O ministro da saúde, Dr. Correia de Campos voltou atrás com o encerramento imediato da maternidade do Hospital Distrital de Lamego, aceitando para já, a proposta de Fernando Lopes Presidente da Câmara lamecense de contratar obstetras e concordando também, que as acessibilidades ao Centro Hospitalar de Vila Real não reúnem por enquanto condições de uma rápida deslocação. Não desistindo no entanto, da intenção de cumprir o objectivo do seu plano, ou seja; fechar o bloco de partos na altura prevista anteriormente.
A reacção a este pontual recuo, além de reveladora é de certa forma positiva porque demonstrativa do real problema e, espera-se que o ministro reconsidere, com base no estudo caso a caso, ouvindo as forças vivas das regiões, de forma a inteirar-se da importância desta e de outras maternidades no nosso interior.
Que tenha em conta por exemplo, a extraordinária manifestação de cidadania que o povo de Barcelos promoveu, ao fazer deslocar a Lisboa, 10.000 barcelenses.
Como refere o Rui Martins em comentário na postagem anterior, “o enfoque está errado e não devia ser no número de partos e sim de obstetras”, porque, se a medida não é economicista como diz o ministro e o primeiro-ministro e o relatório técnico aponta sim para a falta de médicos, no caso particular de Lamego, obstetras, então há que os contratar nem que seja em Espanha.
Refere também o Manoel Carlos em comentário na postagem anterior, “os custos da concentração dos cidadãos nas metrópoles é extraordinariamente mais elevada que no interior” e os custos da desertificação, poderemos vê-los uma vez mais, com o crescente número de incêndios que assolam todos os verões o País.
Sr. Ministro. Não seria o caso de parar para pensar, e ver, que países desenvolvidos estão a optar por pequenas unidades hospitalares, em detrimento das grandes. Não será esta uma boa medida para o interior em vez da concentração em grandes unidades hospitalares?
Sugiro-lhe alguma reflexão, mas sabendo que o seu tempo é precioso, deixo-lhe aqui uma passagem de António Vieira, para que beba um pouco da sua sabedoria e quiçá, por osmose, se faça luz.
A reacção a este pontual recuo, além de reveladora é de certa forma positiva porque demonstrativa do real problema e, espera-se que o ministro reconsidere, com base no estudo caso a caso, ouvindo as forças vivas das regiões, de forma a inteirar-se da importância desta e de outras maternidades no nosso interior.
Que tenha em conta por exemplo, a extraordinária manifestação de cidadania que o povo de Barcelos promoveu, ao fazer deslocar a Lisboa, 10.000 barcelenses.
Como refere o Rui Martins em comentário na postagem anterior, “o enfoque está errado e não devia ser no número de partos e sim de obstetras”, porque, se a medida não é economicista como diz o ministro e o primeiro-ministro e o relatório técnico aponta sim para a falta de médicos, no caso particular de Lamego, obstetras, então há que os contratar nem que seja em Espanha.
Refere também o Manoel Carlos em comentário na postagem anterior, “os custos da concentração dos cidadãos nas metrópoles é extraordinariamente mais elevada que no interior” e os custos da desertificação, poderemos vê-los uma vez mais, com o crescente número de incêndios que assolam todos os verões o País.
Sr. Ministro. Não seria o caso de parar para pensar, e ver, que países desenvolvidos estão a optar por pequenas unidades hospitalares, em detrimento das grandes. Não será esta uma boa medida para o interior em vez da concentração em grandes unidades hospitalares?
Sugiro-lhe alguma reflexão, mas sabendo que o seu tempo é precioso, deixo-lhe aqui uma passagem de António Vieira, para que beba um pouco da sua sabedoria e quiçá, por osmose, se faça luz.
”Perguntou o Senhor, para que os senhores que mandam o Mundo se não desprezem de perguntar. Se pergunta a sabedoria divina, porque não perguntará a ignorância humana? Mas esse é o maior argumento de ser ignorância. Quem não pergunta, não quer saber; quem não quer saber, quer errar. Há porém ignorantes tão altivos, que se desprezam de perguntar, ou porque presumem que tudo sabem, ou porque se não presuma que lhes falta alguma cousa por saber. Deus guie a nau onde estes forem os pilotos.”
9 comentários:
nem sei o que dizer :P ^^
Pires,
saudades de você!
Pasando pra desejar lindo dia,
beijosssssssss
ops, passando.....engoli um "s",rss
Amigo Pires,
Também a mim me escapa o tempo entre os dedos, para mais com certos problemas pessoais a cortarem fundo na minha vontade de blogar. Mas já estou de volta e espero vê-lo também pelo CAUSAS, o novo blog que eu e o Rui Martins decidimos criar.
Um abraço.
Amigo Pires,
Um problema pertinente a necessitar de alguém que veja o todo e não a parte e que ponha os interesses da comunidade acima dos seus próprios...infelizmente o que não vemos há muito.
Muito bem, e soberbamente rematado!
Forte abraço.
Sabes, muita gente na rua, sobretudo mães grávidas e pais de bébés ao colo, tem o peso político de votos no futuro, o resto é fantasia de Natal.
Depois há só que saber fazer a retirada estratégica sem parecer que se fez.
lábláblá.
;)
Boa noite.
Pois é!!!Quem não pergunta é tão somente porque já sabe a resposta e em alguns casos prefere simplesmente ignorar,mas é assim mesmo que funciona este pais,entre outros claro mas o que se passa no nosso é que nos afecta mais.Bjs
O Tribunal acaba de dar Razão à Câmara de Sto Tirso.
:)
É isso mesmo Zalinha. Eu que sou cosmopolita, compreendo a extraordinária necessidade de um interior vivo e observo, que tudo o que se faz de há muito a esta parte, é exactamente o contrário.
Já todos sofremos as consequências deste tipo de politica desordenada, e se nada for feito para combater esta tendência, o nosso futuro não será certamente risonho.
Um abraço.
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Autumn!
Não sabia. YES!!!
Agradeço imenso a informação.
Abração.
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