Como já tinha alertado, aqui está mais uma prova, esta, infelizmente concreta dos efeitos da chantagem e terror do fundamentalismo islâmico, que põe em causa a liberdade tolerante de criação e expressão do ocidente, em nome do respeito por aqueles que nunca respeitam ninguém
Berlim tem três salas de ópera sendo uma delas a Deutsche Oper, onde se levava a cabo numa adaptação da ópera em três actos “Idomeneo” de W. A. Mozart, com encenação do polémico Hans Neuenfels.
Em comunicado, a directora da Deutsche Oper, Kirstin Hamms, numa decisão histérica e de submissão antecipada que está a indignar os alemães e devia indignar todo o ocidente, anuncia a sua retirada da programação de Outono, prevista para os dias 5, 8, 15 e 18 de Novembro, pelo risco incalculável de desencadear reacções violentas nos radicais islâmicos, estando em causa, a encenação de Hans Neuenfels, que coloca Idomeneo, rei de Creta, a exibir as cabeças decepadas de Poseidon, Cristo, Maomé e Buda colocando-as em quatro cadeiras.
Esta decisão sem precedentes de autocensura nos termos em que é posta, é uma decisão cretina, ridícula e absolutamente inaceitável, revelando um medroso encolhimento e pondo em causa a cultura progressista e emancipatória da sociedade civil, levando o próprio ministro da cultura Bernd Neumann a dizer, que “a liberdade artística e a liberdade de expressão estão em perigo” acrescentando: “o diálogo entre culturas não pode ter êxito quando se tem medo da crítica e da controvérsia da liberdade artística” e o Ministro do Interior, Wolfgang Schaeuble a classificá-la de loucura inaceitável declarando: “ a liberdade de expressão não deve em caso algum limitar-se pelo medo”.
Esta decisão, sendo um sinal muito perigoso e um acto de covardia, limita a expressão artística. Que virá a seguir?
Berlim tem três salas de ópera sendo uma delas a Deutsche Oper, onde se levava a cabo numa adaptação da ópera em três actos “Idomeneo” de W. A. Mozart, com encenação do polémico Hans Neuenfels.
Em comunicado, a directora da Deutsche Oper, Kirstin Hamms, numa decisão histérica e de submissão antecipada que está a indignar os alemães e devia indignar todo o ocidente, anuncia a sua retirada da programação de Outono, prevista para os dias 5, 8, 15 e 18 de Novembro, pelo risco incalculável de desencadear reacções violentas nos radicais islâmicos, estando em causa, a encenação de Hans Neuenfels, que coloca Idomeneo, rei de Creta, a exibir as cabeças decepadas de Poseidon, Cristo, Maomé e Buda colocando-as em quatro cadeiras.
Esta decisão sem precedentes de autocensura nos termos em que é posta, é uma decisão cretina, ridícula e absolutamente inaceitável, revelando um medroso encolhimento e pondo em causa a cultura progressista e emancipatória da sociedade civil, levando o próprio ministro da cultura Bernd Neumann a dizer, que “a liberdade artística e a liberdade de expressão estão em perigo” acrescentando: “o diálogo entre culturas não pode ter êxito quando se tem medo da crítica e da controvérsia da liberdade artística” e o Ministro do Interior, Wolfgang Schaeuble a classificá-la de loucura inaceitável declarando: “ a liberdade de expressão não deve em caso algum limitar-se pelo medo”.
Esta decisão, sendo um sinal muito perigoso e um acto de covardia, limita a expressão artística. Que virá a seguir?
6 comentários:
Caro PiresF
"Que virá a seguir?" não sei, sinceramente, mas espero que não seja o obscurantismo contra o qual tanto lutámos.
Boa noite para si :)
Vão substituir o espectáculo pelo "Mil e Uma Noites", ou por um recital de alaúde?
Lamentavel a situação, cultura sendo oprimida por atos de barbarie...
O que vem a seguir é bom nem imaginar...
[s]s
É uma covardia inaceitável, porque limita a liberdade da expressão artística e cultural.
Mas que diabo, porquê ter medo de um ataque muçulmano se também está lá a cabeça de cristo? Ou será que estão também com medo do Ratzinger?
É lamentável esta situação covarde em que a directora colocou não só a ópera, mas também a própria Alemanha. Estão apenas a dar azo e incentivo ao terrorismo.
Um Abraço.
E isso porquê??? Não são as cabecinhas... É o facto de o Papa ser burro, ter dito o que disse... e ser alemão!
É triste, temo o pior para o desfeixo desta contenda...
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