusa de terroristas aqueles que acham terem direito a falar em primeiro lugar a língua do seu país. Porque seria diferente com Portugal? Aliás, o contrário, só seria possível com uma modificação constitucional que pusesse o português em pé de igualdade com o castelhano e abriria a possibilidade, que seria logo reclamada, dos restantes países da península terem por extensão o mesmo direito. Falo dos que a direita castelhana apelida de periféricos, os galegos, os catalãos e os bascos que, são até agora obrigados a ter o castelhano como língua obrigatória.

A nossa integração na Europa é coisa completamente diferente, temos o direito de secessão, de língua, de História e costumes que, não assiste aos restantes países da península e que sempre lhes foi negado por só ser possível em referendo, onde, 55% da população é castelhana.

No entanto, nada impede os que em consciência querem ser castelhanos, de se mudarem para lá. :)

E, já agora, um aparte para o pensador: para além de sermos diferentes, somos melhores.

José Pires F. disse...

Rui (Clavis)!

Concordo contigo, mas primeiro o poder de Castela terá de cair com uma nova guerra civil e, ainda é cedo para retirar da memória a última.

Um abraço e saudades meu amigo, qualquer dia passo por lá.

José Pires F. disse...

Girassol!

Estou ou estava… estou quase a ir de férias.
Mas como sabes, pérolas destas há por aí muitas, pelo que não terás dificuldade em fazer o tal colar.

Abraço.

José Pires F. disse...

Nina!

Minha boa amiga, é isso mesmo.

É verdade, estou quase. Parto na próxima sexta-feira e só devo regressar lá para meio de Setembro.

Enorme abraço.

Anónimo disse...

Olá Pires...
Já há muito que não tinha noticas , só para avisar que mudei de Blog

http://www.ha-espera-thales.blogspot.com/

Abraço

Rui disse...

Se for de férias, aqui deixo um abraço bem embrulhado para facilmente caber na mala, sem ocupar muito espaço. Caso se arrependa e não vá, é favor desembrulhar já - sem esquecer de deitar o papel no ecoponto azul.

Rui disse...

Devia ser: ... bem dobrado e embrulhado.

Klatuu o embuçado disse...

O País está cheio de mamonas... :)

Leu isto? http://www.areamilitar.net/opiniao/opiniao.aspx?nrnot=105

Abraço, amigo Pires.
P. S. CREEAAAAKKKK!!!
- Espero que seja assim o crocitar dos corvos de pedra... :)=

Francisco o Pensador disse...

Sr Pires,li a sua mensagem e comprendi o seu teor.
Respeito a sua opinião!

Resta-me apenas dizer que também existe uma expressão popular que diz:"aguas passadas não movem moinhos".
Eu,porque amo a minha familia,só me dá para me preoccupar com o seu futuro..
Os ódios do passado não me dizem respeito,nem podem continuar a existir..
Quais são as responsabilidades de um filho,sobre os erros cometidos no passado pelo pai?
Não devemos alimentar sentimentos no minimo preconceituosos...

Digo-lhe já que a minha pátria é a minha familia e nada mais do que isso.
O amigo Pires diz que além de sermos diferentes,também somos melhores do que os espanhois,mas a verdade é que não vejo em lado algum a nossa suposta "superioridade" traduzir-se em algo positivo para a qualidade de vida dos portugueses!
Vejo sim,é muita conversa fiada..
Mais verdade ainda é que estamos na cauda da europa em praticamente tudo!..até no "levantar de copos"!
(e já temos sorte da Europa ter uma "cauda",porque se não tivesse,não sei onde é que estariamos..).

Sr Pires,para terminar...

“Não há nada de nobre em sermos superiores ao próximo. A verdadeira nobreza consiste em sermos superiores ao que éramos antes”.

Penso que se encontra em consonância comigo quanto a isso..

Queira aceitar os meus cumprimentos sr Pires e porque gostei da qualidade do seu blog,espero que me permita visita-lo mais vezes..

José Pires F. disse...

Pedro Pinto!

Ok amigo, lá irei ver como ficou.

Abraço.

José Pires F. disse...

Rui!

Boas férias também para ti e que novas paisagens te tragam mais inspiração.
… se é que isso, é possível.

Abraço.

José Pires F. disse...

Klatuu!

Li e inspirou-me.

O crocitar é capaz de ser esse quando os corvos usam machado. :)

Abraço.

