A resposta que faltava ao Senhor Professor Paulo Borges



Meu caro, sei que é adepto da democracia de via reduzida, e que as faltas de respeito de trato com a sua elevada pessoa o incomodam, mas como sabe carece de resposta. Estamos no outono, é no outono que as folhas caem e é o outono que representa o fim dos dias bons.

Quando o meu caro disse, “Quem vier para agredir o seu espírito” referindo-se à Nova Águia “ou denegrir os seus mentores deve procurar outro lugar”, sabia bem que a questão não era a que apregoava, e a sua fuga para a frente, típica de quem se sente acossado, foi de uma enormidade inacreditável. Precisamente porque se sentia seguro e se desfrutava irresponsável. O que é, a bem dizer, um epifenómeno.
A questão, que você sabe e muitos de nós também, foi o que disse em artigos e nas caixas de comentários da Nova Águia (NA), contra a NA, os membros da NA e o Manifesto da NA acoitado sob a tal capa de fantasia como lhe ousou chamar, e o que foi dizendo, a la carte, deitando mão a truques trampolineiros e com a irresponsabilidade dos pantomineiros. Isso é que é grave, demasiado grave. Para quem? Para divertimento de quem? Para terapia de quem? Não sei. Sei que perdeu a noção do ridículo e seja onde for que isso aconteceu, também lá deve estar caída a sua honestidade intelectual.

O Paulo como bem sabe, revelou-se ao vivo uma surpreendente fraude, e num ambiente de hostilidade desbragada, espumando a sua frustração e ressabiamento, tentou limpar factos, números e argumentos, apagando os vitupérios que publicou acoitado sob o nome de Rasputine e expulsando com a maior prepotência os que consigo não concordavam e que o podiam denunciar. Sim, Paulo você deu-me a prova da causa mais funda do seu desespero e intermitente decadência actual, a prova de que o Paulo é o fantoche do Rasputine.

Compreendo que não seja adepto do contraditório objectivo mas o seja das confrarias do elogio mútuo: as “comadres” (que nome tão suave para o que elas perpetram) essa brigada de imbecis habitués que se julgam o centro do mundo e deles deriva a figura universal do Grande Acusador, mas acontece que, nem todos os que vivem no deserto são camelos, há excepções que não gostam de tipificações: nem das que reduzem um indivíduo a tipo predefinido, nem das outras que alargam a um vasto conjunto de indivíduos a atribuição de tipo.

O meu último conselho, vai no sentido de: quanto menos falar, menos se compromete, menos se queima e mais o respeitam. Nem que seja um corifeu perene e senil, um sacana de um canalha silencioso ou um aprendiz de Rasputine.

Por fim, para terminar e sobre a questão da minha e de outras prepotentes expulsões do blogue, o que estas expressam é pasto de infernos, são tão-só, vagas e imbecilizantes intenções de quem acredita que a sua idealite aguda é um estado de alma colectivo. Coisa que, amiúde, ataca os tiranetes e os seus minúsculos poderes.
O meu caro resiste a uma teoria da conspiração criada por si próprio? Grande mérito, sim senhor. Só falta que a criação lhe fuja das mãos, tipo Frankenstein. Não sei se bebe nem quero saber, mas sei que está embriagado de hipocrisia. Olhe, Paulo eu pintava-me de preto e saía fininho de cena, mas a sua ambição é de desmesurado tamanho, não é?

25 comentários:

Paula Viotti disse...

Se fosse ficção seria um excelente enredo.



..................................................................



Um tremendo de um abraço PiresF.


P

isabel mendes ferreira disse...

seguindo o comentário anterior:


__________é ficção não é?
presumo que seja mais um "ensaio sobre a ira" ou sobre os "des.caminhos do grande senhor dos equívocos".

recuso-me a acreditar que seja realidade. desculpe. de todo o modo como "ensaio figurativo" registo a dramaticidade vincadamente dirigida a um eventual "enredo" do dia-a-dia da "des.arte" de viver.

Rasputine é um excelente nome para ícone das excepções que fazem a regra ser mais regrada.

e saio.
volto outro dia para saber se este "ensaio" é ficção. ou não.


beijo PiresF.

Klatuu o embuçado disse...

Muito bem, Pires!

No meu caso, não sei se fui expulso por mais ou por menos, mas foi-me dado o privilégio de ser o primeiro, por simples «delito de opinião».
Após isso foi o desfiar de um rol de insultos, que ainda vigoram: desde nazi a satanista, tudo serviu a coberto de não sei quantos avatares de «fantasia rasputiniana», e isto de um conjunto de pessoas que seguem o Paulo (para quê, e para onde, ainda não percebi) e que se autoconsideram e autoproclamam de superior elevação moral! Quiçá, para «subir» baste a mentira e a difamação mesquinha...
Mas isto tenho como certo: dou mais valor à merda que tiro das botas.

