No universo de 104.820.145 votos apurados, Lula da Silva consegue 46.662.365 (48,61%) e Geraldo Alckmin 39.968.369 (41,64%).
Contra todas as sondagens, aquele que é o chefe carismático do PT, não foi para já reeleito Presidente do Brasil. Para isso, terão contado os muitos escândalos de corrupção, com destaque para: o “mensalão”, o “sanguessugas" e o novíssimo “dossiêgate”, mesmo existindo uma margem de dúvida, pequena é certo, de que este não terá responsabilidades pessoais nos casos que envolvem os trabalhistas brasileiros.
A corrupção politica no Brasil, faz de há muito parte do quotidiano brasileiro, que por isso, se habituou a desvalorizar o crime. Não fosse existir uma parte da sociedade esclarecida e por isso mais exigente, o pernambucano Lula teria limpo a eleição ao primeiro round, o que não quer dizer de forma alguma que esteja arrumado, mas sim, que está para já avisado de que não lhe basta ser de origem proletária e ter sido um sindicalista crítico e temido pelo grande capital.
O ex-governador Geraldo Alckmin, consegue assim uma segunda volta inesperada, sem ter percebido o caminho da inovação, que impunha uma revisão das metas e competências com visão prospectiva da História, apresentando-se com um discurso inócuo na linha do forró em conquistas nordestinas para repetir mais do mesmo e, sendo assim, quem pode condenar os que votam Lula, sabendo que a alternativa é esta?
Não se pode dizer que o primeiro mandato de Lula tenha sido um fiasco, Lula na sua luta contra a heterogeneidade brasileira, conseguiu aumentar o poder de compra dos mais pobres em 14,1 por cento (muito por causa do aumento do acesso aos programas sociais), enquanto que as camadas sociais mais ricas só viram um crescimento de 3,5 por cento, pagou a divida ao Fundo Monetário Internacional, resolvendo assim um problema de credibilidade internacional e teve o mérito de não amedrontar o capital nem afugentar o investimento, pese embora, o paradoxal crescimento económico modesto.
Agora, sabendo Lula que errou ao não debater, deixando no ar acusações sem resposta que construíram um imaginário ambíguo e lhe custou a reeleição à primeira volta, já se prontificou a debater. Resta saber, se os brasileiros assistirão a um debate sério e construtivo que não passe por se ver Geraldo escudado nas críticas dos jornais brasileiros aos programas de subsídios de Lula, e Lula, escudado nas citações de organismos internacionais que os consideram exemplos.
Para já, assistimos à luta pela conquista de apoios, sabendo que, quem conquistar o maior número de aliados passa a ser o favorito e, quem sabe, se não garante o próximo mandato.
Este Brasil emergente merece muito mais.
Contra todas as sondagens, aquele que é o chefe carismático do PT, não foi para já reeleito Presidente do Brasil. Para isso, terão contado os muitos escândalos de corrupção, com destaque para: o “mensalão”, o “sanguessugas" e o novíssimo “dossiêgate”, mesmo existindo uma margem de dúvida, pequena é certo, de que este não terá responsabilidades pessoais nos casos que envolvem os trabalhistas brasileiros.
A corrupção politica no Brasil, faz de há muito parte do quotidiano brasileiro, que por isso, se habituou a desvalorizar o crime. Não fosse existir uma parte da sociedade esclarecida e por isso mais exigente, o pernambucano Lula teria limpo a eleição ao primeiro round, o que não quer dizer de forma alguma que esteja arrumado, mas sim, que está para já avisado de que não lhe basta ser de origem proletária e ter sido um sindicalista crítico e temido pelo grande capital.
O ex-governador Geraldo Alckmin, consegue assim uma segunda volta inesperada, sem ter percebido o caminho da inovação, que impunha uma revisão das metas e competências com visão prospectiva da História, apresentando-se com um discurso inócuo na linha do forró em conquistas nordestinas para repetir mais do mesmo e, sendo assim, quem pode condenar os que votam Lula, sabendo que a alternativa é esta?
Não se pode dizer que o primeiro mandato de Lula tenha sido um fiasco, Lula na sua luta contra a heterogeneidade brasileira, conseguiu aumentar o poder de compra dos mais pobres em 14,1 por cento (muito por causa do aumento do acesso aos programas sociais), enquanto que as camadas sociais mais ricas só viram um crescimento de 3,5 por cento, pagou a divida ao Fundo Monetário Internacional, resolvendo assim um problema de credibilidade internacional e teve o mérito de não amedrontar o capital nem afugentar o investimento, pese embora, o paradoxal crescimento económico modesto.