José Pires F. disse...

Pensador!

Caro amigo, sabe qual a diferença e porque digo o que digo? É que, enquanto o meu amigo acha que tudo são águas passadas, para mim é um rio que nunca deixou de correr e essa é a realidade espanhola.

De facto estamos longe de um entendimento porque, a mim, nem passa pela cabeça ser apátrida, e não é por Castela estar melhor que nós que me iludo e lhes vendo o país.

Mas mais, e espero que não me leve a mal, mas se tivesse as suas dúvidas e preocupações com os meus filhos, que são três, também procurava dar-lhes um futuro melhor, mas isso consegue-se com trabalho e perseverança, não com a venda dos alfinetes ou a ilusão de que alguém o fará por nós.

Abraço.

PS: Quanto a permitir que visite o blog mais vezes, faça de conta que está em sua casa. Este é um blog livre, onde a pluralidade de ideias e pensamento é bem vinda e o contraditório tem lugar sem qualquer tipo de censura.

Mia disse...

Debate de ideias muito interessante. Gostei do blog e bastante deste local de comentários, onde se aceitam as diferentes formas de pensar com muito cavalheirismo.
Boas férias.
Mia

Paulo disse...

"já vejo areias de Portugal e terras de Espanha" (Saramago??)

PS: Um blogue a não perder. Vou voltar!

Abraço.
Paulo

Francisco o Pensador disse...

Pires,

Como poderia eu levar a mal os seus comentários,se está a ser extremamente coerente!
A existência de opiniões diferentes é que tornam um diálogo interessante e só beneficia o conhecimento pessoal.
É bom partilhar pontos comuns,mas também é bom cultivar as nossas diferenças...

Gostaria de lhe agradecer a porta que me deixou aberta,para entrar no seu blog sempre que queira.

Pires,em relação a sua última mensagem,gostaria de lhe perguntar algo:
- De acordo com os argumentos que me apresentou,qual é a sua posição sobre a nossa adesão à "Europa dos 25"?
O projecto europeu não é mais do que uma fusão dos 25 paises,á semelhança do que aconteceu no passado com os Estados Unidos da América!
Para já,o povo pensa que é só para receber subsidios,mas os dados estão lançados e o caminho é irreversivel!
Portugal e os outros 24 paises,vão se tornar "estados" dentro de uma europa unida!

E quando isso acontecer,pires.
Teremos nós perdido uma pátria?

Antes do Afonso Henriques,conquistar isto aos mouros e aos espanhois,isto já não era uma pátria para outros que cá viveram?
E não mudou?
Alguém sabe,se alguém chorou?
Se alguém chorou,foi rapidamente esquecido creio eu...

Ser apátrida significa:"não possuir uma pátria".
E o que é uma pátria?
Veja a definição mais comum:
«..Patria (do latím "patris", terra paterna) indica a terra natal ou adotiva de um ser humano, que se sente ligado por vínculos afetivos, culturais, valores e história.

Significa o sítio onde se vive, o local, ambiente ou espaço geográfico onde se insere a nossa vida...»

Como vê Pires,pátria significa "um pedaço de terra" com a qual nós estabelecemos uma ligação afetiva.

Não faça confusão entre "pátria" e "nação"!
Numa eventual fusão de paises,a nação iria desaparecer com certeza e também não faz falta nenhuma.
Mas a "pátria" permanecerá sempre aqui!
Será sempre nossa!!!
Quer um bom exemplo para perceber melhor onde quero chegar?
-Pergunte a um madeirense se ele se sente português!!!

Para terminar devo dizer que partilho os seus valores do trabalho e da perseverança.
Nem me sinto a vender nada,nem estou a espera de receber os sapatos da defunta..

Valorizo sim,é a competência.
Se não existe portugueses capazes de governar este pais como deve ser,então temos que dar oportunidade aos outros!

Um abraço.

Armando Rocheteau disse...

Boas férias.

José Pires F. disse...

Mia!

Nem sempre o debate se faz, porque o tempo é pouco e a vontade nem sempre ajuda, embora neste post isso esteja a acontecer, conforme já aconteceu noutros.
Quanto ao cavalheirismo, mais não é que educação para com quem, visita esta minha casa.

Abraço e volta sempre.

PS: Assim que tiver tempo visitarei o teu castelo, agora o pensador está-me a ocupar um bocado.

José Pires F. disse...

Paulo Sempre!

