Na História do Futuro podemos ler o seguinte:
Tudo que abraça o mar, tudo que alumia o sol, tudo o que cobre, e rodeia o sol, será sujeito a este Quinto Império: não por nome ou título fantástico, como todos que até agora se chamaram impérios do mundo; senão por domínio, e sujeição verdadeira. Todos os reinos se unirão em um ceptro, todas as cabeças obedecerão a uma suprema cabeça, todas as coroas se rematarão em um só diadema, e esta será a peanha da cruz de Cristo. (1)
É este o império espiritual do padre António Vieira, implantado sob a Cruz e que, no rasto do sapateiro de Trancoso cujas profecias datavam de 1554, predizia o mito sebástico vinte e quatro anos antes da batalha de Alcácer Quibir.
Antes do Padre António Vieira, já Francisco Paula nas cartas proféticas a Simão Ximenes, Nostradamus nas Centúrias, e Bandarra, no terceiro corpo, procuraram explicar o sonho de Nabucodonosor na interpretação de Daniel, atribuindo-lhe um sentido favorável ao Ocidente.
(1) – História do Futuro, Oficina de António Pedrozo Garlam, ano de 1728, p. 32-33.
9 comentários:
Caro Pires,
Não me leve a mal por levantar esta questão, mas não acha que o estudo deste documento ganha outra dimensão à luz do título desta série de entradas?
Um abraço,
RS
Rui Semblano!
Levar a mal porquê? Todas as questões são válidas, pelo menos para quem as coloca e acredite que assim penso quando leio algo, mesmo que não me agrada, o que não é o caso.
De facto é como diz. Estes posts são parte de um estudo que deveria ser postado de uma só vez, acontece, que se o fizesse, ninguém o leria por ser extenso e por isso a decisão da sua divisão com vista à leitura na blogosfera.
O título têm a ver com o documento no seu todo e aceito que em determinados posts possa parecer fora do contexto.
Um abraço.
Amigo Spartakus!
Longe de mim pensar que não sabes escrever, penso sim é que não queres escrever bem, e disso, sinceramente tenho pena, pois os mais capazes como tu, deviam dar o exemplo para quem por aqui anda e não sabe de facto escrever.
Quando me refiro ao mais capazes, sei bem que és um deles, porque, por vezes, as escolhas que fazes para os teus posts revelam que não andas por aí à toa e que sabes muito mais do que demonstras.
Aquilo que eu “disse” no Contra Capa, era evidentemente uma brincadeira, pois sei bem que a Cristina e tu sabem escrever e que entram na brincadeira de escrever assim porque lhes dá gozo.
Agora e para que não existam mal entendidos no futuro, não me leves demasiado a sério, porque nem eu me levo, e também não pretendo ser professor e muito menos dar lições a ninguém. Simplesmente brinco com pessoas de quem gosto, pois de contrário nem me daria ao trabalho.
Um grande abraço.
várias razões para vir aqui e voltar (se me for permitido, claro):
escreve-se bem aqui.
sabe-se bem aqui.
não é "colado" é assimilado
não é fogo de artificio. é lume. mesmo.
e depois ....é do Sporting....:)
(belíssimo e atempado post)
beijo.
(isa)
Mendes Ferreira
Como não permitir (!?) É sim, um enorme prazer recebê-lo por cá e saber que alguém acompanha e gosta destes posts.
Verifico que também é sportinguista, gente de bom gosto, portanto...
(Os benfiquistas que lerem este comentário, desculpem, acontece que por vezes é difícil resistir a uma laracha)
Volte sempre e um grande abraço.
PS: Não entendi o (Isa).
e de facto O spart não precisa de "advogados oficiosos"....ele escreve bem. quando quer e para quem quer....os de filosofia são assim...ou pelo menos alguns... e sou a Isabel....e viva o grande Verde :) o Sporting....
ora boa tarde.
bjo.
Muito haveria a dizer... as sociedades são auto-reguladoras e em cada época forjam os mitos necessários... Ando mais virado para ler o Eça, cronista.
Abraço.
O Padre António Vieira era um grande sebastianista, tal qual como o Luis de Camões e o Fernando Pessoa, entre outros. Um quinto império.. não imposto fisicamente mas intelectualmente.. Hoje em dia é complicado, as pessoas pensam mais noutras coisas.. Pode ser que tenhamos sorte (: Um abraço *
Spartakus!
Ok, equívocos esclarecidos.
Um abraço.
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Mendes Ferreira (Isabel)
Não passou tudo de um mal entendido, creio que é o stress blogueiro que ataca no inicio das estações.
E sim… viva o verde e viva o Sporting.
Um abraço.
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Seirén!
Pelo Sporting, não precisas de fugir, que aqui não se atacam os outros clubes.
Louva-se o Sporting, mas é uma questão de paixão a que não se foge.
Quanto a não saberes escrever, a mim não me enganas que já te leio há muito e sei bem do que és capaz. Sabes… é difícil as pessoas fugirem ao seu estilo quando são honestas no que fazem.
Quanto ao problema surgido, que não passou de um mal entendido e está resolvido, devo dizer-te que tento sempre resolver as coisas a bem, já que, os mal entendidos na net são frequentes e quando as pessoas não andam cá para complicar e atazanar os outros, é fácil entenderem-se.
Um grande abraço.
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Andreia!
Obrigada pela visita e um grande abraço.
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Lord!
Obrigado pela honra da visita, e já que falas no Eça, lembras-me que tenho de comprar um livro de contos dele que me falta.
Um abraço.
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Francisco!
São ciclos amigo… mas depende de nós não deixar morrer os sonhos.
Esqueceste-te do último grande sebastianista que foi o Agostinho da Silva, e de quem se comemora este ano, o centenário do nascimento.
Um grande braço.
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