Mário Cesariny morreu

Alegre triste meigo feroz bêbedo
lúcido
no meio do mar

Claro obscuro novo velhíssimo obsceno
puro
no meio do mar

Nado-morto às quatro morto a nada às cinco
encontrado perdido
no meio do mar
no meio do mar

Radiograma, Mário Cesariny

Nota: Via Arrastão com o meu aplauso pela escolha.

13 comentários:

  1. O poema da lucidez enquanto artista... ou a auto-crítica-surreal da estética?

    A quem lhe conhece a obra, a interrogação perdura... para além da morte.

    abraço.

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  2. te dejo un abrazo y que estes muy bien
    besitos y una linda semana


    besos y sueños

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  3. Confesso que não conheço muito da obra do senhor mas nunca é tarde para o descobrir...

    abraços

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  4. Já me tinha esquecido desse poema, bem a propósito, uma menina que por cá aparece, recordou-mo.

    P. S. Aí o seu amigalhaço, que adora travestir-se, agora escolheu o rosto certo!

    Abraço!

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  5. Parece que a ideia do Conto Natalício já tem imitadores:
    http://asuperficie.blogspot.com/

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  6. Anónimo28.11.06

    Linda homenagem... sábias palavras!
    Bjs e obrigada pelo teu carinho.

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  7. Caro PiresF

    "A liberdade, a poesia, o amor."

    Um bom final de tarde para si

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  8. Apareceu por cá um «anónimo» que lhe deixou um recado... Parece que o seu gosto para nomeações é mauzito! :)

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  9. Já fiquei a conhecer a obra poética toda do Cesariny desde que morreu e apenas percorrendo blogs! Vai daí começo a pensar que a velha máxima de que só se dá valor a quem o tem depois de morto começa a fazer sentido...
    Saudações!

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  10. P. S. E a criatura ainda teve a lata de ir cagar a sua poia também aqui:
    http://cronicasdapeste.blogspot.com/2006/11/o-fim-de-uma-vida-gtica-surreal.html

    ... devo ter alguma sombra!
    Só patetas!

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  11. Anónimo29.11.06

    Morreu o homem. A obra fica!
    Abraço

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  12. Anónimo30.11.06

    Que ao menos a sua morte traga um pouco de justiça há injustiça feita ao esquecimento deste grande homem nos últimos anos.

    Cumprimentos Pires

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  13. Anónimo30.11.06

    Não conhecia... Mas sempre é tempo...

    Perfeito.

    [s]s

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