O Caso Charrua

Afinal, há falta de argumentos para defender ideias defendem-se sentimentos, tarefa que só requer paixão e, nesta lógica, que alguns considerarão pobre mas é o que se arranja, foi o sentimento que levou a superiora do prof. Fernando Charrua, a instaurar o tal processo que, em despacho de ontem, conforme a comunicação social de hoje, a ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues mandou arquivar.
Parece ter-se enfim concluído: aquilo que Fernando Charrua terá dito, enquadra-se no direito à liberdade de opinião e critica política, logo, naturalmente aceitável por não visar um superior hierárquico directo.

Com a contenção e pudor que o caso merece, mas porque a critica é necessária ao saudável encontro com a minha almofada (não vá o diabo tece-las), acrescentarei:

O essencial da questão e que importa sublinhar é: nenhuma sociedade livre pode sobreviver pela criminalização de opiniões discordantes. O temor e a falta de inscrição dos povos provoca o nascimento das tiranias e, os tiranos, incapazes de tolerar ou refutar intelectualmente opiniões contrárias, preferem proibi-las.
Assim, como pessoa de bem, aqui fica a minha total concordância com a decisão da senhora ministra pelo seu quê de pedagogia política, mesmo não lhe restando outra saída, ou talvez, por isso mesmo.
E pronto, já sinto a luz a descer sobre a minha cabeça.

17 comentários:

Anónimo disse...

Estou por fora desse assunto...o que houve exatamente?

Anónimo disse...

Tomemos cuidado então com nossas conversas privadas, porque a falta de liberdade de expressão parece aquelas historias de terror que ninguém acredita que exista, mais sempre causa medo...
Sociedade democrática, as vezes parece que muitos esquecem o que significa isso...

Agora ter opinião é crime, que isso "insultar" o primeiro-ministro, nunca, é ma situação extremamente grave e inaceitável, não está bom, então fique em silêncio, não fale nem com amigos.

Agora será que terminou a novela, será que Charrua vai voltar à DREN?
Depois de todo circo armado, a Maria de Lurdes acabou com a festa de vez, se fosse no Brasil era de se desconfiar que foi tudo para tirar atenção de outros casos mais graves...

Abraços grande amigo.

[s]s

José Pires F. disse...

Cilene!

Expliquei sucintamente lá no teu sitio.


Bill!

Pois é amigo… vejo que estás por dentro do problema. Até falas da DREN.
Por cá, também existe o hábito de criar algumas distracções com intenção de ocultar problemas maiores, mas não foi o caso. Este é de facto um caso de avanço das hostes controladoras socretistas, como antes já tinha acontecido com as cavaquistas. O problema é que, a besta começa assim, com pequenos mas importantes avanços que têm de ser cortados pela raiz.
Se o prof. volta à DREN não sei, já que, em consequência deste processo ele falou muito, atacou e continua a atacar muita gente, o que não quer dizer que não tenha razão, mas isso já é um outro problema, embora pareça o mesmo.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Poizé amigo, tenho lido sobre esse assunto desde o começo... coisas estranhas.

Tinha me esquecido no entanto disso, que agora que se armou as trincheiras, voltar tudo ao normal como se nada tivesse acontecido se torna meio impossível (=

[s]s

mac disse...

Só foi pena a tal directora da DREN ter sido reconduzida no cargo. A prepotência e perseguição também se deveriam pagar.

Maite disse...

Caro PiresF

E é perante estes casos que sentimos que vivemos numa sociedade livre em que todos têm a liberdade de expressar a sua opinião. Mas a liberdade não é um dado definitivamente adquirido, é algo para conquistar todos os dias.

Abraço e boa noite para si

José Pires F. disse...

Maite!

Cara amiga, como não concordar com cada palavra do seu comentário. É isso mesmo.

Grande abraço.

José Pires F. disse...

Mac!

Pois é minha amiga, eu escusei-me a comentar esse facto devido a não estar por dentro de todos os pormenores, e poder incorrer no usual erro de falar do que não sei.

Existem coisas diferentes em tempos diferentes e eu não corro o risco de reabilitar alguém pelo castigo, até porque, o crime nem sempre implica um castigo material e esta medida politica e pedagógica de Maria de Lurdes Rodrigues é muito mais importante como disse no post.

Era uma vez um Girassol disse...

Olá Pires, é bom voltar a ler-te! E assim se chegou ao fim desta história fascinante da DREN e a sua directora socratiana.
Deus nos livre de mais PM's com nomes de filósofos...
Cá para mim, não são uma boa aposta, pela amostra!!!
É mentira que não haja medo...
É mentira que não haja bufos...
É mentira que a repressão não esteja a aumentar sobre as pessoas...
Pinóquio, pinóquio, porque te cresce afinal o nariz?
Cá por mim, utilizo a política do zip...
Beijinhos

Anónimo disse...

2 anos e 1 dia (=

Parabéns e vida longaaaaaaaaa para p Espreitador.


Abraços amigo.


[s]s

Parrot disse...

Ainda agora, como antes, a liberdade é feita de pequenas conquistas...no dia-a-dia.

Grande abraço meu caro Piresf.

Nina disse...

Haa, meu amigo!!! Minha alma carrega a melancolia portuguesa, talvez herança da ascedência por parte de pai, hehe!

(Depois eu passo pra visitar direitim, viu??)

Saudades!!

Nina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Klatuu o embuçado disse...

Infelizmente... este Governo ficará para a História como o mais tirânico desde o 25 de Abril!

Abraço.

Anónimo disse...

finalmente.
o enorme prazer da lucidez.
o reencontro com a inteligência.


festejo este regresso.

que me fazia falta.


e um visual "cada vez mais claro e incisivo".

como a dissertação sobre mais um dos tantos absurdos deste governo.


beijo. iluminado. :))))
deixo tb um abraço ao Bill.




isabel mendes ferreira.

Anónimo disse...

finalmente.
o enorme prazer da lucidez.
o reencontro com a inteligência.


festejo este regresso.

que me fazia falta.


e um visual "cada vez mais claro e incisivo".

como a dissertação sobre mais um dos tantos absurdos deste governo.


beijo. iluminado. :))))
deixo tb um abraço ao Bill.




isabel mendes ferreira.

Outsider disse...

Estou certo que estás mais "iluminado" e que já fizeste as pazes com a almofada. Considero inadmissível que depois de um caso como este, a senhora directora e a senhora ministra ainda estejam em funções. Infelizmente é este o país que temos...
Um Abraço.