Tudo bem... mas escrever o quê e sobre quê? A não ser que se escreva por escrever que, é o mesmo que escrever sobre nada, tentando por exemplo, o caminho hilariante argumentativo ou, o argumentativo sério, fazendo esforço para que o apresentado pareça parido da facilidade e com algum recorte literário como reflecte o mundo comunicacional em alguns dos seus artigos de opinião e, fácil é, parecer o que se não é, bastando para isso algum jeito e um pequeno bolso de conhecimento que alguns, infelizmente, insistem em não usar deixando adensar o sentido de grandes pensamentos que se presume, com dificuldade é certo, queriam ter tido.
Acontece que, tudo o que me vem à parte que fica entre as orelhas, devido sem dúvida ao analfabetismo funcional, provocado pela insistência em ouvir e ler a nossa comunicação social, já está dito e escarrapachado, e, nalguns casos, até de forma escorreita, notando-se ora aqui, ora ali, algum estudo antecessor.
Ora, sendo assim, tentarei contribuir com algo racional, que, no meu fraco entendimento deve estar sempre presente nas coisas emocionais, sob pena, de se perder o norte e consequentemente a razão.
Vamos lá.
Dias atrás, recebi um email para assinar uma petição com vista à libertação de Luís Gomes, o tal sargento que, segundo a sensibilidade do órgão cardial que bem caracteriza o povo português e no qual evidentemente me incluo, está injustamente preso devido ao caso de sonegação da bebé Esmeralda, mas, não assinei.
Desde logo o caso pareceu-me estranho e suscitou dúvidas sobre a razão da petição, embora esta, por ter sido enviada por um amigo que não costuma fazer julgamentos precipitados, me tenha inicialmente encostado para o lado do sargento Gomes.
Ao jantar trouxe o assunto à mesa e, desde logo, a minha mulher me pareceu bem mais informada e ponderada que outros avaliadores da questão em causa: lembrava-se do caso, não era de agora e já tinha tempo, para além de se lembrar, que o pai biológico há muito que a tentava recuperar, tendo inclusive em determinada altura, recorrido ao programa matinal do Goucha para que o ajudassem a recuperar a criança.
Assim, há falta de melhor para fazer e também, porque o caso nos despertou curiosidade, decidimos acompanhar com mais atenção a historia, infelizmente real, que agora mobiliza, preocupa e sobre a qual já “todos” têm uma opinião formada. A leitura dos vários artigos na comunicação social foi feita, alguns programas na televisão foram vistos e finalmente o acórdão do Tribunal Judicial de Torres Novas foi estudado.
Concluímos então:
1 - Desde Fevereiro de 2003 que a Esmeralda Porto está desaparecida e também que, em 11 de Julho de 2002 (cinco meses após o seu nascimento), Baltazar, o pai biológico que tinha dúvidas sobre a paternidade, declara em tribunal, assumir a paternidade se os testes hematológicos indicarem ser o pai, o que vem a fazer a 24 de Fevereiro de 2003, imediatamente após tomar conhecimento do resultado do exame hematológico, perfilhando a filha Esmeralda a 27 desse mes e manifestando junto do Procurador Adjunto dos Serviços do Ministério Público de Sertã, o desejo de regular o exercício do poder paternal e ficar com a menor à sua guarda e cuidado.
2 - Que de imediato procurou a filha junto da mãe, que a tinha supostamente em seu poder e no entanto, aquela com informações erróneas e equivocas, lhe ocultou o paradeiro, tendo só vindo a saber onde se encontrava, mas não em que circunstâncias, após sucessivas insistências junto do Ministério Público de Sertã que lhe fornece a localização em 12 de Junho de 2003.
3 - É do conhecimento geral que as circunstancias em que o casal Gomes recebe a 28 de Maio de 2002 a pequena Esmeralda das mãos da sua mãe não abonam a seu favor, todos sabemos, não ser assim que se adoptam crianças em Portugal, independentemente de concordarmos ou não com o longo processo burocrático a que os serviços da Segurança Social obrigam.
