
Duas mulheres jogavam as cartas.
Eram as duas formosas e perversas.
As duas faziam batota. A partida
prolongava-se mais do que o costume,
a julgar pelos gestos de impaciência
que nenhuma ocultava. Vida e Morte
se chamavam. E tinham apostado
o coração de um homem, como sempre.

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Fios de Seda
Sempre acreditei que eram as palavras
que saíam da minha boca, e que só elas
podiam apaziguar a minha morte.
Hoje sei que da minha boca sai um fio
transparente e tenaz como uma insónia
que te amarrou à minha vida para sempre.
Amalia Bautista nasceu em Madrid em 1962. Jornalista de formação, trabalha como redactora no gabinete de Imprensa do Conselho Superior de Invetigações Científicas.
Não conhecia mas amei os poemas!
ResponderEliminarBoa noite
PiresF
ResponderEliminarDois poemas muito bonitos.
Eu prefiro o segundo...vá-se lá saber porquê!!! :)
Fios de seda, tão delicados e simultanemante tão resistentes. São como as relações entre as pessoas.
A primeira vez que vi um poema desta poetiza foi no Murcon e logo me cativou.
Um bom dia para si :)
Salve salve...
ResponderEliminarEis que conheço mais belas palavras...
"Hoje sei que da minha boca sai um fio
transparente e tenaz como uma insónia
que te amarrou à minha vida para sempre."
Afff bom demais =]
[s]s
Gostei do segundo...*.*
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