Volta porque não és desconhecido para mim. Já tenho visitado o teu “Filhos de um deus menor”.

Abraço.

José Pires F. disse...

Armando!

Igualmente.

José Pires F. disse...

Pensador!

Já cá venho. A tua resposta demora mais um bocadinho.

José Pires F. disse...

Pensador!

Meu caro amigo, Pátria significa o país natal de cada um, a terra do nascimento ou donde alguém é natural e à qual pertence como cidadão, e Portugal, a nossa pátria, existe desde a fundação da sua nacionalidade que foi em 1143.
A História ensina-nos por analogia e não por identidade. A experiência histórica não implica ficar no presente e olhar para trás. Implica antes, olhar para o passado e regressar ao presente com um conhecimento mais amplo e mais intenso das restrições da nossa perspectiva anterior.

Só por lapso eu compararia o projecto europeu, ao que se passou com os EUA, o Projecto Europeu teve inicio há mais de 50 anos (9 de Maio de 1950), tem hoje 27 países inseridos e Portugal faz parte dele desde 1986 e eu, seria inevitavelmente egoísta se dissesse como quero a EU, acreditando eu, que os portugueses só são europeus por acidente. Mas vamos lá tentar explicar a minha posição como sugere ou aquilo com que estou em consonância:
Esta é uma discussão conjunta e amplamente alargada, por isso, e segundo o que hoje se discute e reflecte, já existe um conceito real e concreto de cidadania europeia, e é necessário admitir que os países europeus terão de optar por partilhar uma parte da sua soberania salvaguardando a igualdade entre Estados e a solidariedade com países e regiões menos desenvolvidas.

Quero crer que sabe, que nos debatemos hoje com temores tácticos e debates orçamentais redutores que não beneficiam o objectivo político fundador porque, o alargamento impôs à política europeia novos desafios de governabilidade e o protagonismo terá de ser antes de mais de ordem política, tanto no que concerne à progressiva formulação de uma política externa e de segurança comum, quanto à edificação no plano interno, de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, e essa política externa é indissociável da edificação de uma identidade Europeia de segurança e defesa, conforme e na senda trilhada no Conselho de Santa Maria da Feira, com vista à prevenção de conflitos, e a futura União Europeia terá inevitavelmente de ser mais que um mero projecto económico e comercial. Terá de ser, conforme diz o governo; um verdadeiro compromisso de integração política, económica e social único entre Estados e também, conforme o debate de natureza constitucional lançado pelo PS na cimeira de Laeken; o projecto europeu deve resultar de um tratado com vocação refundadora, embora sem substituição das Constituições nacionais.

É isso que hoje está em reflexão e ainda é cedo para decidir, até onde se deverá levar a integração europeia em termos da sua configuração final porque, para já, ainda estamos na fase de passarmos de uma Europa burocrática a uma Europa política e o debate faz-se de forma a estabelecer fronteiras entre o que é para ficar no âmbito nacional, e o que fica no âmbito da responsabilidade de actuação das entidades e instituições europeias, numa necessária evolução aos novos desafios de uma União Europeia ampliada, porque o quadro de redefinição da repartição de competências entre órgãos da União e dos Estados deve ser de via dupla, identificando as competências para o Estado-nação e competências para as políticas comuns.

Como sabe o lema da União Europeia é “Unidade na diversidade” o que se entende e quero que queira dizer, que o Projecto Europeu se manterá potenciador dos projectos nacionais, permitindo a manutenção da diferenciação e identidades nacionais e por isso, nos batemos agora para não sermos dominados por alguns países (¾), devido à sua dimensão e influência, pois queremos e é necessário que os pequenos países, como Portugal, mantenham os necessários graus de liberdade, a fim de poderem determinar o seu próprio caminho e futuro dentro dos princípios gerais definidos para a União Europeia.

Posto isto, que é necessariamente breve e condicionado pelo facto de ter de o escrever, acrescento que, sou um republicano sem preconceitos e por isso o deixo com parte de uma entrevista que Dom Duarte (português que estimo) concedeu faz tempo à Magazine-Grande Informação:


À pergunta; como é que se recupera o orgulho nacional?
Dom Duarte de Bragança responde:

[…] Importante é haver uma educação para a cidadania para que se perceba que o ser patriota é, acima de tudo, um acto de interesse próprio.
A independência e a identidade nacional não se podem perder.

