Retirada de Gaza

Foto - HAARETZ.COM
Aí estão os problemas previsíveis na retirada de Gaza, os confrontos entre o exército e os extremistas Judeus começou, o que me remete para o excelente artigo que o jornal público trazia este domingo, assim como à entrevista que a revista Pública fez a Uri Avnery (UA), escritor e activista, fundador do Israel council for Israeli-Palestinian peace e também do Gush Shalom (Bloco para a Paz), com o título: “Sharon quer anexar mais de metade da Cisjordânia


E, a referência que quero aqui deixar, é à jornalista Alexandra Lucas Coelho (ALC) da Pública, que, denotando profundo conhecimento dos problemas Israelitas e também do grande político e estratega que é Sharon, não quis perder a oportunidade de ter à sua frente alguém que conhece Sharon vai para 40 anos e que sempre se posicionou na ala esquerda israelita, para formular a pergunta que se impunha:

“Sharon é o pai dos colonatos. Agora aparece como promotor inquebrável da retirada de Gaza. Com que objectivo? Poderá usar os protestos para mostrar que, se há tanto barulho em Gaza, onde vivem pouco mais de oito mil colonos, será impossível retirar da Cisjordânia, onde estão mais de 200 mil colonos – sem contar com os de Jerusalém Oriental. Ou seja, a retirada de Gaza pode significar o fim da possibilidade de acabar com a ocupação na Cisjordânia?”

Percebemos então pela resposta de UA, que a esquerda Israelita não tem nenhum plano, estão para já dependentes das acções de Sharon, que é um politico muito consistente de longe o mais consistente de Israel e que sabe o que quer.

Termina UA dizendo que em cada revolução, o factor dominante é: onde está o exército? E neste momento o exército está do nosso lado.
Ao que ALC replica: - Do lado de Sharon.
E, UA remata: - Que é o nosso agora. O exército está a remover colonos. Isso é o mais importante agora.

8 comentários:

Sy disse...

"Guerra Santa". Um adjectivo ao qual estamos tão habituados que já nem nos apercebemos até que ponto é absurda esta designação.

José Pires F. disse...

Sharon não é religioso, é um grande político e um excelente estratega, que sempre defendeu os ideais da direita, onde, como sabemos estão os extremistas Judeus.

O pai do plano israelita de ocupação com os colonatos é o Sharon, pelo que, tudo isto soa muito estranho, e ainda por cima toda a campanha eleitoral do Sharon, foi feita no sentido da manutenção dos colonatos, e não da retirada como a esquerda queria. É por isso, que agora os extremistas estão desiludidos com Sharon, não sabemos é se será por muito tempo, pois a confirmarem-se as suspeitas da Alexandra Lucas Coelho da Pública, a estratégia de Sharon, será a de recuar agora, para avançar em definitivo mais tarde, ou como ela diz, deixar a porta aberta para alguém.

Papo-seco disse...

A possibilidade de “avançar mais tarde” é uma espada que estará sempre suspensa sobre os Palestinianos, o que a meu ver, não vem retirar importância às medidas que estão a decorrer.

Actualmente existe algum País/Povo, que não caindo nos “objectivos/democráticos” dos EUA, estejam isentos de “castigo”?

José Pires F. disse...

Sem dúvida que estamos de acordo, meu caro papo-seco.
Eu só me permiti chamar a atenção para a entrevista da pública, porque até ontem pelo menos, estava a assistir à passividade da blogosfera em relação ao assunto, até parecia que estávamos todos de acordo com o Sharon, e que acreditávamos sem reticências nas suas boas intenções, e é exactamente a “incógnita” das suas intenções que me levam a ficar de pé atrás.

Rui Martins disse...

Jogada sublime, esta a do velho general. Por um lado, obriga a comunidade internacional a aceitar o novo mapa de Israel (anexando desta vez legalmente a Cisjordânia), por outro lado, faz passar a imagem de "moderado" que lhe dá divindendos internos e externos.

A este propósito só queria deixar a nota: O extremo profissionalismo, organização e disciplina do Tsahal (Exército de Israel) está bem patente nesta operação. Gostava de ver algum outro país do mundo a organizar uma operação destas com o mesmo grau de eficiênca. E é um exército não-profissional. Goste-se ou não dos judeus e da sua política há sempre que admirar a sua qualidade como militares.

José Pires F. disse...

Pois é Rui, disso também não tenho dúvida nenhuma, são duma eficiência impar.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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