“A partir de Janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - terão a ortografia unificada.”
Assim começa uma, das seguramente para cima de meia dúzia de mensagens recebida por correio electrónico, que me desperta deste período ronceiro para tecer algumas considerações à polémica que o Acordo está a gerar aqui e principalmente no Brasil.
Antes, fica aqui um link para os distraídos: aqui mesmo.
Não tendo nada contra o português dos outros países da CPLP, e muito menos contra o de Portugal, nem galões para puxar como alguma aristocracia culta e de diversa plumagem que, opositora do Acordo abre a boca e logo ganha criadagem e vassalos entre as mentes jarretas, confesso que, ainda assim, tacanhamente, tive algumas dúvidas provocadoras de considerações sobre a autonomia da língua e a sua homogeneização porque, não diferimos só na grafia mas também no modo estrutural.
Entendo no entanto, porque posso, e contra os nacionalismos balofos, a emergência estratégica do acordo e reconheço a língua como um organismo vivo que se desenvolve e adapta, e se confirma pela existência de simplificações anteriores, se exemplos fossem necessários para justificar saltos evolutivos, depois, tenho em conta que cada país continuará com os seus particularismos linguísticos, só a escrita será igual nos casos acordado, como aliás, acontece com o francês, o espanhol ou o árabe e, nesse sentido, estou de acordo com o Acordo porque as mudanças pouco atrapalham ou não atrapalham quase nada, e muito menos afectam o deserto cultural da malta da bifana e do coirato (agora fazia o grande sacrifício com uma mini ou duas) e algumas são até interessantes, embora, muita coisa tenha de ser mudada; dicionários, prontuários, manuais escolares etc, etc.
Se não pensarmos nos custos com que, os nossos exímios comerciantes, com o habitual profissionalismo e como quem não quer a coisa tratarão de nos alisar mais o bolso, e retirarmos também a lamecha dimensão afectiva, será inevitável concluir, que as alterações contribuem para um valor mais alto que é a unificação, tendo o nacional objectivo de manter viva uma das línguas mais faladas no mundo, projectando-a internacionalmente.
Convencido que poderíamos até ter ido um pouco mais longe, para além dos ameaços, aqui não se consideram mais teorias, só o Acordo.
Assim começa uma, das seguramente para cima de meia dúzia de mensagens recebida por correio electrónico, que me desperta deste período ronceiro para tecer algumas considerações à polémica que o Acordo está a gerar aqui e principalmente no Brasil.
Antes, fica aqui um link para os distraídos: aqui mesmo.
Não tendo nada contra o português dos outros países da CPLP, e muito menos contra o de Portugal, nem galões para puxar como alguma aristocracia culta e de diversa plumagem que, opositora do Acordo abre a boca e logo ganha criadagem e vassalos entre as mentes jarretas, confesso que, ainda assim, tacanhamente, tive algumas dúvidas provocadoras de considerações sobre a autonomia da língua e a sua homogeneização porque, não diferimos só na grafia mas também no modo estrutural.
Entendo no entanto, porque posso, e contra os nacionalismos balofos, a emergência estratégica do acordo e reconheço a língua como um organismo vivo que se desenvolve e adapta, e se confirma pela existência de simplificações anteriores, se exemplos fossem necessários para justificar saltos evolutivos, depois, tenho em conta que cada país continuará com os seus particularismos linguísticos, só a escrita será igual nos casos acordado, como aliás, acontece com o francês, o espanhol ou o árabe e, nesse sentido, estou de acordo com o Acordo porque as mudanças pouco atrapalham ou não atrapalham quase nada, e muito menos afectam o deserto cultural da malta da bifana e do coirato (agora fazia o grande sacrifício com uma mini ou duas) e algumas são até interessantes, embora, muita coisa tenha de ser mudada; dicionários, prontuários, manuais escolares etc, etc.
Se não pensarmos nos custos com que, os nossos exímios comerciantes, com o habitual profissionalismo e como quem não quer a coisa tratarão de nos alisar mais o bolso, e retirarmos também a lamecha dimensão afectiva, será inevitável concluir, que as alterações contribuem para um valor mais alto que é a unificação, tendo o nacional objectivo de manter viva uma das línguas mais faladas no mundo, projectando-a internacionalmente.
Convencido que poderíamos até ter ido um pouco mais longe, para além dos ameaços, aqui não se consideram mais teorias, só o Acordo.
3 comentários:
de acordo.
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beijo.
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Ultima vez que vi essa noticia nos jornais por aqui, 5 países da CPLP incluindo Portugal não tinham ratificado o acordo.
Eu mais uma vez concordo contigo, poucos mudanças para tanto barulho, por aqui muita gente reclamando, mais poucas delas sabendo o que realmente ira mudar.
Fico feliz, já que um dos comércios que promete se intensificar é os de livros, eu não vejo, quase, a diferença quando leio livros editados ai em Portugal, na primeira leitura, começa a se notar as letras que por cá não usamos, mas em minutos já se torna comum.
No mais, realmente será um fôlego maior para nossa língua portuguesa.
Abraço amigo e ótima semana
[s]s
Simplesmente ridículo. Países diferentes, independentes, com dicionários diferentes e dialectos próprios. Todos evoluiram por si mesmos, já nenhum deles é colónia nem faz qualquer sentido sentido querer-se falar a mesma língua. Quando muito deveriam era todos adaptar-se à língua com que se habituaram ao longo dos anos que é o português de Camões e deixarem a preguiça e o calão de lado, que ao longo dos anos foram adquirindo.
Para haver um acordo destes devia-se também formular um acordo de linguística com Espanha uma vez que em tempos houve a Península Ibérica. pff
Ainda para mais Portugal (que ensinou o português) é quem vai sofrer as maiores alterações. pff
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