4 - A 13 de Julho de 2004, é proferida sentença pelo 2º Juízo do Tribunal Judicial da comarca de Torres Novas que determina a atribuição da Esmeralda ao pai Baltazar, sentença a que o casal Gomes tenta interpor recurso, não sendo aceite por falta de legitimidade da parte e, desde essa altura, a Esmeralda que agora em termos práticos dá pelo nome de Ana Filipa, vive em parte incerta, presume-se, com Maria Adelina e conhecendo Luís Gomes o seu paradeiro.
5 - Baltazar fez no entretanto e em vão, diversas tentativas para que a filha lhe fosse entregue, que nesse entretanto, a pequena Esmeralda conheceu cinco residências diferentes entre Torres Novas e o Entroncamento e mais duas, uma em Mação e outra em Estremoz, com os avós adoptivos.
6 - O casal Gomes também não permitiu as visitas da mãe biológica Aidida Porto, facto que a levou a 25 de Novembro de 2003 a pedir a guarda da menina e a regulação do poder paternal junto do Ministério Público acusando o casal Gomes de negarem a sua entrega, de não a receberem e não atenderem o telefone e mais: recorreu aos serviços de um detective particular para descobrir o seu paradeiro e posteriormente disse ter sido mal aconselhada e estar a Esmeralda muito bem com o casal Gomes, para vir agora e mais uma vez, alterar a sua posição, mostrando-se na disposição de recorrer para obter a guarda da Esmeralda.
7 - A Segurança Social de Santarém diz ter o casal Gomes condições morais e económicas para serem bons pais e o Instituto de Reinserção Social diz o mesmo de Baltazar Nunes, ou seja: os relatórios consideram que, quer o casal Gomes, quer o Baltazar, têm condições para dar à Esmeralda o ambiente adequado ao seu desenvolvimento.
Acontece que, tudo o que me vem à parte que fica entre as orelhas, devido sem dúvida ao analfabetismo funcional, provocado pela insistência em ouvir e ler a nossa comunicação social, já está dito e escarrapachado, e, nalguns casos, até de forma escorreita, notando-se ora aqui, ora ali, algum estudo antecessor.
Ora, sendo assim, tentarei contribuir com algo racional, que, no meu fraco entendimento deve estar sempre presente nas coisas emocionais, sob pena, de se perder o norte e consequentemente a razão.
Vamos lá.
Dias atrás, recebi um email para assinar uma petição com vista à libertação de Luís Gomes, o tal sargento que, segundo a sensibilidade do órgão cardial que bem caracteriza o povo português e no qual evidentemente me incluo, está injustamente preso devido ao caso de sonegação da bebé Esmeralda, mas, não assinei.
Desde logo o caso pareceu-me estranho e suscitou dúvidas sobre a razão da petição, embora esta, por ter sido enviada por um amigo que não costuma fazer julgamentos precipitados, me tenha inicialmente encostado para o lado do sargento Gomes.
Ao jantar trouxe o assunto à mesa e, desde logo, a minha mulher me pareceu bem mais informada e ponderada que outros avaliadores da questão em causa: lembrava-se do caso, não era de agora e já tinha tempo, para além de se lembrar, que o pai biológico há muito que a tentava recuperar, tendo inclusive em determinada altura, recorrido ao programa matinal do Goucha para que o ajudassem a recuperar a criança.
Assim, há falta de melhor para fazer e também, porque o caso nos despertou curiosidade, decidimos acompanhar com mais atenção a historia, infelizmente real, que agora mobiliza, preocupa e sobre a qual já “todos” têm uma opinião formada. A leitura dos vários artigos na comunicação social foi feita, alguns programas na televisão foram vistos e finalmente o acórdão do Tribunal Judicial de Torres Novas foi estudado.
Concluímos então:
1 - Desde Fevereiro de 2003 que a Esmeralda Porto está desaparecida e também que, em 11 de Julho de 2002 (cinco meses após o seu nascimento), Baltazar, o pai biológico que tinha dúvidas sobre a paternidade, declara em tribunal, assumir a paternidade se os testes hematológicos indicarem ser o pai, o que vem a fazer a 24 de Fevereiro de 2003, imediatamente após tomar conhecimento do resultado do exame hematológico, perfilhando a filha Esmeralda a 27 desse mes e manifestando junto do Procurador Adjunto dos Serviços do Ministério Público de Sertã, o desejo de regular o exercício do poder paternal e ficar com a menor à sua guarda e cuidado.
