Tempos atrás, referi-me aqui a um e-mail de um amigo, sobre a especulação existente com os sucessivos aumentos do preço dos combustíveis. A questão era simples e parecia pertinente. Era esta:
“Em 2002 um barril de petróleo custava 70 dólares o que equivalia grosso modo a 77 euros e hoje ele custa 100 dólares o que equivale sensivelmente a 70 euros, como é que se pode dizer que o petróleo subiu de preço?”
A semana passada, um senhor economista defendia na SIC-Noticias, que estes números eram de quem não percebia nada destas coisas. Mostrando falta de generosidade em partilhar o saber sobre o quão errado eu e outros estávamos, provavelmente pela complexidade e melindre do tema, ou porque tem tão mais eficácia quão menos forem os detentores do conhecimento. Tudo bem… não percebo mesmo… cavalgo na ignorância e escrevo isto enquanto testemunho a generosidade da Ana Moura que, de improviso, faz um dueto com o Malato no "Sexta à Noite". Mas hoje, prolongando a recreação, o preço do petróleo atingiu os 103 dólares devido à desvalorização do dólar e, essa desvalorização reflecte-se evidentemente no valor do euro que é a nossa moeda. Ora, fazendo o câmbio do dólar face ao euro, temos assim e neste momento o barril a 67,71 euros. Ou seja, como o barril por casualidade do fenómeno continua a ser pago em dólares, continua a baixar na zona euro. Mas eu continuo a não perceber nada disto, o que também não ajuda nada.
Outro caso a que não é alheio o caso anterior:
Carlos Santos, da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelarias e Similares, defende a necessidade de se aumentar o preço do pão em 50 por cento.
Alavanca agora esta necessidade, que antes e para outros aumentos tinha origem nos preços dos combustíveis, no aumento do preço das farinhas que, em um ano e um mês, subiram 120 por cento (número já desmentido pela indústria de moagem e também por um industrial de panificação que, afirmou não perceber a razão pela qual os seus colegas de sector têm vindo a aumentar o preço do pão), sendo o cerne e grande argumento, o aumento do preço do trigo americano que atingiu os 450 euros por tonelada.
E lá vamos nós de novo: contra a inércia, cultivando o modo da discussão pública e não rejeitando o que não entendemos.
“Em 2002 um barril de petróleo custava 70 dólares o que equivalia grosso modo a 77 euros e hoje ele custa 100 dólares o que equivale sensivelmente a 70 euros, como é que se pode dizer que o petróleo subiu de preço?”
A semana passada, um senhor economista defendia na SIC-Noticias, que estes números eram de quem não percebia nada destas coisas. Mostrando falta de generosidade em partilhar o saber sobre o quão errado eu e outros estávamos, provavelmente pela complexidade e melindre do tema, ou porque tem tão mais eficácia quão menos forem os detentores do conhecimento. Tudo bem… não percebo mesmo… cavalgo na ignorância e escrevo isto enquanto testemunho a generosidade da Ana Moura que, de improviso, faz um dueto com o Malato no "Sexta à Noite". Mas hoje, prolongando a recreação, o preço do petróleo atingiu os 103 dólares devido à desvalorização do dólar e, essa desvalorização reflecte-se evidentemente no valor do euro que é a nossa moeda. Ora, fazendo o câmbio do dólar face ao euro, temos assim e neste momento o barril a 67,71 euros. Ou seja, como o barril por casualidade do fenómeno continua a ser pago em dólares, continua a baixar na zona euro. Mas eu continuo a não perceber nada disto, o que também não ajuda nada.
Outro caso a que não é alheio o caso anterior:
Carlos Santos, da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelarias e Similares, defende a necessidade de se aumentar o preço do pão em 50 por cento.
Alavanca agora esta necessidade, que antes e para outros aumentos tinha origem nos preços dos combustíveis, no aumento do preço das farinhas que, em um ano e um mês, subiram 120 por cento (número já desmentido pela indústria de moagem e também por um industrial de panificação que, afirmou não perceber a razão pela qual os seus colegas de sector têm vindo a aumentar o preço do pão), sendo o cerne e grande argumento, o aumento do preço do trigo americano que atingiu os 450 euros por tonelada.
E lá vamos nós de novo: contra a inércia, cultivando o modo da discussão pública e não rejeitando o que não entendemos.
Portugal, que antes só aumentava a superfície de campos de golfe, aumentou também a superfície de semeada (haja Deus!) e importa sobretudo trigo da Europa onde existe uma produção excedentária em 16 milhões de toneladas, e fá-lo principalmente de França a 307 euros a tonelada, e que, e isto são factos, mesmo depois de incorporado algum cereal melhorado da Alemanha, fica com um preço final de 310 euros. Ou seja, a fazer fé na honestidade das pessoas, por distracção, as contas de Carlos Santos, estão inflacionadas em 140 euros a tonelada. É obra!… digo eu, que em conflito de natureza intelectual sempre tive dificuldade com contas ciganas de sumir e só domino os conceitos básicos do domínio de básicos raciocínios.
29 comentários:
Queres saber tira um kurso ou então vai a merda.
Arrebenta.