Um grande abraço! Tiveste os tomates que eu na altura não tive (e de que muito me arrependo, porque toda aquela gente junta só me dá vontade de rir e faz-me o temor de um peido de pulga!), mandando a merda para debaixo do tapete em nome do MIL, da Nova Águia e da coesão... Foi o que se viu e bem sabemos.

Ana Beatriz Frusca disse...

Olá, Tio Pires!
Antes de mais nada, quero ratificar a saudade e carinho imensos por ti.
Acompanhei perplexa o desenrolar dessa novela mexicana de quinta categoria desde o início, e fui coadjuvante, pois fui expulsa da NA quando repulsei o banimento do Klatuu.Logo após vieram ameaças e baixarias em minha cx de comentários do antigo blogue só pelo simples fato de eu na época ter 13 anos, ser amiga do meu tuga e ser um alvo fácil para ataque. Paralelo a esse espetáculo bizarro circense de humor negro a caixa de comentários da NA ficou restrita apenas aos membros da equipe. E isso se deu quando justamente o digníssimo senhor PB começou a ser frontalmente atacado.
É, tiozão...casa de ferreiro espeto de pau.
Admiro tua coragem e venho deixá-la expressa, de verdade. Por tais episódios como este é que acabei por me afastar do mundinho azul. Blogar tem que ser entretenimento, o que não descarta a discussão de idéias e ideais de forma saudável. Isso nossa tribo sabe fazer de forma digna.
Tenho acompanhado em silencio tua participação na NA e em nossO Bar, e cada vez mais me orgulho de conhecer um cidadão e uma pessoa tão digna quanto tu és.
Beijinho grande.*.*
PS: Eu agora escrevo no Blog Hipérboles e insanidade.

maria josé quintela disse...

li com muita atenção.
não sei se o senhor professor paulo borges é uma personagem de ficção ou real. mas para a minha apreciação isso não é importante.

só quero deixar duas pequeninas notas:

1 - a realidade é quase sempre mais surpreendente do que a ficção. para o melhor e para o pior.

2 - seja uma coisa ou outra, o que ressalta da minha leitura (e isto sim, não é surpreendente) é que o piresF escreve tão bem, com tanta precisão, com tanta lucidez, com tanta objectividade, que mesmo não sabendo se é ficção (cheira-me a realidade. da pior) só posso aplaudir o brilhantismo desta resposta. escrita sem ossos nem espinhas.



e deixo um abraço.

Isabel disse...

:)))))

ora bem.

pensando melhor dadas as ilustres presenças acima não digo nada. saio de fininho.

a cada um a sua real.realidade.que isto de ficcionar a dita tem pano para muitas capas.capotes.

boa tarde Ilustre PiresF.

Klatuu o embuçado disse...

Poderia dar-te pormenores, e provas (que guardo), e testemunhas do que de facto ocorreu. Mas este não é o lugar. A fazê-lo teria sido na altura e no meu blogue.

Mas sabes bem que tens, e sempre tiveste a minha solidariedade e amizade incondicionais - algo que oferto a muito poucos.

Forte abraço!

andorinha disse...

De ditadorzecos e cobardolas de merda não há a esperar nada de diferente.
O comportamento desse "senhor" sempre me irritou e não sabia nem de metade da história.
Agora, perante os factos que são conhecidos só sinto asco e repugnância.
Felizmente foi desmascarado, felizmente ainda há homens com H como tu.

Abraço.

Klatuu o embuçado disse...

P. S. E posso acrescentar-te que o motivo da minha expulsão nada teve que ver com a minha postura no blogue - isso são tretas para «inglês ver», e difamar um adversário difícil -, teve sim a ver contra algo que me insurgi acerca da forma como decorriam as reuniões da, na altura, Comissão Coordenadora do MIL. E que não direi aqui, mas que te direi pessoalmente e explicarei com todo o detalhe.

Klatuu o embuçado disse...

Concluindo (vais perceber, e talvez não sejas o único)

: uns é o excesso de fantasia; outros alguma descrença na mesma.

Abraço!
E em frente!...

Mar Arável disse...

Não tenho condições objectivas

para meter a colher

Não conhecendo o director

de uma revista e projecto

recomendado resta-me por ti

estar contigo.

O teu texto pela forma

e conteúdo é uma delícia

Abraço amigo

Ruela disse...

Pires Not Dead ;)


Grande Pires!


Abraço.

Maresias disse...

Grande Pires!



Uma resposta ponderada e lúcida. Uma resposta que "implica um certo número de princípios e valores".

Tudo o resto é uma curva. Do outro lado já se vê o caminho de novo.


Nada mais seria de esperar do que um excelente texto.