2 - Que de imediato procurou a filha junto da mãe, que a tinha supostamente em seu poder e no entanto, aquela com informações erróneas e equivocas, lhe ocultou o paradeiro, tendo só vindo a saber onde se encontrava, mas não em que circunstâncias, após sucessivas insistências junto do Ministério Público de Sertã que lhe fornece a localização em 12 de Junho de 2003.
3 - É do conhecimento geral que as circunstancias em que o casal Gomes recebe a 28 de Maio de 2002 a pequena Esmeralda das mãos da sua mãe não abonam a seu favor, todos sabemos, não ser assim que se adoptam crianças em Portugal, independentemente de concordarmos ou não com o longo processo burocrático a que os serviços da Segurança Social obrigam.
4 - A 13 de Julho de 2004, é proferida sentença pelo 2º Juízo do Tribunal Judicial da comarca de Torres Novas que determina a atribuição da Esmeralda ao pai Baltazar, sentença a que o casal Gomes tenta interpor recurso, não sendo aceite por falta de legitimidade da parte e, desde essa altura, a Esmeralda que agora em termos práticos dá pelo nome de Ana Filipa, vive em parte incerta, presume-se, com Maria Adelina e conhecendo Luís Gomes o seu paradeiro.
5 - Baltazar fez no entretanto e em vão, diversas tentativas para que a filha lhe fosse entregue, que nesse entretanto, a pequena Esmeralda conheceu cinco residências diferentes entre Torres Novas e o Entroncamento e mais duas, uma em Mação e outra em Estremoz, com os avós adoptivos.
6 - O casal Gomes também não permitiu as visitas da mãe biológica Aidida Porto, facto que a levou a 25 de Novembro de 2003 a pedir a guarda da menina e a regulação do poder paternal junto do Ministério Público acusando o casal Gomes de negarem a sua entrega, de não a receberem e não atenderem o telefone e mais: recorreu aos serviços de um detective particular para descobrir o seu paradeiro e posteriormente disse ter sido mal aconselhada e estar a Esmeralda muito bem com o casal Gomes, para vir agora e mais uma vez, alterar a sua posição, mostrando-se na disposição de recorrer para obter a guarda da Esmeralda.
7 - A Segurança Social de Santarém diz ter o casal Gomes condições morais e económicas para serem bons pais e o Instituto de Reinserção Social diz o mesmo de Baltazar Nunes, ou seja: os relatórios consideram que, quer o casal Gomes, quer o Baltazar, têm condições para dar à Esmeralda o ambiente adequado ao seu desenvolvimento.
Resumindo:
A Esmeralda é entregue ao casal Gomes a 28 de Maio de 2002, tinha então 3 meses. O casal Gomes não inicia nenhum processo de adopção, fica pura e simplesmente com a miúda.
Em 11 de Julho de 2002, tinha então a miúda 5 meses, Baltazar declara em tribunal, assumir a paternidade se os testes hematológicos indicarem ser o pai.
Em Janeiro de 2003, 8 meses depois de a terem, o casal Gomes sabendo que o resultado do exame hematológico sairia em Fevereiro, iniciam o processo de adopção.
A 24 de Fevereiro de 2003, tinha a Esmeralda 1 ano, é conhecido o resultado e começam então as tentativas de Baltazar para ver a filha, coisa que sempre lhe foi negada.
A Esmeralda é entregue ao casal Gomes a 28 de Maio de 2002, tinha então 3 meses. O casal Gomes não inicia nenhum processo de adopção, fica pura e simplesmente com a miúda.
Em 11 de Julho de 2002, tinha então a miúda 5 meses, Baltazar declara em tribunal, assumir a paternidade se os testes hematológicos indicarem ser o pai.
