Da economia dos afectos

[...] a família está em desagregação, nas grandes cidades. As separações, os divórcios com todas as sequelas que arrastam; a adolescência cada vez mais ameaçada, os pais que já não sabem lidar com os filhos; a solidão crescente das mulheres, jovens e menos jovens; o abandono dos velhos; a baixa taxa de natalidade; o desaparecimento da sociedade rural, a falta de emprego, etc., etc. - tudo isso contribui para o desaparecimento da antiga família, regida por normas tradicionais ancestrais. Família que, de um ponto de vista geral - com todos os conflitos e disfunções que lhe são inerentes - constituía um núcleo de base que agia positivamente para a manutenção do equilíbrio do campo social.
Portugal, Hoje: O Medo de Existir de José Gil

7 comentários:

  1. Sem pretender quaisquer comparações, permita-me que lhe cite um extracto dum post meu (http://sem-terra.weblog.com.pt/arquivo/2004/08/do_facilitismo.html), a título de achega para a discussão:
    Os pais não estão lá. Os avós foram para o lar de terceira idade, também por razões económicas. Os jovens crescem sem os valores que antes eram passados no seio da família, de geração em geração, e que evoluiam à medida que o conhecimento humano se ampliava. Mas a família mudou, dizem alguns. A família está em vias extinção, atrevo-me eu a dizer, e não é substituída pelo que quer que seja. E a solidariedade, que se aprendia em família, dá lugar a uma competitividade já para além de qualquer sentido.

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  2. Caro Zedtee, li o seu post e tanto o Zedtee, como José Gil e no fundo todos nós, sabemos as causas, não temos é a chave para a sua resolução.
    Tem vindo a desmoronar-se o equilíbrio que constituía o núcleo base da família e por consequência a sua manutenção e são necessárias alternativas urgentes, é necessário um repositório de valores.

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  3. Penso que a solução passaria por uma série de mudanças profundas na sociedade cujo preço ninguém está disposto a pagar... Mas talvez o aumento do desemprego venha introduzir (obrigar a) alguma reestruturação.

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  4. Concordo consigo e quando diz “talvez o aumento do desemprego venha introduzir (obrigar a) alguma reestruturação”, na verdade parece que é só essa a solução que nos resta, ao contrário dos alemães que já têem um plano de subsídio à maternidade que vai salvo erro até aos quatro anos.

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  5. Anónimo21.8.05

    Nao sejas mal agradecido... tu até tens uma familia "SIMBIOTICA"

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  6. Anónimo23.2.07

    What a great site » » »

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