Agora, sabendo Lula que errou ao não debater, deixando no ar acusações sem resposta que construíram um imaginário ambíguo e lhe custou a reeleição à primeira volta, já se prontificou a debater. Resta saber, se os brasileiros assistirão a um debate sério e construtivo que não passe por se ver Geraldo escudado nas críticas dos jornais brasileiros aos programas de subsídios de Lula, e Lula, escudado nas citações de organismos internacionais que os consideram exemplos.
Para já, assistimos à luta pela conquista de apoios, sabendo que, quem conquistar o maior número de aliados passa a ser o favorito e, quem sabe, se não garante o próximo mandato.
Este Brasil emergente merece muito mais.
7 comentários:
Dizes que se não fosse por parte da sociedade brasileira ser exigente, Lula teria passado à primeira, mas se repararmos na base de apoio tradicional do PT, "exigente" não significa "informado". Penso que o descalabro, ou seja, a corrupção já é de tal ordem que é impossível de ignorar. Mas Lula foi inteligente, isto é, esperto. Faltou ao debate da primeira volta, onde seria trucidado, e agora já quer falar só com um interlocutor. Resta saber se este é homem para lhe dar a volta ou se vai deixar que o circo siga...
Para bem do Brasil, espero que Lula passe à história - mas nada garante que o próximo seja melhor e a sua entourage quase de certeza não o é. Enfim... Tudo acabará uma terça-feira qualquer.
Abraço,
RS
2006 trouxe eleições decepcionantes, meu caro... mas, quem sabe não nos surpreendamos no 2º turno...
Os eleitores ainda podem surpreender
bjinhos
"Sera será sera será que será?" canta Caetano Veloso na canção Podes Poderes...
O tempo gira, a engrenagem intensifica-se, os presidentes rolam e a canção nunca se desactualiza....
Votos de um bom feriado,
de um bom dia,
Van
PS-Quando a Meduza Azul me enviou por mail três ou quatro esboços para ir dando palavras à sua fantasia, as palavras não me saltaram logo à vista...
Uma manhã olhei e rindo-me, como se tivesse descoberto a polvora :))concluí que aquele falava por si mesmo! :)
Incrivel a profundidade do seu traço!
Vanda
A corrupção no Brasil faz parte do dia a dia da politica local. Escandalos são imensos, e lá como cá os corruptos concorrem e ganham. penso que nesta segunda volta esse vai ser o tema principal da campanha. Pela vantagem que tem o Lula provavelmente ganhará de novo.
abraço e bfs
PiresF
Como disse alguém: do péssimo que ganhe o menos ruim (não sei se foi assim, mas foi a ideia que me ficou). Eu só gostaria de levantar uma pequeníssima questão! Será que no Brasil pagam muito mal (mas mesmo muito mal)aos políticos??????!!!!!! É que não há ponta por onde se lhe pegue! E mais...
Falando da injustiça da distribuição da riqueza mundial em termos de países (no que respeita a recursos naturais) que parece que é inversamente proporcional à distribuição da riqueza per capita (os países com mais potencialidades naturais são aqueles onde a riqueza é pior distribuida)...bem...mas é melhor nem entrar por aí...
Boa tarde para si
P.S. condeno veementemente o perdão de dívidas externas a esses países.
(parece que Lula conseguiu pagar a dívida externa (ou parte dela)...e com isso credibilizar o país no estrangeiro)
é q lula vai-se safando com a mesma argumentação que reelegeu felgueiras e isaltino: "eles roubam, mas fazem". No caso de lula, ainda não é certo que tenha ordenado ou beneficiado directamente dos escândalos que assombraram o PT, e terá beneficiado ainda dessa dúvida... E que a condição de vida dos brasileiros mais pobres, melhorou, isso é reconhecido, e será um factor determinante nesta resilência... Isso mais a habituação que brasileiros estabeleceram entre Política e Corrupção...
Os votos do Lula estão concentrados na região nordeste, a mais pobre do país e a que foi mais "privilegiada" pelo atual Governo através dos seus programas sociais. Não tiro o mérito desses programas, apenas penso que são assistencialistas e que não houve investimentos suficientes na Educação, que é a verdadeira base para a mobilidade social. Infelizmente, algumas vezes tais programas se assemelham a "esmolas institucionalizadas" e, sendo um pouco mais grosseira, uma compra de votos das camadas mais pobres.
Abraços,
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