Em Janeiro de 2003, 8 meses depois de a terem, o casal Gomes sabendo que o resultado do exame hematológico sairia em Fevereiro, iniciam o processo de adopção.
A 24 de Fevereiro de 2003, tinha a Esmeralda 1 ano, é conhecido o resultado e começam então as tentativas de Baltazar para ver a filha, coisa que sempre lhe foi negada.
A fuga dura há 4 anos, tendo entretanto a Esmeralda conhecido várias residências.
Perante isto, uma breve e ligeira consideração:
Esta coisa das certezas morais quando esbarram com os factos são uma chatice, mas alguns não têm problemas com isso e, assim, a comunicação social após saber que pessoas diversas mas com o monarca no baixo-ventre, como são; Maria Barroso e Manuela Eanes, estavam do lado do casal Gomes, fazendo uso do dito popular “a cavalo dado não se olha o dente” não teve dúvidas em alinhar a mira com estas e desatar aos tiros no Baltazar. Ora, este alinhamento, teve um efeito mobilizador na população e, não fosse o terem sonegado com intenção ou puro desconhecimento informação fulcral, até se dava de barato a licitude de tal empreendimento, embora, tenha para mim, que sou pessoa de pouco entendimento como já disse, haver crianças com problemas muito maiores que os da Esmeralda (esta, até ver, tem duas famílias que a querem) e não merecem por parte destes tais assomos de preocupação, mas, e aqui é que está o fulcral da história: a coisa cheirava a dramalhão, com todos os ingredientes capazes de fazer chorar as pedras da calçada, só faltava dar um jeitinho.
Uma pergunta:
Será Baltazar o demónio como nos querem convencer e, o sargento Gomes, um santo?
Nota final:
Veremos como isto se resolve, mas, para já, existe um risco efectivo: Se a criança ficar com os pais adoptivos, está criado o procedente para que a venda de crianças prolifere neste país.
Perante isto, uma breve e ligeira consideração:
Esta coisa das certezas morais quando esbarram com os factos são uma chatice, mas alguns não têm problemas com isso e, assim, a comunicação social após saber que pessoas diversas mas com o monarca no baixo-ventre, como são; Maria Barroso e Manuela Eanes, estavam do lado do casal Gomes, fazendo uso do dito popular “a cavalo dado não se olha o dente” não teve dúvidas em alinhar a mira com estas e desatar aos tiros no Baltazar. Ora, este alinhamento, teve um efeito mobilizador na população e, não fosse o terem sonegado com intenção ou puro desconhecimento informação fulcral, até se dava de barato a licitude de tal empreendimento, embora, tenha para mim, que sou pessoa de pouco entendimento como já disse, haver crianças com problemas muito maiores que os da Esmeralda (esta, até ver, tem duas famílias que a querem) e não merecem por parte destes tais assomos de preocupação, mas, e aqui é que está o fulcral da história: a coisa cheirava a dramalhão, com todos os ingredientes capazes de fazer chorar as pedras da calçada, só faltava dar um jeitinho.
Uma pergunta:
Será Baltazar o demónio como nos querem convencer e, o sargento Gomes, um santo?
Nota final:
Veremos como isto se resolve, mas, para já, existe um risco efectivo: Se a criança ficar com os pais adoptivos, está criado o procedente para que a venda de crianças prolifere neste país.
21 comentários:
ora ai está um texto que merece um print e uma leitura (e resposta) cuidada...
Veja qm voltou!!! Q bom te ter de volta... com mais um texto reflexivo e envolvente! Realmente merece uma leitura cuidadosa para não perder as minúcias... Pra qm não sabia sobre o que escrever no início do texto, ficou uma beleza! Também estou um tanto retirada...
Beijos a ti e que venham mais textos!
recebi o mesmo email e não assinei pela mesma razão. deixo aos tribunais a decisão pela mesma razão que citou. (e vai-se lá saber se não existem ainda mais pormenores desconhecidos).
se vamos começar a desacreditar em todos os tribunais então o melhor é empacotar os pertences e mudar definitivamente de país.
um excelente post
boa noite
Mais que falar sobre o post quero é dar as boas vindas ao nosso amigo Pires F. Já tinhamos saudades dos seus lucidos e bem escritos textos.