[…] Por que é que havemos de destruir as nossas raízes culturais para dar prazer a meia dúzia de intelectuais convencidos que são génios? O país tem que se revoltar contra isso, tem de haver uma revolução cultural.
Se nós desprezamos o nosso passado e a nossa identidade cultural, estamos a desprezar-nos a nós próprios. E é contra essa atitude que a televisão e os manuais escolares deveriam trabalhar.


Grande abraço.

Anónimo disse...

Vê como eu tinha razão?
(tinha?)
:))))


não pode ficar mt tempo longe...:))))
faz "pensar".
arrasta pensadores e pensamentos.

Gostei.

um luxo.

acho que tem aqui matéria/material para variados posts...


boas férias.
_______________

abraçO.



.isa.

José Pires F. disse...

Isa!

Ufff… agora sei que não foste raptada. …ainda :)

Já partiste? Eu estou por horas, saio amanhã mas para perto como te disse, embora por lá também haja areia.

Quanto ao debate: o Pensador mereceu. Deu-se ao trabalho de aqui vir com honestidade tentar fazer prevalecer o seu ponto de vista, e isso, é sempre de apreciar e louvar , não são as bocas do costume, o toque-e-foge, e eu gosto de gente assim, com personalidade.
Quanto ao luxo eu não diria tanto, sei bem das minhas lacunas e os neurónios bagageiros que nunca foram muitos, já começam a procurar outras paragens e também não há material para posts, estas conversas interessam a poucos, são maçudas, infelizmente. De qualquer forma, já houve outros mais interessantes que ficaram pelas caixas de comentários, o único que transformei em post, mas que está escondido lá na Rua dos Contos, foi com o Pinto Ribeiro e no blog dele, que achei deveras interessante pela temática envolvida e sei que na altura acompanhaste.

Assuntos das arábias, coisas de que gostas.

Excelentes férias para ti e para o Senhor Doutor. :)

Enorme abraço.

Verena Sánchez Doering disse...

gracias por tus saludos, deseo que estes muy bien, un abrazo muy grande
besitos


besos y sueños

Francisco o Pensador disse...

Pires,
Louvo a sua sagacidade e a eficàcia da sua oratória!
Apesar de termos posições diferentes,também partilhamos muitos pontos em comum.

Mas gostaria que soubesse,que a "descaracterização" da pátria pelas últimas 2 ou 3 gerações, não é uma exclusividade lusitana.
Está a acontecer com quase todos os paises do mundo!
(Parece-me que a única excepção é mesmo os EStados Unidos)
No Japão,tiveram mesmo que criar uma lei para que fosse obrigatório os "miúdos" frequentarem aulas de Patriostismo/Cidadania/Nação,logo nas primárias!
Pessoalmente,acho essa lei um pouco patètica,porque de nada serve querer ensinar os "filhos", sem antes ensinar os "pais"!

Já deu para perceber que possivelmente nunca estaremos de accordo quanto a isso,e admito que possa ter uma certa razão,mas eu nunca seria capaz de colocar os interesses da nação à frente da minha familia...
A vida de um filho vale mais que qualquer pátria!

Não me vou alongar mais sobre esta questão,até porque sei que cheguei numa fraca hora,porque vai iniciar as suas férias que estou convicto serem merecidas.
Desejo apenas poder estar aqui no seu regresso,para quiçã termos a possibilidade de debater todo o gênero de questões.

Boas férias e obrigado pela sua visita no meu blog.

Um Abraço amigo.

Anónimo disse...

Férias de tudo, da alma e com calma...
rs
Um grande abraço e bom te ver no meu espaço soluçante!
Ah! Estou bem, nada de vírus humanos apenas
novidades,
novidades,
idades
ades
des
s
Beijos

Non disse...

:)

Olá.

Não vás e férias. Volta à ficção. A realidade virou uma anedota.

Abraço,

M

Anónimo disse...

Pensador: Mas as vidas perdidas no passado, em muitas gerações idas, fazem bem com que a pátria valha muito! E não digam: Que fosse já hoje que a Espanha tomasse conta disto!" Não... Isso era cuspir no rosto de quem deu a vida por um sonho teimoso...

Não culpem Portugal pela actual situação! Culpem os governantes, quem tem poder!

Nunca serei escravo de Espanhóis, nem um espanhol de terceira categoria!
Como alguém uma vez disse: Better die free, than live slaves!

