Agostinho da Silva, 100 anos de um pensamento livre

Natural do Porto, Agostinho da Silva foi um verdadeiro “cidadão do mundo”. Com um percurso académico notável, o filósofo doutorou-se “com louvor” ainda com 23 anos. Humanista, acreditava no Homem e na sua capacidade de triunfar pelo seu próprio esforço e conhecimento. Talvez por isso, dedicou toda a sua vida a promover a divulgação da cultura. Os Cadernos de Informação Cultural que lançou em Portugal durante os anos 40, bem como o trabalho que desenvolveu no Brasil – ajudou a fundar a Universidade de Santa Catarina e criou o Centro de Estudos Afro-Orientais na Universidade Federal da Baía e o Centro Brasileiro de Estudos Portugueses na Universidade de Brasília – são exemplo desse empenho em fazer chegar o conhecimento a todos. Defendia um pensamento livre e nunca aceitou que lhe impusessem qualquer limite à sua liberdade, o que o acabou por levar primeiro à cadeia e, mais tarde, ao exílio. Filósofo, poeta, escritor, biógrafo, novelista, … Agostinho da Silva tornou-se conhecido do grande público português no início dos anos 90, pouco tempo antes da sua morte em Abril de 1994.
Agostinho em palavra e pensamento

“Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; […] Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha” – “Sete Cartas a um Jovem Filósofo”, 1945
In, Publico.pt
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