Quanto ao texto, não tenho juizos de valor a fazer. Neste, como em qualquer outro caso em que entrem crianças, o mais importante deveria ser sempre a criança. O que correu mal aqui é uma vez mais , mais do mesmo; a velocidade da justiça. Gom a sua lentidão deixou crescer a criança e criou um problema que nunca deveria ter existido.
um abraço
Muito oportuno Pires. Recebemos o mesmo mail e não assinamos pelos mesmos motivos.
Bom dia.
Também acho que, acima de tudo, deveriam ser salvaguardados os interesses da criança, coisa que não está a acontecer. Qualquer que seja a decisão final, vai ser muito complicada.
"Veremos como isto se resolve, mas, para já, existe um risco efectivo: Se a criança ficar com os pais adoptivos, está criado o procedente para que a venda de crianças prolifere neste país."
_________devastador.
a lucidez ao serviço da inteligência.
_______________excelente regresso.
beijo. a melhorar.
:)))))))))))))))
Pires, meu amigo,
sinceramente mais do que se a criança fica com o pai biológico ou o adoptivo, isso é para os tribunais e apenas tenho pena das nossas crianças, mas tu, o teu regresso, teres vindo de novo a ocírculo e nos brindado com a qualidade da tua escrita, isso sim eu aplaudo!
Bem vindo de volta. Um grande grande abraço
Olá Voltei:))
O meu comentário de hoje, tem que ser assim um simples – olá e um muito sentido – obrigada – pela visita na minha ausência.
Isto é para eu ter tempo de visitar a todos.
Beijos com muito carinho
bom dia.....
um beijo para ajudar ... .... a curar....maleitas....
:))))))))))))))
beijo.
Amigo Pires!!!
Finalmente de volta! Que saudades que eu tinha dos teus textos. Sê bem regressado!
Relativamente ao caso em questão, sou forçado a admitir que me deixei levar um pouco e aminha opinião tende para favorecer os pais adoptivos, mas após o teu texto fiquei com dúvidas. No entatno vou aguardar pela análise do Rui que tem sido o grande analista desta questão.
Tinha mesmo saudades de ler estes teus magníficos e lúcidos textos.
Se possivel vê lá se escreves mais regularmente. :)
Um grande Abraço.
A isto chama-se informação, coisa que deveriam ser os media a fazer, mas como são parciais...
Só tenho a dizer: coitada é da miúda.
Amigo Pires, você é um homem inteligente e sensato... que é muito mais do que posso dizer da maioria dos meus contemporâneos!!
Porque não se fazem petições neste País para que se acelere o julgamento dos pedófilos da Casa Pia???
A criança está sequestrada há quatro anos... porque só agora o sequestrador foi detido??? A Justiça neste País tem sonos tão prolongados???
Ser militar neste País é ser mais que os demais cidadãos??? Não deve o militar, mais que o civil, ser um exemplo do cumprimento da Lei???
(Nem que seja para tranquilidade do cidadão civil... Que não dispõe quando vai a Tribunal da «escolta» de dois matulões fardados a darem-lhe palmadinhas nos ombros!!)
Mais: a atitude do senhor Sargento é em tudo preocupante!... e só pode levar a interrogações acerca da estabilidade psicológica da sua personalidade!! Não é pessoa da qual quisesse que a minha segurança dependesse... fosse em tempo de paz, fosse em tempo de guerra!!
Podemos louvar a sua atitude de «abnegação e sacrifício»???... Podemos, claro, mas teremos que regredir a um conceito de masculinidade castrense... medieval!!!... e a um conceito de paternidade... machista!!!
Tudo isto nos deve levar a uma reflexão funda, enquanto Portugueses e enquanto homens e mulheres... QUE PODERES PÉRFIDOS GOVERNAM NA SOMBRA ESTE PAÍS???????????