Abraços!

PS: Saramago fala bem... De barriga cheia! E a barriga cheia faz esquecer a alma!

Francisco o Pensador disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Francisco o Pensador disse...

Sr Sá Morais,
Li a sua mensagem e percebi claramente a ideia que tentou me transmitir.
Aquilo que vou dizer agora é apenas a minha noção de vida,e não uma verdade absoluta,porque considero que as "verdades absolutas" não existem....
Para mim existe apenas as "verdades que o nosso coração deseja ver..".


«..as vidas perdidas no passado, em muitas gerações idas, fazem bem com que a pátria valha muito..»

- Não penso assim sr Morais,para mim as vidas perdidas no passado,fazem-nos perceber sobretudo o quanto a nossa vida vale muito.


«..Que fosse já hoje que a Espanha tomasse conta disto!" Não... Isso era cuspir no rosto de quem deu a vida por um sonho teimoso...»

- O único cujo procedimento no passado possa ser associado a um "sonho teimoso" foi,como é évidente,o Afonso Henriques.
(E conseguiu esse sonho!)
Mas agora o povo que lutou ao lado d'ele,não foi por um "sonho"..
Você sabe talvez melhor do que eu,como estas coisas se procedem!
Quem é que quer ir para a guerra?
Resposta: Ninguém.
Mas sendo assim, porque vão eles?
E agora responde o sr:Por um sonho teimoso???

Acho que não preciso esforçar-me muito para lhe convencer que essa ideia não corresponde minimamente a realidade do instinto humano!
Essa ideia do "sonho teimoso" ou "pelo amor a pátria" etc..etc...é uma ideia que faz parte do imaginário das pessoas,e que figuram de forma bonita e comovente em alguns filmes e livros de contos de fadas,para dar mais relevo a sua história e tornar o enredo interessante...

Toda a gente gosta de histórias bonitas de um homem audacioso que luta com coragem,que sofre pelo seu sonho e quiçã,acaba por morrer como um mártir,dando as vezes tanto exagero na representação,que o leitor fica com a impressão imediata de que existe homens assim..
Mas não...
Um homem só vai para a guerra quando não tem outra escolha!
E todos aqueles que puderem fugir d'ela,não hesitarão um só segundo a fazê-lo! (não existe nenhum "sonho" que os demova a fazer isso..)
Eles cortavam a cabeça a quem falasse mal do rei,quanto mais a quem se recusasse a lutar por ele!!

Pergunte a alguém que tenha ido para o ultramar,se foram movidos por um sonho!


«..Não culpem Portugal pela actual situação! Culpem os governantes, quem tem poder!..»

- Concordo em absoluto consigo!
Portugal não tem culpa,porque portugal é o povo.
Eu só disse que se não houver portugueses capazes de gerir com eficàcia este pais,que convidem os estrangeiros a fazê-lo.
Sr Sá Morais,sabia que actualmente na frança,os produtos de primeira necessidade (Carne,peixe,massa,arroz,azeite,batatas,congelados,fraldas,produtos higiénicos,etc..etc..) são ao mesmo preço que aqui???
Sim...ouviu bem!
São poucas as pessoas que sabem(bendita a nossa televisão!),que na frança,um pais onde o ordenado minimo é de 1200 euros,paga-se tanto como aqui para comer!
Uma Mulher tem 3 anos de licença de parto (paga a 100 %)e recebe além de um prémio de nascimento, 150 euros mensais de abono por cada filho!
As rendas estão a volta de 600 euros mensais,mas um casal com 2 filhos acaba por pagar apenas cerca de 100 euros de renda (o estado financia o resto!).

Na Bélgica e no luxemburgo parece que a história é igual!
E no entanto são paises mais pequenos que portugal!!!

O problema de Portugal é acima de tudo um problema social!
Um francês chegou a dizer-me:"Cada qual tem o pais que merece!"
E ele tinha razão..
Nós somos um pais pobre mas temos a mania das grandezas!
Só num pais como o nosso é possivel ver pessoas a pedir autografos a uma mulher chamada Carolina,que é oriunda do mundo perverso da noite e que confessou ter sido ela (supostamente a pedido de pinto da costa) a contratar os gorilas que deram a "coça" ao ricardo bexiga!!!

Essa confissão fez dela uma criminosa,e nesse caso,estamos a pedir autografos a criminosos?
E a enriquece-los ainda por cima!!!