Caro Arrebenta(?!…)
O seu insano e irrelevante comentário, provavelmente produzido com recurso à medula em vez do cérebro, suscita meia dezena de simples questões:
1 – Domina a temática mas tem alguma deficiência que não o deixa verbalizar, e resolveu adornar a caixa de comentários “cagando umas postas de pescada”.
2 – Não domina a temática, não sabe verbalizar e é um cómico que à sorrelfa “caga postas de pescada”.
3 – É um cómico que sabe verbalizar, mas como a temática foge do âmbito do seu saber, resolveu adubar este canto, com pouca arte diga-se, “cagando postas de pescada”.
4 – Não sabe do que se fala, tem pretensões a cómico, mas por ora e devido aos poucos recursos intelectuais disponíveis, só sabe “cagar postas de pescada”.
5 – Nada disto lhe interessa porque é por excelência um torpe e medíocre “caga postas de pescada”.
Meu caro Arrebenta, com carácter de excepção lhe digo que não almejo grande futuro a conversa tão acintosa, porque de facto, o estilo faz o homem, que não raras vezes tem um nome: filha-da-putice.
Passe bem.
Clap clap clap!!!!
.
para a resposta.
.
estranha.estranhíssima forma de comentar.
.
do post retiro que é o que dá o desenvolvimento da china e da índia, os problemas do iraque, as reservas que se vai gastando, e a manipulação dos que produzem o ouro negro em função dos tempos que se aproximam.
Ou não será assim?
ou terei tb de ir tirar um "Kurso"???
:)
beijos de março.
errata:
"as reservas que se vão gastando"
_______________
erro-me neste março...:)
.
para não variar.
:)
y.
Não haverá prova dos 9?
Isabel!
O problema minha amiga, é que não existe razão nenhuma para os aumentos, tanto do pão como dos combustíveis e, estes últimos e em particular na zona euro que não seja a escandalosa e brutal cobrança de impostos que, em Portugal, através do ISP e do IVA, representa 9,3 por cento das receitas fiscais quando a média europeia se fica pelos 4,8 por cento e a Espanha pelos 3,6. Aliás, Augusto Cymbron, presidente da ANAREC, declarou ao Correio da Manhã, edição de hoje, -nem de propósito para validar um post de ontem, que “a subida dos preços por parte das empresas petrolíferas é escandaloso e que a valorização do barril de petróleo não é justificação. Esteja o petróleo ao preço que estiver, mesmo a 105 dólares o barril”, e continua “a moeda europeia também valoriza em relação ao dólar. E Portugal paga o petróleo em euros.” Noticia que, como compreenderás, me deu um gozo “filhodaputa”, depois de esta semana ter ouvido o estapafúrdio do José Gomes Ferreira, economista e Sub-director de Informação, dizer que quem assim fazia as contas não as sabia fazer. Ao que parece, o presidente da ANAREC, também não as sabe fazer.
Abraço de Março marçagão.
PS: Segundo dados da Direcção-Geral do Orçamento, só em Janeiro, o ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos) deu aos cofres do Estado mais 9,5 por cento que no primeiro mês de 2007.
Vanda!
Só depois de responder à Isabel, coisa que demorou um bocadinho a escrever, tive acesso ao teu comentário. A prova dos nove, está, evidentemente, na resposta que lhe dei.
Mas é licito perguntar, como é que aquele senhor é economista e Sub-director de Informação, não é?
Abraço.
prontoS!!!!!
não há como ser Amiga de alguém que assim nos sabe explicar os "labirínticos desígnios europeus"...
e eu a aqui às voltas a tentar encontrar justificações outras...:)
beijos gratos.
Mas vinha aqui dizer o quanto me sensibiliza a sua delicada atenção ao que neste março linkei no Piano.
Conheço poucos (no espaço blogo.esférico) que sejam tão Generosos!!!!
PiresF.
o meu muito sincero agradecimento!!!!
________________________.
Fugindo ao tema proposto (ao mesmo tempo adorando as respostas dadas ao anônimo!), hoje o meu blog está conectado ao seu através do Buraco da Fechadura. Alguns leitores meus passearão por aqui. Adoro os seus contos!
www.caldeirao-da-bruxa.myblog.com.br
IMF!
É que isto minha amiga, não sai do domínio do básico raciocínio, embora nos queiram fazer acreditar o contrário.
Felizmente, hoje, temos acesso ao que antes era coisa privilegiada: a informação.
Sabes…gostei imenso do link. Aquela reflexão do professor, é de gente que pensa antes de escrever e que para além de saber escrever, sabe pensar. Com estes, ao contrário de muitos outros, aprende-se.
E não, não me agradeças, porque nesse particular, levas-me avanço tremendo.
Enorme abraço.
Mirian!
Bem… a linguagem com o tal, e porque me irritam estes insanos que não sabem escrever duas linhas e pensam que um blog é uma playstation, foi um pouco descabelada. Mas também já eram quase quatro horas da manhã e a paciência já se tinha recolhido.
Sobre o resto, já trocámos impressões.
Obrigada por tudo e um abraço.