O Povo Português é estúpido??? Se não é, parece! E de uma coisa tenho eu a certeza: O POVO PORTUGUÊS É EMOCIONALMENTE ESTÚPIDO: PERFILA-SE À PORTA DAS ESCOLAS COM IMAGENS DE FETOS ESTROPIADOS... E FAZ PETIÇÕES PARA LIVRAR DA PUNIÇÃO MERECIDA UM MILITAR QUE COMETEU UM DELITO GRAVE!!!
Se compreendo a atitude do senhor Sargento? Sim, compreendo... mas os códigos da sociedade civil... e familiar... nunca poderão ser o da violência das casernas!!!
Já alguém pensou na criança em causa??? Que lhe poderemos dizer - quando for mulher - de lhe ter sido retirado o direito de conhecer o pai? Que tudo tem feito para a poder educar como sua filha (que o é!)... ou pura e simplesmente de lhe poder ver o rosto e acariciar-lhe os cabelos???
Meu Padrinho... um grande beijo pelo teu regresso :)
Ainda bem que levantaste esta questão, pois tenho sentido que vivo numa espécie de país que não passa de um gigantesco manicómio! Este caso, como dizes, é mais um exemplo de pura e ultrajante manipulação colectiva, por parte dos meios de comunicação e de quem detém algum poder. E o mais incrível é que, sem se informarem devidamente, as pessoas logo tomam posição, condenando o pai biológico, que me parece ter sido sempre o elo mais fraco, por não ter conhecimentos, cunhas ou poder.
É incrível esta «cruzada»... como diz o Klatuu, que raio de resposta vai este país dar a esta criança ao negar-lhe o direito de conhecer e crescer com o pai biológico?! Mais... que raio de amor é este que este senhor militar afirma sentir por esta menina? É isto o amor de pai?
A situação é francamente preocupante,pois é sinal da estupidificação das gentes deste país...das instituições que não funcionam devidamente... da carneirada acéfala crescente...
Maus tempos estes em que vivemos... e um futuro que nada de bom augura.
Beijocas grandes
P.S. Faz-nos falta Salomão e a sua espada da justiça!
um beijinho Pires.
desculpa, mas não me apetecia voltar ao caso...saúdo o teu regresso e vou-me.
bom fim de semana
Bem-vindo Pires, já fazias falta por estas bandas. Espero que completamente curado de tudo. Cumps!
Raciocínio claro, escrita impecável, informando e obrigando-nos a colocar questões...
Muito bem, Pires, essa maldita não te afectou...Estás pronto para continuar a encantar-nos com o teu humor, crítica social e política!
Adiante...Força!
Beijinhos
Excelente exposição. Por que motivo ainda não vi nada semelhante nos orgãos de comunicação social (os mesmos que nos venderam a notícia inicial).
Tanta coisa para chegarmos sempre à mesma conclusão:
A justiça portuguesa é lenta e só faz merda!
Entretanto mais uma vitíma: a criança!
Nao tenho acompanhado a situação... irrita me que a mediatização de certas situações deixe de parte factor importantes e que os responsaveis por essas lacunas se aplidem de profissionais da comunicação....
Bom regresso e com matéria para reflectir.
Lamentável a posição da Televisão Pública no programa "Prós e Contras", sobre o caso, com a pivot do dito cujo, a tomar partido por uma das partes. Lamentáveis também as ovações da plateia (constituida maioritariamente por trabalhadores da Segurança Social, segundo informação da tal pivot) quando os convidados argumentavam a favor da pessoa que tem à guarda(?!) a menina.
Lamentaveis as encenações que chegam ao cúmulo de um preso aparecer fardado num tribunal civil.
Não tomo partido porque não tenho dados suficientes para o fazer. Mas o que sei, é suficientemente grave para o futuro desta criança (já gravemente comprometido) e com responsabilidades de todas as instituições e personagens que compôem este caso.
O teu último parágrafo, reflecte o que muito boa gente cala, e que não se compreende porque neste vendaval de discussões e artigos de opinião nunca se colocou. Mas nós sabemos porquê. Não se podem escancarar -sem mais nem menos, as portas que dão acesso à exigência...
abraço amigo.
Passei para te deixar um abraço e desejar que essa neura(?) passe....
Então????
Saudade, amigo Pires, das tuas visitas ...
Enviar um comentário