Perante exemplos destes,que merece o povo?


«..Nunca serei escravo de Espanhóis, nem um espanhol de terceira categoria!..»

- A escravidão já foi abolida da europa desde 1850.


«..E a barriga cheia faz esquecer a alma!..»

- E a fome...

Sr Sá Morais,eu não vou dizer que a anexação a espanha é do meu agrado,mas se ela significar um futuro melhor para os meus filhos,abraçarei esse pais como sendo a minha nova pátria.
Se antigamente não se chorava os filhos que morriam pela pátria,a verdade é que os tempos mudaram,e hoje não se chora a pátria que morre pelos nossos filhos..

A Familia é um valor universal!
E a pátria é o planeta inteiro!

Os meus cumprimentos sr Sá Morais e peço-lhe desculpa por qualquer comentário menos digno da minha parte e por esta mensagem ser longa.

Anónimo disse...

concordo com a inexistência de verdades absolutas... Mas todos temos a nossa, por isso...

"..as vidas perdidas no passado, em muitas gerações idas, fazem bem com que a pátria valha muito..»

- Não penso assim sr Morais,para mim as vidas perdidas no passado,fazem-nos perceber sobretudo o quanto a nossa vida vale muito."

Continuo a discordar!

"- O único cujo procedimento no passado possa ser associado a um "sonho teimoso" foi,como é évidente,o Afonso Henriques.
(E conseguiu esse sonho!)
Mas agora o povo que lutou ao lado d'ele,não foi por um "sonho"..
Você sabe talvez melhor do que eu,como estas coisas se procedem!
Quem é que quer ir para a guerra?
Resposta: Ninguém.
Mas sendo assim, porque vão eles?
E agora responde o sr:Por um sonho teimoso???"

Sem um apoio popular Portugal nunca teria deixado de ser apenas isso: um sonho. A identidade cria raízes profundas, tal como a identidade familiar. Afonso Henriques já não tinha morrido aquando da ocupação filipina?! E se os espanhóis são assim tão bons, porque não nos deixámos ficar sob a sua ocupação?

"«..Não culpem Portugal pela actual situação! Culpem os governantes, quem tem poder!..»

- Concordo em absoluto consigo!
Portugal não tem culpa,porque portugal é o povo.
Eu só disse que se não houver portugueses capazes de gerir com eficàcia este pais,que convidem os estrangeiros a fazê-lo."

Ok!Concordo com o que diz. Só discordo quando diz que somos um pais pobre. Não há paises pobres, há é paises mal governados... Se bastasse ser "rico", então os países de África seriam certamente grandes potências mundiais e certos paises da europa seriam zonas paupérrimos...


"«..Nunca serei escravo de Espanhóis, nem um espanhol de terceira categoria!..»

- A escravidão já foi abolida da europa desde 1850.

No papel... Na realidade talvez não.
Mas para ser de terceira categoria, prefiro sê-lo em Portugal...


"«..E a barriga cheia faz esquecer a alma!..»

- E a fome..."

Acha que uma anexação seria benéfica para os seus filhos? Os seus filhos seriam sempre portugueses ou filhos de portugueses... Acha que os espanhóis iam tirar dos seus pratos para por nos nossos? Eles não são idiotas... E se Portugal é assim tão pobre, para que raio eles nos iam querer?... A não ser que não seja... Que esteja mal gerido... Então tragam um gestor sueco ou dinamarquês! :)

Parece que vemos os mesmos problemas deste nosso país, mas para mim a solução não passa por entregar o país a outros. Somos o que somos. Podia ser melhor, podia ser pior... Mas agora sermos outra coisa só para termos uns euritos a mais no bolso?! Vamos tentar fazer isso, sim, mas como Portugueses!

Já falei de identidade e raízes... Estaria disposto a renegar as suas, os seus pais, avós, para ser adoptado por uma familia mais rica espanhola? A bem do futuro estaria disposto a isso? Não! Eu posso ter problemas como muitos portugueses, mas não renego essas raízes, essa identidade. Pelo contrário, orgulho-me delas! E tento mudar o país, mas nunca de país!

Abraço!

Kaotica disse...

Querido amigo Piresf eu te desejo umas óptimas férias (deixa eu usar "óptimas" enquanto tem "p" porque até a Língua Portuguesa já está condenada)
Um abraço muito grande! Volta cheio de genica pois vai ser necessária muita!