Abraço MIL

José Pires F. disse...

Caros amigos, para os que cuidem que o que digo é fantasia, lhes digo: bem mal cuidais, infelizmente, pois, quando se trata de defender a fama, sempre haverá homens sem honra capazes de jurar falso.

Um abraço a todos e o meu melhor obrigado por se pronunciarem. Sois cavaleiros de braço que não cedem, ao contrário de outros de quem se aconselha considerável distância.
Um dia, livres de afrontas e aleivosias, muito nos haveremos de rir da bravura de tão nobre cavaleiro. Temos, segundo cálculos apressados que recentemente fiz, pelo menos 135 razões que sobem das águas mais escuras e lodosas para uma superfície onde a limpidez dita a sua regra.

PS: Klatuu, sei de muito do que dizes e outro tanto me faltará saber, certamente.

Goldmundo disse...

Meu caro

Posição claríssima e razão inteira.

Estou evidentemente contigo em tudo o que diga respeito a esse aldrabão.

Um abraço

Marcos Guedes

SAM disse...

A justiça não tarda quando a coragem fala e não falta. Muito bem!

Abraço

José da Silva Martins disse...

Caro Pires, um homem do mar tem sempre por perto um cabo de amarração aquela coisa que usamos para criar tensões e contra-tensões. Se precisar diga.

Gostei do texto parece ter sido escrito a 20 nós.

Abraço.

hora tardia disse...

não. "aquele"é um mundo muito fechado.

não se abriu. apenas se re.descobriu.



beijos.

Unknown disse...

Klatuu e Tu expulsos da NA? Que parvoíce é essa?
Eu, navegante lento e tardio, percebo que alguém subiu no banquinho e disse: "Eu sou o rei".

Vou lá, ver se não fui expulso também (o que duvido, dado a minha insignificante figura/visita), e se não fui faço questão de sair.

Tua escrita... afiada e certeira e cheia de verdades.

Abraço forte.

José Pires F. disse...

Bill.

Grande amigo, alguns foram expulsos arbitrariamente e, posteriormente, o blogue foi fechado a todos os seus membros passando a ser um blogue de informação da Revista. Era pelo menos o que se esperava, mas se lá passares verás que não: é de informação mas também de propaganda das actividades borgianas.
Era isso que o Paulo queria, como não conseguiu acabar com o MIL, não descansará enquanto não der cabo da revista. Se a tanto o deixarem chegar.

Nós agora estamos aqui: ( http://www.mil-hafre.blogspot.com/ ), o blogue do MIL, deves ter recebido um convite para entrar. Caso não te tenha chegado, avisa.

Forte abraço.

maré disse...

e eu, que ignorante destes oficios nada sei, digo que esta frontalidade é apanágio dos grandes homens.

eu, que até sou pequenina e contida, faço "nós de marinheiro", e faço-lhe chegar um pouquinho de azul.

espero ter o prazer, um dia, de conhecer o homem sem muros, que as palavras me sugerem

um abraço PiresF.

Unknown disse...

Recebi e aceitei.

Obrigado meu caro amigo.

[s]s

Ps: E vamos para mais uma copa do mundo juntos. \o/

Rui Martins disse...

Rasputine: até que ponto em que a criatura se confundiu com o criador? Essa é que é a grande questão, que se não fosse de interesse tão diminuto, ainda me demoraria a pensar.
Sendo o que foi, que se danem os dois.
E no processo, Raspa destruiu a imagem que tinha de Paulo. Fosse um a criatura ou o outro o criador. Ou vice-versa.

Pedro Ventura disse...

E a terra tremerá e rasgar-se-à a partir das entranhas, vomitando fogo e enxofre e do seu ventre sairão demónios sedentos de sangue, que os rasgarão como folhas, lhes chuparão o tutano dos ossos e lhes comerão os olhos.

Assim serão destruidos os inimigos daquele que dá pelo nome de Pires.

PortoCroft disse...

Caro Pires,

Tenho apenas uma vaga ideia ao que te referes. Não sendo dado a epifanias, como já to referi, limito-me a subscrever, porque te sei alguém vertical.

E quanto a isto, porque dar poleiro a melros é pecado...

"Compreendo que não seja adepto do contraditório objectivo mas o seja das confrarias do elogio mútuo: as “comadres” (que nome tão suave para o que elas perpetram) essa brigada de imbecis habitués que se julgam o centro do mundo e deles deriva a figura universal do Grande Acusador, mas acontece que, nem todos os que vivem no deserto são camelos, há excepções que não gostam de tipificações: nem das que reduzem um indivíduo a tipo predefinido, nem das outras que alargam a um vasto conjunto de indivíduos a atribuição de tipo."

...isto é pura poesia, caramba... :)))

Um abraço.