O Euro, cada vez mais forte que o Dollar, anda a ajudar-nos como o caraças!!
P. S. A lata desse monte de merda lá em cima - que faz um blog de vomitar! - é tão de ratazana, medíocre e malcheirosa... que era mesmo de responder: «PRÓ CARALHO!»
O gajo é, de facto, especialista em muita coisa: cus rebentados, conas, broches, piças, bébés e púberes!! - um verdadeiro acervo fotográfico de classe e bom gosto!
:).
o Sporting ainda não jogou e já ganhei o dia.
o K. disse.
e saio.
.
É amigo, tem coisas que não fazem sentido... Nem explicando devagarinho.
Com o dolar em queda livre, isso deve ser um pesadelo para os que querem manter o preço ouro negro nas alturas...
[s]s
ps: Aff vi o jogo hoje, aquele juiz é um %$#&$#%@%# ¬¬
Mas vamos lá para mais uma semana. (=
Olha nem devagarinho da pra entender ás vezes.
beijos
Klatuu!
Gaita pá! Que bem afiado vem esse machado.
Vejo que estás melhor. Manda-me rapidamente por e-mail o nome do remédio que tomaste para a gripe. Tenho de comprar meia dúzia disso.
Abraço.
IMF!
De facto, só à machadada.
Independentemente de termos sido roubados, pedi a desforra, e Deus, tão ocupado, concedeu-me a graça.
Assim, vamos recebê-los de novo para a Taça de Portugal, e agora o empate não dá bilhetes para festejos.
Abraço.
Bill
Não é a primeira vez que o tal juiz (Paraty) se engana a favor dos nossos adversários.
Mas o reconhecimento da nossa superioridade, lá se fez sentir na forma como o adversário festejou um mísero empate.
Mas vem aí o jogo da Taça e desta vez o empate não lhes serve. Esperemos um juiz com bons olhos e que saiba separar o futebol das artes marciais.
Abraço.
Jana!
Ou não querem que entendamos…
Abraço.
Agradeço a passagem que fizes-te la na minha barraca.
Quando quiseres passa por la outra vez que eu farei o mesmo também.
Saudações.
Meu caro do Templo do Giraldo!
O meu caro, no post anterior, pediu para o visitar. Assim fiz com cordialidade e comentei o post que lá estava. Vir aqui pela segunda vez, não comentar o post e propor uma troca de caricas, pelo amor de Deus…
Passe bem.
PS:
ESTA MERDA NÃO É UMA PLAYSTATION.
Sabe que isso de não ser um "playstation" vai virar moda né x)
Vou responder isso para alguns no RT heheh.
Então que venha o jogo da Taça, vão levar uma sova x)
[s]s
:)))))))))))))))))))))))
.
play it again,,,,sam...Jpiresf...
com beijos.
Excelente post, onde é notória a qualidade de quem o escreveu!
Subscrevo, como é óbvio.
Cump,
Caro Pires F, entendo perfeitamente a sua angústia ante este circo de doidos que são os mercados. E, neste ponto, não posso sequer prestar-lhe alguma ajuda, visto que os meus conhecimentos de economia praticamente estagnaram naqueles tempos de "gritar o palhaço" e "vender cotias".
Aqui no Brasil, onde somos auto-suficientes em petróleo - além do país que mais investe e produz no segmento de energias alternativas auto-sustentáveis, não compreendo o porquê da nossa gasolina e outros derivados do petróleo situarem-se entre os mais caros do mundo para o consumidor final. Outrossim, entendo menos ainda por que exportamos gasolina para a Argentina - dentre outros países do continente sul-americano, pela metade do preço que pagamos aqui, na bomba de combustível.
Dê-se por feliz, pelo menos vocês aí da UE, têm a sensação de que o preço do barril de petróleo está baixando.
Quanto ao comentário do tal do Arrebenta lá em cima, sugiro-lhe um adágio muito utilizado por um falecido jornalista daqui: "os cães ladram, e a caravana passa".
Abraços, e dias felizes!
P.S.: "Mas o reconhecimento da nossa superioridade, lá se fez sentir na forma como o adversário festejou um mísero empate".
Prezado Pires F, esta sua conclusão me lembrou aquela velha fábula, a da raposa e as uvas.
Amigo Oliver!
De facto, nesse imenso Brasil, coisas estranhas acontecem. Lembro que para além dos combustíveis, outra é, a do tabaco, que sai a metade do preço para a Argentina e volta a entrar devidamente tabelado. Deve haver uma explicação, claro, mas eu só vejo a da especulação, a que os governos fecham os olhos porque lhes dá grandes ganhos nos impostos.
E não, não temos a sensação do preço estar a baixar, temos sim, a sensação de que poderia e deveria baixar, o que, como consequência, trás agarrada a revolta.
Sobre a fábula de La Fontaine, que retracta o desdém por aquilo que não se alcança para assim diminuir o peso do insucesso, é evidentemente bem aplicada ao caso.
Também gosto de uns versos do Vitorino Nemésio, que rezam assim:
«Pilriteiro, dás pilritos
Porque não dás coisa boa?
Cada qual dá o que tem
Conforme a sua pessoa.»
Abraço.
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