“Uma razão surda face ao divino e que relega a religião para o domínio das subculturas é incapaz de tomar parte no diálogo de culturas”
Bento XVI na conferência de Ratisbona.
Lendo e ouvindo opiniões avulsas, umas sérias outras dantescas e homofóbicas, que só se aguentam com um saco de enjoo e, lembrando a atitude dos teólogos de Al-Azhar e do dirigente dessa instância suprema do Islão (sunita), Mohammed Tantaui, que sempre se mantiveram calados face ao terrorismo dirigido contra os ocidentais e os cristãos, ponho um ponto final na minha participação em discussões que envolvam religião. Não por padecer de pusilanimidade, de défice democrático e muito menos do Sindroma de Estocolmo, mas sim e por culpa, da falta de pachorra para o “agit-prop” e à convicção, que o dislate passa sempre ao lado do essencial.
Sigo a mensagem “As religiões nunca justificam o recurso à violência” do 20º encontro de Assis que teve lugar este mês e, finalmente, sem tergiversações, afirmo para que conste, preferir mil vezes o monoteísmo judaico-cristão ao monolitismo islâmico.
Sendo esta, por conveniente, a forma que escolho para encerrar este capitulo, não é no entanto flor do meu inteiro agrado, porque preferia terminar com bonomia, dizendo como aquele amigo do Paulo Nogueira (colunista do Expresso): “A culpa deste sarilho é da sura do Corão que promete 300 virgens – odaliscas nuas em pêlo, peritas na dança do ventre e sedentas de sexo – a cada fiel pio que ganhe o Paraíso. Como os fascistas islâmicos obrigam as suas mulheres a amortalhar-se em vestes que só deixam os olhos de fora, até na altura da cópula (perdendo eles e elas o melhor da festa), não admira que a testosterona lhes suba à cabeça e se imolem todos lampeiros”.
Posição tomada após uma sexta-feira de raiva, que termino com uma reflexão.
“Vendo o mundo de hoje, não existem motivos para sermos optimistas acéfalos, sejamos portanto pessimistas, mas façamos tudo, para provarmos que nos enganámos.” (*)
Júlio Machado Vaz
(*) Escrevo-a como a recordo da boca do autor numa madrugada insone, sem a certeza de ser inteiramente fiel à letra, mas convicto (no quanto é possível) de ser este o espírito.
Lendo e ouvindo opiniões avulsas, umas sérias outras dantescas e homofóbicas, que só se aguentam com um saco de enjoo e, lembrando a atitude dos teólogos de Al-Azhar e do dirigente dessa instância suprema do Islão (sunita), Mohammed Tantaui, que sempre se mantiveram calados face ao terrorismo dirigido contra os ocidentais e os cristãos, ponho um ponto final na minha participação em discussões que envolvam religião. Não por padecer de pusilanimidade, de défice democrático e muito menos do Sindroma de Estocolmo, mas sim e por culpa, da falta de pachorra para o “agit-prop” e à convicção, que o dislate passa sempre ao lado do essencial.
Sigo a mensagem “As religiões nunca justificam o recurso à violência” do 20º encontro de Assis que teve lugar este mês e, finalmente, sem tergiversações, afirmo para que conste, preferir mil vezes o monoteísmo judaico-cristão ao monolitismo islâmico.
Sendo esta, por conveniente, a forma que escolho para encerrar este capitulo, não é no entanto flor do meu inteiro agrado, porque preferia terminar com bonomia, dizendo como aquele amigo do Paulo Nogueira (colunista do Expresso): “A culpa deste sarilho é da sura do Corão que promete 300 virgens – odaliscas nuas em pêlo, peritas na dança do ventre e sedentas de sexo – a cada fiel pio que ganhe o Paraíso. Como os fascistas islâmicos obrigam as suas mulheres a amortalhar-se em vestes que só deixam os olhos de fora, até na altura da cópula (perdendo eles e elas o melhor da festa), não admira que a testosterona lhes suba à cabeça e se imolem todos lampeiros”.
Posição tomada após uma sexta-feira de raiva, que termino com uma reflexão.
“Vendo o mundo de hoje, não existem motivos para sermos optimistas acéfalos, sejamos portanto pessimistas, mas façamos tudo, para provarmos que nos enganámos.” (*)
Júlio Machado Vaz
(*) Escrevo-a como a recordo da boca do autor numa madrugada insone, sem a certeza de ser inteiramente fiel à letra, mas convicto (no quanto é possível) de ser este o espírito.
12 comentários:
Amigo Pires,
Se seguiste a minha incursão neste tema através d'A Sombra (aqui e na primeira parte, também) já sabes o que penso e não vou reabrir o assunto.
No entanto, para que conste (e eu sei que tu deves saber que é assim que penso), não sou defensor de nenhuma religião. Não chegarei tão longe quanto Fabien, que é inimigo declarado de todas as religiões "doutrinantes", mas acredito firmemente que, assim como não imagino um mundo sem Deus, um mundo sem religiões deste tipo seria um mundo melhor (as filosofias são outra história).
O ecumenismo é um mito (repetirei apenas isto) e o mundo é demasiado pequeno para mais que uma religião.
Os cristãos ortodoxos talvez o exponham melhor que ninguém:
"O ecumenismo é uma promiscuidade em pecado, já que pretende agremiar numa só confissão seitas cujo próprio surgimento e a "raison d'être" são desvios do caminho reto da tradição cristã original. É uma tentativa insólita de se chegar à Verdade através da aceitação simultânea de várias deturpações desta."
Ao menos estes não mentem.
Um abraço amigo,
RS
Esse é o melhor espírito!!!
Sabe que me lembro do Renato Russo em um de seus shows dizendo:
"Nenhuma guerra pode ser santa!"
Nada que use o nome de Deus ou as religiões para guerriar, diminuir, excluir ou qqer coisa ruim, pode ser bom....
Afz...
Nada mesmo!
Bjoquinhas e um lindo fim de semana!
Amigo Pires, como vai isso? Eu sei... Um pouco mal desde que começamos a jogar futebol contra equipas de andebol, mas isso é outra conversa e hoje há novo capitulo!
Quanto à religião... Bem, tenho a minha, que pode nem ser religião. Cada um tem a sua! Não se pode é querer matar o parceiro só porque reza de maneira diferente.
Concordo com a Nobre Dama: "Nenhuma guerra pode ser santa!"
Grande abraço!
Caro PiresF
Depois de postar o meu último comentário sobre este assunto no seu post anterior e lendo depois alguns comentários seguintes (que me deixaram perplexa), cheguei à conclusão de que apesar do que eu escrevi se coadunar com o meu pensamento(não foi uma boa altura para fazer a citação), foi um disparate tê-lo postado. Isto porque, não o sendo, pode ter sido interpretado como estando a veicular a ideia de que Bento XVI é que é o "mau da fita" e que "aqueles muçulmanos" é que são as vítimas (o que é absolutamente falso). Quanto muito são vítimas de si próprios.
Penso que o ecumenismo é o caminho para o entendimento de todos os seres humanos.
E desculpem-me se sou optimista :)
Bom fim de semana para si :)
E daqui tiro o meu chapeu a este post BRILHANTE
abraços
"Prefero mil vezes o monoteísmo judaico-cristão ao monolitismo islâmico". Infelizmente, também nós já tivemos a nossa quota parte de violência na História Mundial (quem se esquece da Inquisição, p.ex.), e infelizmente as religiões são constituidas por Homens. Apesar do ideal, quer seja de Cristo, Maomé, Buda ou quem quer que seja, ser um bom ideal, os Homens aproveitam-se da religião à sua maneira e em seu proveito.
Amigo Pires:
Obrigado pela visita ( a primeira da comunidade! ) ao meu renascido blog. O pequeno texto que encontrou é um excerto de um total de 600 (+-) páginas de um projecto que irei revelando durante esta semana... Bem, já não é apenas projecto... Obrigado pelo que disse sobre o tal excerto! Detesto o rococó :)
Mais tarde conto com o seu apoio! Uma pequena divulgação já seria perfeito e ficar-lhe-ia grato... Mas isso é só lá mais para o principio da semana.
Grande Abraço!
*0-2 :)
frequentei (não terminei) uma pós graduação em sociologia da religião e do pensamento religioso.
não conheço religião nenhuma que apele à violência.
Também sei que quando se vai falar de religião tem de se ser imparcial.
Existe, porém, religião/igreja/homens/lideres/política/fanatismo/média/grupos extremistas.
Boa tarde
Pires F, sou velha demais para discutir culturas. Viajei demais para saber que nem tudo o que parece é. Sofretudo o que nos parece a nós ocidentais que é certo pode não o ser para outros... Já mostrámos isso à saciedade por onde fomos colonos.
As únicas coisas realmente´erradas são o radicalismo e o obscurantismo em que se mantém povos por interesse económico e politico, em nome de Deus.
Mas até aí este papa e particurarmente este, se devia abster de dizer asneisras, ou já que persiste que assuma de vez ser tão fascista como os outros. Aí sim, concordaria com o q vens vindo a escrever.
Gosto de ti.
Abraço grande.
:)
recurso à violência é um facto admitido, não só na teoria política mas também na jurisprudência islâmica
eu sei e não gosto :(
Prometo que amanhã te leio.
Com calma e tempo.
hoje, so passei para te agradecer :)
pronto, está bem :)) posso deixar também uma fatia de tarte de maçã :))
beijinho
Van
Estive Há pouco tempo na Tunisia e antes da Tunisia, conheci o Senegal e Marrocos.
Viagens parcas em tempo mas que me deram o conhecimento dos homens e das mulheres e das crianças.
Dos seus corações.
E é sempre sobre as pessoas que falo...só espero que nenhuma religião consiga dividir e separar as pessoas que embora de origens religiosas tão (?) diferentes, um dia se conseguiram abraçar.
E estar bem.
e celebrar esse momento para o resto das suas vidas.
Van
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